Maynomy Beija-flor
Meu poeta...
Leio-te com amor sincero
Admiração encantamento esmero
Pintando relva em tom verso
Conspiração desse universo
Que flutua em vento mudo
Ah...! Quem dera tivesse tudo
Água, que, no cristalizar do olhar
Apagasse fogo tão absurdo
E no ar de leveza tão sublime
Fizesse-te sentir meu cheiro
Perfume da terra pura
Firme solo de pisar maneiro
Paladar que gosto matura
E em contagem de luas
Seguir cantando
Leis tuas
Amor...
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Bendito provocar
Maynomy beija-flor
Na fonte dos desejos
Encerro meus anseios
Procuro além do muro
Segurar o murmúrio
Do ferro ao fofo
Lamento insosso
Quase dando mofo
Doendo no osso
Guardiã da magia
Ora somente jia
Caiu no penhasco
Querendo damasco
De luz amarela
Iluminava aquarela
Aquele bendito
Derreteu como vela
De fácil apagar
Mora na terra, ama no mar
Cantarolando a paixão
Lhe dá coração
Faça-a então
Qual gato a brincar
Rolando o novelo
Batendo com a mão
Joga pra lá joga pra cá
Que nem criança com maracá
Balança... Sacode o respeito!
Por fim... Te adoro desse jeito!
Na fonte dos desejos
Encerro meus anseios
Procuro além do muro
Segurar o murmúrio
Do ferro ao fofo
Lamento insosso
Quase dando mofo
Doendo no osso
Guardiã da magia
Ora somente jia
Caiu no penhasco
Querendo damasco
De luz amarela
Iluminava aquarela
Aquele bendito
Derreteu como vela
De fácil apagar
Mora na terra, ama no mar
Cantarolando a paixão
Lhe dá coração
Faça-a então
Qual gato a brincar
Rolando o novelo
Batendo com a mão
Joga pra lá joga pra cá
Que nem criança com maracá
Balança... Sacode o respeito!
Por fim... Te adoro desse jeito!
Pirraça de graça
Maynomy beija-flor
Rodopio no cio, tento um disfarce
Boba loba perdida na madrugada
Esperando um que só lhe abrace
Pra se perder pura em sua morada
Boneca de pano soa no piano
Tenta tocar, se move faz dança
Perde o acorde refaz o plano
Chora e grita que nem criança
Colore o mundo e pinta a cara
Menina teimosa, não veste rosa
Não gosta de gente, mas ela encara
E muda a prosa, ficando formosa
Encanta o palhaço solto no espaço
Que brinca com tudo fazendo pirraça
Instiga a menina, lhe joga o laço
Tocando o coração, fazendo graça
Lindo palhaço que chora escondido
Encantando o mundo já não divertido
Fazendo da dor sua grande alegria
Reinando num mundo de só poesia
Rodopio no cio, tento um disfarce
Boba loba perdida na madrugada
Esperando um que só lhe abrace
Pra se perder pura em sua morada
Boneca de pano soa no piano
Tenta tocar, se move faz dança
Perde o acorde refaz o plano
Chora e grita que nem criança
Colore o mundo e pinta a cara
Menina teimosa, não veste rosa
Não gosta de gente, mas ela encara
E muda a prosa, ficando formosa
Encanta o palhaço solto no espaço
Que brinca com tudo fazendo pirraça
Instiga a menina, lhe joga o laço
Tocando o coração, fazendo graça
Lindo palhaço que chora escondido
Encantando o mundo já não divertido
Fazendo da dor sua grande alegria
Reinando num mundo de só poesia
Querer
Maynomy beija-flor
Passei todo o inverno
Querendo lhe dizer
Sobre o poder de um povo
Que o belo em tudo vê
Hoje me sinto leve
O vento bate no rosto
O sol doura a pele
É forte demais o gosto!
Ver como a vida é bela
É bonito o perceber
Longe, lá no horizonte
Mas pertinho de você
Sou grata pelo que tenho
Mas quero tudo ter
E o que quero todo tempo
É estar sempre com você
Passei todo o inverno
Querendo lhe dizer
Sobre o poder de um povo
Que o belo em tudo vê
Hoje me sinto leve
O vento bate no rosto
O sol doura a pele
É forte demais o gosto!
Ver como a vida é bela
É bonito o perceber
Longe, lá no horizonte
Mas pertinho de você
Sou grata pelo que tenho
Mas quero tudo ter
E o que quero todo tempo
É estar sempre com você
AMA E CUIDA
Maynomy beija-flor
Hoje descobri um jardim dentro de mim
Vi que estava sendo tomado pela erva daninha
Percebi que sofria, corri atrás pra evitar um fim
Mais duro foi perceber que era falta minha
Antes um jardim lindo...intacto...especial.,..
Imediatamente com grande rapidez
Tomei providências, cuidei do roseiral.
Já adoecido por minha estupidez
Recusava-me a acreditar naquela loucura
Na loucura de abandonar a mim mesma
Por desgostos, decepções, dores e rupturas
Desamparei minha alma indefesa
Minhas mãos inchadas ainda estão
Refiz meu jardim, hoje tem mais cor
Ora, beija flores e rosas em botão
E um coração tomado de amor
Hoje descobri um jardim dentro de mim
Vi que estava sendo tomado pela erva daninha
Percebi que sofria, corri atrás pra evitar um fim
Mais duro foi perceber que era falta minha
Antes um jardim lindo...intacto...especial.,..
Imediatamente com grande rapidez
Tomei providências, cuidei do roseiral.
Já adoecido por minha estupidez
Recusava-me a acreditar naquela loucura
Na loucura de abandonar a mim mesma
Por desgostos, decepções, dores e rupturas
Desamparei minha alma indefesa
Minhas mãos inchadas ainda estão
Refiz meu jardim, hoje tem mais cor
Ora, beija flores e rosas em botão
E um coração tomado de amor
Bruxa e fada
Maynomy beija-flor
Sou bruxa ou fada
O que precisar eu sou
Que queres de mim meu poeta
Diz logo quem sou!!??
Minha jornada é longa
Minha alma luz irradia
Por ti que me ronda
Todo tempo, noite ou dia
Afirmo-te agora amor
Sou bruxa e sou fada
Como me quiser sou
Numa noite enluarada
Sou bruxa ou fada
O que precisar eu sou
Que queres de mim meu poeta
Diz logo quem sou!!??
Minha jornada é longa
Minha alma luz irradia
Por ti que me ronda
Todo tempo, noite ou dia
Afirmo-te agora amor
Sou bruxa e sou fada
Como me quiser sou
Numa noite enluarada
HOJE TE ESPERO
A vida nos apronta cada uma... Lindos presentes!!!
Maynomy beija-flor
H oje acordei com vontade de beijar, pode!!??
O dia ensolarado conspira, sei não...!! rsrs
R isos maliciosos e serelepes me tomam, então penso:
A h... poeta menino safado, me roubou o coração!!
S eja como for culpada também sou, não foi só você ladrão...
T ambém roubei o seu, menino bobão!
E stava pensando em fazer um acordo, que tal??
E quem sabe corrigir o erro cometido? Será mesmo erro??
S e quiseres devolvo-te o coração, mesmo sem querer, devolvo-te!
P ara que o meu ter de volta, mas se não concordares
E starei como sempre aqui com pensamentos maliciados
R omperemos a linha do tempo, desafiaremos o mundo
O s limites ultrapassaremos, como ardentes apaixonados
Maynomy beija-flor
H oje acordei com vontade de beijar, pode!!??
O dia ensolarado conspira, sei não...!! rsrs
R isos maliciosos e serelepes me tomam, então penso:
A h... poeta menino safado, me roubou o coração!!
S eja como for culpada também sou, não foi só você ladrão...
T ambém roubei o seu, menino bobão!
E stava pensando em fazer um acordo, que tal??
E quem sabe corrigir o erro cometido? Será mesmo erro??
S e quiseres devolvo-te o coração, mesmo sem querer, devolvo-te!
P ara que o meu ter de volta, mas se não concordares
E starei como sempre aqui com pensamentos maliciados
R omperemos a linha do tempo, desafiaremos o mundo
O s limites ultrapassaremos, como ardentes apaixonados
Chove choro
Maynomy beija-flor
Fez tempestade em minha terra
Antes um orvalhar se fazia lindo
Ora fez-se triste o canto de guerra
Amarga a água vai se esvaindo
Como o cantar do rouxinol aprisionado
Está o coração da menina ferido
De tanto fazer esperar o amado
Perdeu-o pelo tempo perdido
Na boca, igual fel está saliva
Nó na garganta, ela sofrida chora
Pensamento perdido, sente assim
Nada dói mais que um antecipado fim
Fez tempestade em minha terra
Antes um orvalhar se fazia lindo
Ora fez-se triste o canto de guerra
Amarga a água vai se esvaindo
Como o cantar do rouxinol aprisionado
Está o coração da menina ferido
De tanto fazer esperar o amado
Perdeu-o pelo tempo perdido
Na boca, igual fel está saliva
Nó na garganta, ela sofrida chora
Pensamento perdido, sente assim
Nada dói mais que um antecipado fim
Meu Reino encontrei
Ao Reino de Pasárgada
Maynomy beija-flor
Limpo, claro como céu
Assim é hoje meu reino
Antes amargo, hoje mel
Sinto dele até o cheiro
Minha sede ele sacia
Que não é de água
È só de amor, poesia
Vida não mais árdua
Daqui não saio mais
Conservarei cada cantinho
Do quarto ao jardim, paz
Assim será meu ninho
Reino de Passárgada
Ideal de vida bem vivida
De quimeras douradas
De paz, amor e guerra vencida
Meu coração prisioneiro está
Numa prisão por mim consentida
Jurando amor eterno sem pensar
Maynomy beija-flor
Limpo, claro como céu
Assim é hoje meu reino
Antes amargo, hoje mel
Sinto dele até o cheiro
Minha sede ele sacia
Que não é de água
È só de amor, poesia
Vida não mais árdua
Daqui não saio mais
Conservarei cada cantinho
Do quarto ao jardim, paz
Assim será meu ninho
Reino de Passárgada
Ideal de vida bem vivida
De quimeras douradas
De paz, amor e guerra vencida
Meu coração prisioneiro está
Numa prisão por mim consentida
Jurando amor eterno sem pensar
Menino azulado
Maynomy beija-flor
Meu menino lindo
Com seus sonhos azuis, acinzentados, pardos
Da porta aberta vela ainda acesa fica
Mesmo em dias que salpica chuva farta mata
Deliro nos rios, matas cheias de prata
Que atraem lobos cobras e canibais
Mas arde em fogo a brasa ardente no ventre
Tigre leve pula e massacra, aquele que parecia lebre
E come, pra não comerem antes sua mente
Permanece ainda a menina, assustada e aflita
Buscando ainda encostar-se àquele que deu guarida
Num habitat que ainda corre na batida
Meu menino lindo
Com seus sonhos azuis, acinzentados, pardos
Da porta aberta vela ainda acesa fica
Mesmo em dias que salpica chuva farta mata
Deliro nos rios, matas cheias de prata
Que atraem lobos cobras e canibais
Mas arde em fogo a brasa ardente no ventre
Tigre leve pula e massacra, aquele que parecia lebre
E come, pra não comerem antes sua mente
Permanece ainda a menina, assustada e aflita
Buscando ainda encostar-se àquele que deu guarida
Num habitat que ainda corre na batida
NATUREZA
Maynomy beija-flor
Nasce menina filha da luz
Duas vidas numa cruza, enlaça.
Parte terra, n’outra quase cruz
Olhos secos trincam como vidraça
Vida que encanta e seduz
Não aceito nada que amarre mão
Viro bicho ferido, berro, pulo, grito
Assusto e mato como raio e trovão
De amor insano puro e fervente
Resta a dor por não ser tão valente
Quero curar ferida dada por vida
Saltar longe no infinito, seguir em frente
Tortura a linda menina alma pequenina
Olha o olho alheio e chora
Quer mudar natureza nobre
Mascara bate e mancha a cara
Daquela que dela foi filha, encobre
Recria vida terra nativa agora
Jaz Lucidalva luz da aurora estrela Dalva
Ora Maynomy alma índia que aflora
Filha da terra, a curumim pula e bate palma
Comunga do tudo com terra na mão
Resgatou da mulher não mais menina alma
Sou vida viva, e forte bate o coração!
Nasce menina filha da luz
Duas vidas numa cruza, enlaça.
Parte terra, n’outra quase cruz
Olhos secos trincam como vidraça
Vida que encanta e seduz
Não aceito nada que amarre mão
Viro bicho ferido, berro, pulo, grito
Assusto e mato como raio e trovão
De amor insano puro e fervente
Resta a dor por não ser tão valente
Quero curar ferida dada por vida
Saltar longe no infinito, seguir em frente
Tortura a linda menina alma pequenina
Olha o olho alheio e chora
Quer mudar natureza nobre
Mascara bate e mancha a cara
Daquela que dela foi filha, encobre
Recria vida terra nativa agora
Jaz Lucidalva luz da aurora estrela Dalva
Ora Maynomy alma índia que aflora
Filha da terra, a curumim pula e bate palma
Comunga do tudo com terra na mão
Resgatou da mulher não mais menina alma
Sou vida viva, e forte bate o coração!
Provocação
Maynomy beija-flor
Adoro quando me provocam.
Seja de luz, lamparina ou de lampião,
Mesmo sentado a beira de um caminho, um chão
Eu ando assim...Meio menino, sem rumo desatino
De repente me acho, encontro, me enrasco
De tão louca solta e viva, deliro
Frente a teus versos viajantes, mas líricos
Despachado cínico, preso, solto, livre...
Lindo viajante errante, buscando um mundo lindo
Segue no caminho que trilharei e encontrarei
Razão para buscar a luz tão querida
Seja de lâmpada ou lamparina
Aqui ainda anda esta menina.
Adoro quando me provocam.
Seja de luz, lamparina ou de lampião,
Mesmo sentado a beira de um caminho, um chão
Eu ando assim...Meio menino, sem rumo desatino
De repente me acho, encontro, me enrasco
De tão louca solta e viva, deliro
Frente a teus versos viajantes, mas líricos
Despachado cínico, preso, solto, livre...
Lindo viajante errante, buscando um mundo lindo
Segue no caminho que trilharei e encontrarei
Razão para buscar a luz tão querida
Seja de lâmpada ou lamparina
Aqui ainda anda esta menina.
(Intituled)
Naquela noite tenebrosa
Parecia enlouquecer
Ousei desejar-te um dia
Mas nunca perecer
Sonhar não é utopia,
Nem viver de fantasia.
É tão somente a espera
Do que tanto eu queria
Sonhar é princípio de tudo.
Passo primeiro a ser dado.
Rumo a qualquer futuro
Espero que certo não errado.
Sinto-me enfraquecida
Diante de tanta desilusão
Mas se há fênix, sou tudo!
Que desejar meu coração.
Maynomy beija-flor
Parecia enlouquecer
Ousei desejar-te um dia
Mas nunca perecer
Sonhar não é utopia,
Nem viver de fantasia.
É tão somente a espera
Do que tanto eu queria
Sonhar é princípio de tudo.
Passo primeiro a ser dado.
Rumo a qualquer futuro
Espero que certo não errado.
Sinto-me enfraquecida
Diante de tanta desilusão
Mas se há fênix, sou tudo!
Que desejar meu coração.
Maynomy beija-flor
Sem querer... Fluiu!
Maynomy beija-flor
Hoje estou só coração doído
Não consigo escrever
Não sai nada!
Só sinto um nó na garganta
Indo de encontro ao coração
Mas, como disse a alguém, canto.
Tristeza, não mais em mim...
Meu caminho não findou
Quando encontrar-me novamente
Volto! Meu coração leve estará! Sei.
Descobri que me amo perdidamente
E coração ditará a alegria que encontrei
Curioso...Consegui escrever sem querer
Hoje estou só coração doído
Não consigo escrever
Não sai nada!
Só sinto um nó na garganta
Indo de encontro ao coração
Mas, como disse a alguém, canto.
Tristeza, não mais em mim...
Meu caminho não findou
Quando encontrar-me novamente
Volto! Meu coração leve estará! Sei.
Descobri que me amo perdidamente
E coração ditará a alegria que encontrei
Curioso...Consegui escrever sem querer
SAUDADE
Maynomy beija-flor
Os dias estão cada vez mais longos
Já não sei o que pensar sobre ele
Distante de coração, estamos
Que sentimento então era aquele?
Não resistira à distância, ao tempo
Vejo, não tem mais flores
Estou só tristeza, lamento...
Será não ser eu digna de amores?
Pudesse eu agora iria até meu sol
Pediria a ele que brilhasse pra mim
Como o dia se entrega à noite
Como um beija flor toma o jasmim
Sei que meu é só o desejo
Dele depende o mais querer
Mas quero perder o medo
De ele não vir e ainda mais sofrer
Os dias estão cada vez mais longos
Já não sei o que pensar sobre ele
Distante de coração, estamos
Que sentimento então era aquele?
Não resistira à distância, ao tempo
Vejo, não tem mais flores
Estou só tristeza, lamento...
Será não ser eu digna de amores?
Pudesse eu agora iria até meu sol
Pediria a ele que brilhasse pra mim
Como o dia se entrega à noite
Como um beija flor toma o jasmim
Sei que meu é só o desejo
Dele depende o mais querer
Mas quero perder o medo
De ele não vir e ainda mais sofrer
PAIXÃO
Maynomy beija-flor
Os mistérios da paixão conheço.
Dizer que são doces... Serenos... Não posso!!
Estou conhecendo o inferno da paixão
Não sei o que me toma ou o que com voracidade tomo
Senão o de paixão
Impulsiona-nos e abate.
Tomada estou!
Como bicho acuado num beco sem saída...
Assim estou!
O que é isso que nos seduz e pede liberdade?
O que é isso que nos rouba a lucidez
E ainda assim nos deixa com vontade de perdê-la?
Contrariando todo meu ser sou pedida... Tomada... Perdida.
Rendo-me... Entrego-me...
Como folhas ao vento, sou levada...
Como as correntezas dos rios estou...
Vou até onde quiseres que deságüe
Até onde deixares... Vou!
Os mistérios da paixão conheço.
Dizer que são doces... Serenos... Não posso!!
Estou conhecendo o inferno da paixão
Não sei o que me toma ou o que com voracidade tomo
Senão o de paixão
Impulsiona-nos e abate.
Tomada estou!
Como bicho acuado num beco sem saída...
Assim estou!
O que é isso que nos seduz e pede liberdade?
O que é isso que nos rouba a lucidez
E ainda assim nos deixa com vontade de perdê-la?
Contrariando todo meu ser sou pedida... Tomada... Perdida.
Rendo-me... Entrego-me...
Como folhas ao vento, sou levada...
Como as correntezas dos rios estou...
Vou até onde quiseres que deságüe
Até onde deixares... Vou!
MULHERES MARIAS
Homenagem á vc mulher guerreira
Maynomy beija-flor
M ais que qualquer outro tema nos
U ltimos tempos, nós mulheres encabeçamos a
L ista, já não mais cantadas só em versos, os
H omens têm sido obrigados a reconhecer
E se renderem à nossa capacidade, inteligência,
R ompemos a barreira, meio que na marra, da
E xclusão, das injustiças e das desigualdades
S omos forte sim, lutadoras em potencial
M ães que lutam pelos filhos, que
A poiam seus maridos, namorados, amigos
R iem quando sentem vontade de chorar
I ncentivam quando se faz necessário lutar
A mam sem deixar-se perder nesse mar de
S al, assim é nossa vida sofrida...amada...florida...
Maynomy beija-flor
M ais que qualquer outro tema nos
U ltimos tempos, nós mulheres encabeçamos a
L ista, já não mais cantadas só em versos, os
H omens têm sido obrigados a reconhecer
E se renderem à nossa capacidade, inteligência,
R ompemos a barreira, meio que na marra, da
E xclusão, das injustiças e das desigualdades
S omos forte sim, lutadoras em potencial
M ães que lutam pelos filhos, que
A poiam seus maridos, namorados, amigos
R iem quando sentem vontade de chorar
I ncentivam quando se faz necessário lutar
A mam sem deixar-se perder nesse mar de
S al, assim é nossa vida sofrida...amada...florida...
RECIPROCIDADE
Maynomy beija-flor
R adiantes iam os dois enamorados
E legantemente vestidos com as mais lindas
C ores, cobrindo-lhes os corpos
I nocentes, eram como crianças a
P ular pelos campos verdes, sem nada pensar
R ostos com risos serenos e constantes como
O s rios perenes, lindos e cristalinos
C orações ligados pelo elo da amor
I ncapazes de quererem-se mal
D iamantes raros, eles são
A creditem! Em meio ao mundo que nos cerca
D eus insiste em nos mostrar que basta querer
E conseguiremos amar assim...Nós...Juntos...Igual...
R adiantes iam os dois enamorados
E legantemente vestidos com as mais lindas
C ores, cobrindo-lhes os corpos
I nocentes, eram como crianças a
P ular pelos campos verdes, sem nada pensar
R ostos com risos serenos e constantes como
O s rios perenes, lindos e cristalinos
C orações ligados pelo elo da amor
I ncapazes de quererem-se mal
D iamantes raros, eles são
A creditem! Em meio ao mundo que nos cerca
D eus insiste em nos mostrar que basta querer
E conseguiremos amar assim...Nós...Juntos...Igual...
Triste
Maynomy beija-flor
Já fazia algum tempo que não acordava assim, triste.
Passei o dia inteiro tentando entender o motivo
Atribui ao tempo nublado, à correria que persiste,
Mas nada justificava aquele sentimento corroendo meu peito
È noite agora, tento mais uma vez compreender o q se passa comigo
e finalmente veio a resposta...
É por você amor, pela tua falta, por tua ausência e pela saudade já
sentida de um momento ainda não ocorrido.
È o coração já ressentido de uma falta absurdamente doída
e que insiste em dizer: Te gosto, ainda que assim....
Já fazia algum tempo que não acordava assim, triste.
Passei o dia inteiro tentando entender o motivo
Atribui ao tempo nublado, à correria que persiste,
Mas nada justificava aquele sentimento corroendo meu peito
È noite agora, tento mais uma vez compreender o q se passa comigo
e finalmente veio a resposta...
É por você amor, pela tua falta, por tua ausência e pela saudade já
sentida de um momento ainda não ocorrido.
È o coração já ressentido de uma falta absurdamente doída
e que insiste em dizer: Te gosto, ainda que assim....
Malditos
Maynomy beija-beija
Malditos os que ignoram
Os meninos famintos de tudo
As faltas, já não suportam.
Querem pelo menos estudo
Vão à escola, estudar... Nada!
Apostam numa comida
Que se desviada não for
Melhorará sua vida
Pelo menos hoje, só hoje!
Querem comer tentar crescer,
Não querem morrer
Assim... Tão cedo...
Outros assistem a tudo
Como num espetáculo absurdo
E de desgraça em desgraça
Aplaudem o estapafúrdio
Malditos os que ignoram
Os meninos famintos de tudo
As faltas, já não suportam.
Querem pelo menos estudo
Vão à escola, estudar... Nada!
Apostam numa comida
Que se desviada não for
Melhorará sua vida
Pelo menos hoje, só hoje!
Querem comer tentar crescer,
Não querem morrer
Assim... Tão cedo...
Outros assistem a tudo
Como num espetáculo absurdo
E de desgraça em desgraça
Aplaudem o estapafúrdio
A um poeta menino
Maynomy beija-flor
Meu colo é pouco
Teus desejos... Maiores
Consolo... Não mereces
Isso é pra quem tem espírito pobre
A você daria a vida, dar-me-ia a ti, seria tua.
Merece muito mais que um simples colo
Merece um amor em plenitude
Não de um amor metade... Sonho...
Estaria tu a perceber minha impotência?
Desejar-me pode, mas somente em quimera.
Dar-te-ia tudo! Se te amasse como me amas isso faria!
Mas de um amor já sou prisioneira
Amor de realidade mesclado de fantasia
De noites bem dormidas, de amanheceres deslumbrantes
Mesmo que de vez enquanto ficque o céu nublado
Assim é meu amor, meu sonho acordado.
Um jardim de rosas e espinhos
De um perfume sutil e fino
Atraindo beija flor
Assim fui eu...
Encantada por meu amor
Meu amor também é pássaro
De canto único, encantador.
O nome dele?? Não digo!
Só sei que ama beija flor
Meu colo é pouco
Teus desejos... Maiores
Consolo... Não mereces
Isso é pra quem tem espírito pobre
A você daria a vida, dar-me-ia a ti, seria tua.
Merece muito mais que um simples colo
Merece um amor em plenitude
Não de um amor metade... Sonho...
Estaria tu a perceber minha impotência?
Desejar-me pode, mas somente em quimera.
Dar-te-ia tudo! Se te amasse como me amas isso faria!
Mas de um amor já sou prisioneira
Amor de realidade mesclado de fantasia
De noites bem dormidas, de amanheceres deslumbrantes
Mesmo que de vez enquanto ficque o céu nublado
Assim é meu amor, meu sonho acordado.
Um jardim de rosas e espinhos
De um perfume sutil e fino
Atraindo beija flor
Assim fui eu...
Encantada por meu amor
Meu amor também é pássaro
De canto único, encantador.
O nome dele?? Não digo!
Só sei que ama beija flor
DESEJO
Maynomy beija-flor
Amor...
Consigo ler tua alma
Percebo teu desejo
Mas em mim fluir não pode
Vozes falam alto. Não!! Gritam!!
Vozes ensurdecedoras e perversas
Bem que poderia ser às avessas
Planaríamos os dois juntos
Por lugares nunca vistos
Percorreríamos o mundo
Com doces e livres sorrisos
Tanto passa lá fora
Tanto queria sorrir
Desejaria simplesmente agora
Pelo menos existir
Mas existir para um mundo
Que ainda não vivi
Peço-te perdão amor
Queria te dar o tudo
Que tanto queres sentir
Não podendo, te dou um pouco
De tudo que existe em mim
Amor...
Consigo ler tua alma
Percebo teu desejo
Mas em mim fluir não pode
Vozes falam alto. Não!! Gritam!!
Vozes ensurdecedoras e perversas
Bem que poderia ser às avessas
Planaríamos os dois juntos
Por lugares nunca vistos
Percorreríamos o mundo
Com doces e livres sorrisos
Tanto passa lá fora
Tanto queria sorrir
Desejaria simplesmente agora
Pelo menos existir
Mas existir para um mundo
Que ainda não vivi
Peço-te perdão amor
Queria te dar o tudo
Que tanto queres sentir
Não podendo, te dou um pouco
De tudo que existe em mim
SINCERAMENTE...
Maynomy beija-flor
Pego-me a notar meus diferentes sorrisos
Meu diferente olhar
Percebi que depende do “quem está”
Se é pelo amor não vivido
Se é pelo tão intrometido
Ou mesmo por aquele homem/menino
Que tanto tirou de mim sorrindo
Não me queixo de nada
Adoro sentir seu ar
Pudesse estaria no mar
Sempre a navegar
A nos abraçar
A nos beijar
A nos amar
Pego-me a notar meus diferentes sorrisos
Meu diferente olhar
Percebi que depende do “quem está”
Se é pelo amor não vivido
Se é pelo tão intrometido
Ou mesmo por aquele homem/menino
Que tanto tirou de mim sorrindo
Não me queixo de nada
Adoro sentir seu ar
Pudesse estaria no mar
Sempre a navegar
A nos abraçar
A nos beijar
A nos amar
Sonhos em amor maior
Maynomy beija-flor
Quero por sonhos ser levada
Como a águia que ao céu se atira
Como o rio que corre ao meu lado...
Que nem a menina enamorada
Quero sempre ser/estar sonhada
Aprendi a sonhar acordada
Meus sonhos pra muitos... Quase nada...
Simplesmente percebo
Às vezes incomoda, vejo.
Criei um mundo só meu.
Criado assim... A mando do desejo...
Quero amor dado
Quero amor recebido
O amor tão sonhado
Tão querido...
Não um amor fragilizado
Mas amor comprometido
Não só pra mim e pra você
Pra nós, esse é meu querer.
Vivo porque sonho
Sonho porque amo
Amo simplesmente...
Assim...
Amadamente.
Quero por sonhos ser levada
Como a águia que ao céu se atira
Como o rio que corre ao meu lado...
Que nem a menina enamorada
Quero sempre ser/estar sonhada
Aprendi a sonhar acordada
Meus sonhos pra muitos... Quase nada...
Simplesmente percebo
Às vezes incomoda, vejo.
Criei um mundo só meu.
Criado assim... A mando do desejo...
Quero amor dado
Quero amor recebido
O amor tão sonhado
Tão querido...
Não um amor fragilizado
Mas amor comprometido
Não só pra mim e pra você
Pra nós, esse é meu querer.
Vivo porque sonho
Sonho porque amo
Amo simplesmente...
Assim...
Amadamente.
Reencontro...
Maynony beija-flor
Busco encontrar-me
Imaginei saber-me
Fui então às melodias
Ainda não era lá que eu estaria
Novamente tentei buscar
De busca em busca
Vi-me a pensar... Divaguei...
Minhas mãos como que por encanto
Moviam-se...
Numa outra busca incessante
Pus-me então a escrever
Palavras brotaram de mim
Lágrimas surgiram
Quase desesperadamente, sorri.
Enfim...
Não por sofrer chorei...
Meu sentir... Só de alegria
Simplesmente me encontrei!
Busco encontrar-me
Imaginei saber-me
Fui então às melodias
Ainda não era lá que eu estaria
Novamente tentei buscar
De busca em busca
Vi-me a pensar... Divaguei...
Minhas mãos como que por encanto
Moviam-se...
Numa outra busca incessante
Pus-me então a escrever
Palavras brotaram de mim
Lágrimas surgiram
Quase desesperadamente, sorri.
Enfim...
Não por sofrer chorei...
Meu sentir... Só de alegria
Simplesmente me encontrei!
Quem tem consciência sofre
Quem tem consciência sofre
Tentando entender a situação
Perdemos-nos mesmo, verdade!
Quando olhamos pra quem não tem o pão.
Em tudo que dizes, estás certa!
Estamos sem direção
A outros em nada afeta
Vivem como Tufão
Andorinhas poucas somos
Mas podemos algo fazer
Além de rezar pela alma
Ao ver outro morrer
Se não podes mudar o todo
Mude uma vírgula então!
Dependendo do contexto
Muda uma situação
A nós resta pouco a fazer
Se pensarmos estar sós,
Mas se existe eu e você
Existe muito mais voz
Maynomy Beija-Flor
Tentando entender a situação
Perdemos-nos mesmo, verdade!
Quando olhamos pra quem não tem o pão.
Em tudo que dizes, estás certa!
Estamos sem direção
A outros em nada afeta
Vivem como Tufão
Andorinhas poucas somos
Mas podemos algo fazer
Além de rezar pela alma
Ao ver outro morrer
Se não podes mudar o todo
Mude uma vírgula então!
Dependendo do contexto
Muda uma situação
A nós resta pouco a fazer
Se pensarmos estar sós,
Mas se existe eu e você
Existe muito mais voz
Maynomy Beija-Flor
Amores carcerários
Brasigóis Felício
Em paixões de vampiros
as mulheres ficam deformadas
e os homens definham
a olhos vistos.
Tão atroz e ridículo
o destempero a que se entregam,
que sugam a energia
uns dos outros de canudinho.
E o mais que fazem os passionais
os que se permitem ser sugados
e se acharem os mais,
em seus arrebatos prisionais.
Em paixões de vampiros
as mulheres ficam deformadas
e os homens definham
a olhos vistos.
Tão atroz e ridículo
o destempero a que se entregam,
que sugam a energia
uns dos outros de canudinho.
E o mais que fazem os passionais
os que se permitem ser sugados
e se acharem os mais,
em seus arrebatos prisionais.
Outro norte
Oi! Conte-me uma história.
Pode se qualquer uma esfarrapada,
Quero algo que me faça rir.
Preciso ouvir piadas, conversas fiadas.
Quero risos, tardes fogosas, surtos...
Preciso aprender a lidar com a vida,
Não agüento mais os encontros casuais,
Os ficos sufocam minha mente de mulher.
Não consigo lidar com mais nada.
Quero rir: ah! Ah! Ah!
Libertar dos meus fetiches,
Quero noites gostosas de prazer.
E depois? Como ficará meu coração?
Há uma faca enfiada em minha garganta.
Há espinhos por todos os lados, pés queimando...
Peito dormente, mãos querendo afagos.
Por favor, uma taça de vinho?
Vamos nos embriagar, entregar aos encantos da vida.
E se não houver mais saída, se não existir mais risadas,
Nem histórias, nem conversas esfarrapadas ou piadas?
E se não houver encontros cortantes, se não existir amante?
Buscaremos outro norte, talvez nos encontrem por lá.
Váldima Fogaça
Pode se qualquer uma esfarrapada,
Quero algo que me faça rir.
Preciso ouvir piadas, conversas fiadas.
Quero risos, tardes fogosas, surtos...
Preciso aprender a lidar com a vida,
Não agüento mais os encontros casuais,
Os ficos sufocam minha mente de mulher.
Não consigo lidar com mais nada.
Quero rir: ah! Ah! Ah!
Libertar dos meus fetiches,
Quero noites gostosas de prazer.
E depois? Como ficará meu coração?
Há uma faca enfiada em minha garganta.
Há espinhos por todos os lados, pés queimando...
Peito dormente, mãos querendo afagos.
Por favor, uma taça de vinho?
Vamos nos embriagar, entregar aos encantos da vida.
E se não houver mais saída, se não existir mais risadas,
Nem histórias, nem conversas esfarrapadas ou piadas?
E se não houver encontros cortantes, se não existir amante?
Buscaremos outro norte, talvez nos encontrem por lá.
Váldima Fogaça
Minha companhia
Olhar misterioso, palavras silenciosas.
Ó Odisseu! Neste teu navio quero partir,
E se não quiseres que eu vá, irei mesmo assim.
Meus sonhos, minha magia entreguei a ti.
Agora ó príncipe de muitas lutas, não vais
Trazer uma manjar para mim?
Tua solidão habita em meu pensar de agora,
Nesta hora, quero teu querer em mim.
Se não vens, que posso fazer?
Já escolheste um porto para embarcar,
E sei que fiquei para trás com meu sonhar.
Nestas lutas tão infindas, quis te dar minha vida,
Mas, desprezaste o vazio de minha inocência.
Neste mundo tão banal, repreendeste minha poesia.
Leste outros corpos, buscaste em outros braços o querer.
Ó Odisseu! Sabes que este é teu nome de verdade.
Sabes que esta escrita fala de um bem querer.
Mensagens foram passadas, beijos foram dados.
E agora? O silêncio será minha companhia.
Meu peito adormece, o coração se angustia.
Quero ser tua, tua companhia.
Por onde andas? Desconheço teus passos.
Quando em tua solidão vieres a clamar por alguma alma,
Por favor, clama pela minha!
Váldima Fogaça
Ó Odisseu! Neste teu navio quero partir,
E se não quiseres que eu vá, irei mesmo assim.
Meus sonhos, minha magia entreguei a ti.
Agora ó príncipe de muitas lutas, não vais
Trazer uma manjar para mim?
Tua solidão habita em meu pensar de agora,
Nesta hora, quero teu querer em mim.
Se não vens, que posso fazer?
Já escolheste um porto para embarcar,
E sei que fiquei para trás com meu sonhar.
Nestas lutas tão infindas, quis te dar minha vida,
Mas, desprezaste o vazio de minha inocência.
Neste mundo tão banal, repreendeste minha poesia.
Leste outros corpos, buscaste em outros braços o querer.
Ó Odisseu! Sabes que este é teu nome de verdade.
Sabes que esta escrita fala de um bem querer.
Mensagens foram passadas, beijos foram dados.
E agora? O silêncio será minha companhia.
Meu peito adormece, o coração se angustia.
Quero ser tua, tua companhia.
Por onde andas? Desconheço teus passos.
Quando em tua solidão vieres a clamar por alguma alma,
Por favor, clama pela minha!
Váldima Fogaça
Despedida
Deixarei que morra em mim este sentimento,
Já que estou certa que não o verei jamais.
Deixarei no esquecimento aqueles suspiros,
Aquela noite de afagos mesclada com devaneios.
Não verás mais aquele coração palpitante
Que um dia quis estar em teus braços,
Tampouco o brilho de meus olhos
Que em tantos momentos te chamava.
Não haverá mais uma dor partida,
Porque tudo será enterrado no esquecimento...
Pedirei ao vento para sondar meus pensamentos,
Sim, para que ele leve esta ilusão que vivi.
Clamarei aos deuses para que curem esta dor de agora.
As pálpebras estão cansadas, os lábios quietos,
As mãos suadas, os pés frios, o corpo clamando...
Deixarei que os meus sonhos voem e nunca mais voltem,
Que o coração seja petrificado, morto para esta conquista.
Não quero amar mais ninguém...
Quero apenas que meu corpo ame...
Deixarei para sempre este coração apertado,
Estas mãos suadas que transpiram afetos.
Deixarei que morram todos os meus desejos,
Minha ansiedade de te encontrar novamente...
Taguatinga Sul-Df, 23 de outubro de 2008.
Váldima Fogaça
Já que estou certa que não o verei jamais.
Deixarei no esquecimento aqueles suspiros,
Aquela noite de afagos mesclada com devaneios.
Não verás mais aquele coração palpitante
Que um dia quis estar em teus braços,
Tampouco o brilho de meus olhos
Que em tantos momentos te chamava.
Não haverá mais uma dor partida,
Porque tudo será enterrado no esquecimento...
Pedirei ao vento para sondar meus pensamentos,
Sim, para que ele leve esta ilusão que vivi.
Clamarei aos deuses para que curem esta dor de agora.
As pálpebras estão cansadas, os lábios quietos,
As mãos suadas, os pés frios, o corpo clamando...
Deixarei que os meus sonhos voem e nunca mais voltem,
Que o coração seja petrificado, morto para esta conquista.
Não quero amar mais ninguém...
Quero apenas que meu corpo ame...
Deixarei para sempre este coração apertado,
Estas mãos suadas que transpiram afetos.
Deixarei que morram todos os meus desejos,
Minha ansiedade de te encontrar novamente...
Taguatinga Sul-Df, 23 de outubro de 2008.
Váldima Fogaça
Lágrimas
Lágrimas caíam,
Um som se emitia,
Lágrimas diziam:
Onde Deus está?
Por onde andam minha paz,
Meu sorriso, minha razão?
Estou néscia, despida, sem vida...
Busco um horizonte, uma guarida.
Para quem contarei meus dias?
Minha mãe não estará mais aqui,
Nem meu pai, nem ninguém...
Quando os olhos se fecharem,
Quem eu verei?
O padre não vai está lá,
Nem o pastor, nem os guias,
Nenhuma vela se acenderá,
Não haverá rezas, nem melodia.
Ouço um ruído!
É o som de muitas águas,
destas que só o coração conhece
os mares também sabem deste sofrer.
Ah lágrimas! Molhem mais este chão,
que sabe assim brote alguma razão,
algum sentido para tornar minha vida
repleta de gratidão, sonhos e emoção!
Váldima Fogaça
Um som se emitia,
Lágrimas diziam:
Onde Deus está?
Por onde andam minha paz,
Meu sorriso, minha razão?
Estou néscia, despida, sem vida...
Busco um horizonte, uma guarida.
Para quem contarei meus dias?
Minha mãe não estará mais aqui,
Nem meu pai, nem ninguém...
Quando os olhos se fecharem,
Quem eu verei?
O padre não vai está lá,
Nem o pastor, nem os guias,
Nenhuma vela se acenderá,
Não haverá rezas, nem melodia.
Ouço um ruído!
É o som de muitas águas,
destas que só o coração conhece
os mares também sabem deste sofrer.
Ah lágrimas! Molhem mais este chão,
que sabe assim brote alguma razão,
algum sentido para tornar minha vida
repleta de gratidão, sonhos e emoção!
Váldima Fogaça
Em vão
Sozinha andava, sem corpo, sem pele, sem nada.
Em vão eram os pensamentos levados pelo vento,
Em vão era minha sina, minha doutrina, minha fé.
Em vão é meu pai, minha mãe, minha irmã...
Em vão é minha arte, meu patrão, minha pátria...
Em vão foi aquele único e último encontro,
Em vão foram às duas horas de troca de carinho,
Foram as carícias, os risos, os prazeres breves,
A chuva que caía, o vento que batia no retrovisor,
Os sussurros, as promessas, as trocas de olhares.
Em vão é meu pensar de agora, meu querer,
Minha ira, meus desejos, minha mente,
O ciúme, a espera, a jornada, a melodia...
Em vão serão os próximos dias, as horas de agonia,
O trabalho, a fortuna, o descaso, a tristeza, a alegria,
Em vão para sempre serão meus sonhos, minha magia!
(Taguatinga Sul-DF, 08/10/2008).
Váldima Fogaça
Em vão eram os pensamentos levados pelo vento,
Em vão era minha sina, minha doutrina, minha fé.
Em vão é meu pai, minha mãe, minha irmã...
Em vão é minha arte, meu patrão, minha pátria...
Em vão foi aquele único e último encontro,
Em vão foram às duas horas de troca de carinho,
Foram as carícias, os risos, os prazeres breves,
A chuva que caía, o vento que batia no retrovisor,
Os sussurros, as promessas, as trocas de olhares.
Em vão é meu pensar de agora, meu querer,
Minha ira, meus desejos, minha mente,
O ciúme, a espera, a jornada, a melodia...
Em vão serão os próximos dias, as horas de agonia,
O trabalho, a fortuna, o descaso, a tristeza, a alegria,
Em vão para sempre serão meus sonhos, minha magia!
(Taguatinga Sul-DF, 08/10/2008).
Váldima Fogaça
Sabe amor?
Sabe amor?
Naquela noite,
Minha mente, meu coração se contradiziam.
Os deuses guerrearam por nós. Você viu?
Mas, meu corpo, os lábios... Ah! Eles queriam...
Sabe amor?
Acredito num plano para nós dois,
Algo perfeito, vindo dos céus.
Creio na primavera!
Você já observou como os pássaros cantam?
Sabe amor?
Escrevi um poema para você...
É! Falei de algo que estava dentro de mim,
Só que não consegui transcrever com palavras
Belas, nem frases tão grandiosas!
É que ainda não sou poeta...
Sabe amor?
Aquela noite poderia ser eterna,
Juraria por tudo que dormiria muito mais.
Sonhei com você sabia?
Dormi em seus braços, acordei nos seus sonhos!
Sabe amor?
Poderia ser eterno tudo aquilo que fosse bom.
Aliás, o mundo deveria ser um sonho.
Quem sabe só assim todos seriam mais felizes...
Váldima Fogaça
Naquela noite,
Minha mente, meu coração se contradiziam.
Os deuses guerrearam por nós. Você viu?
Mas, meu corpo, os lábios... Ah! Eles queriam...
Sabe amor?
Acredito num plano para nós dois,
Algo perfeito, vindo dos céus.
Creio na primavera!
Você já observou como os pássaros cantam?
Sabe amor?
Escrevi um poema para você...
É! Falei de algo que estava dentro de mim,
Só que não consegui transcrever com palavras
Belas, nem frases tão grandiosas!
É que ainda não sou poeta...
Sabe amor?
Aquela noite poderia ser eterna,
Juraria por tudo que dormiria muito mais.
Sonhei com você sabia?
Dormi em seus braços, acordei nos seus sonhos!
Sabe amor?
Poderia ser eterno tudo aquilo que fosse bom.
Aliás, o mundo deveria ser um sonho.
Quem sabe só assim todos seriam mais felizes...
Váldima Fogaça
Na praça do relógio...
Na praça do relógio,
Eles circulam sem parar
Com trajes estereotipados
E cabelos escovados.
Um passo mais a frente
Vamos, minha gente!
Quero passo firme
Mãos sem espessura.
Um batom vermelho,
Um sorriso disfarçado
Veste ridicularizada
Unha encravada.
Um passo! Avante!
Classe desmerecida,
Não há água, nem comida.
Há vida amarga, há míngua.
Na praça do relógio, eles pedem...
Aguardam mãos misericordiosas...
Lutam, sonham inconscientemente...
Na praça do relógio, eles clamam...
Váldima Fogaça
(Taguatinga, 18 de setembro de 2008)
Eles circulam sem parar
Com trajes estereotipados
E cabelos escovados.
Um passo mais a frente
Vamos, minha gente!
Quero passo firme
Mãos sem espessura.
Um batom vermelho,
Um sorriso disfarçado
Veste ridicularizada
Unha encravada.
Um passo! Avante!
Classe desmerecida,
Não há água, nem comida.
Há vida amarga, há míngua.
Na praça do relógio, eles pedem...
Aguardam mãos misericordiosas...
Lutam, sonham inconscientemente...
Na praça do relógio, eles clamam...
Váldima Fogaça
(Taguatinga, 18 de setembro de 2008)
Lembranças
Dedico este poema à Váldima!
Lembrança do camisolão
Ovo cozido e leite morno
Jacuba, laranja e limão
Profundos rios e cachoeiras
Cachos amarelos nas bananeiras
Infância colorida e zombeteira
Causos poemas e canções
Histórias, invenções e palhaçadas
E competições para a garotada
Era um colorido de alegria
Muita festa, harmonia e cantoria
Fartura, responsabilidade e liberdade
Mora dentro de mim...
Uma infância perfumada
De um mundo real encantado!
Lembrança do camisolão
Ovo cozido e leite morno
Jacuba, laranja e limão
Profundos rios e cachoeiras
Cachos amarelos nas bananeiras
Infância colorida e zombeteira
Causos poemas e canções
Histórias, invenções e palhaçadas
E competições para a garotada
Era um colorido de alegria
Muita festa, harmonia e cantoria
Fartura, responsabilidade e liberdade
Mora dentro de mim...
Uma infância perfumada
De um mundo real encantado!
Pasargadense:
Silvia Neves de Azevedo
Cantigas de roda
Dedico este poema a Sílvia!
Que lembrança agora tenho?
Da mistura farinha com açúcar,
Das danças de minha infância...
Lata d’ água na cabeça, pé no chão...
Menina de cintura fina, vestido de algodão.
Indo à fonte, uma cantiga canta!
Pulos, saudações! A todos encanta.
Uma folha de café: saudade de José!
Um pé de limão: quero namorar o João!
Ao cair da tarde, lembro de minha inocência!
Dos frutos que colhi, das belas tardes que vivi...
Foram embora as manhãs tão silenciosas...
O café inocente, os amores de infância,
as antigas anedotas,minhas cantigas de roda.
Váldima Fogaça
Que lembrança agora tenho?
Da mistura farinha com açúcar,
Das danças de minha infância...
Lata d’ água na cabeça, pé no chão...
Menina de cintura fina, vestido de algodão.
Indo à fonte, uma cantiga canta!
Pulos, saudações! A todos encanta.
Uma folha de café: saudade de José!
Um pé de limão: quero namorar o João!
Ao cair da tarde, lembro de minha inocência!
Dos frutos que colhi, das belas tardes que vivi...
Foram embora as manhãs tão silenciosas...
O café inocente, os amores de infância,
as antigas anedotas,minhas cantigas de roda.
Váldima Fogaça
Nesta noite...
Nesta noite tão calada,
Quero qualquer alma penada
Qualquer guarida
Qualquer coisa que seja vida...
Neste momento tão incerto,
Quero algo mais concreto
Que abrace o meu coração...
Não suporto mais esta ilusão!
Nesta noite tão fria,
Quero apenas uma companhia!
Não suporto mais esta dor partida
Que fere minha alma tão querida.
Váldima Fogaça
Quero qualquer alma penada
Qualquer guarida
Qualquer coisa que seja vida...
Neste momento tão incerto,
Quero algo mais concreto
Que abrace o meu coração...
Não suporto mais esta ilusão!
Nesta noite tão fria,
Quero apenas uma companhia!
Não suporto mais esta dor partida
Que fere minha alma tão querida.
Váldima Fogaça
Nesta noite...
Nesta noite tão calada,
Quero qualquer alma penada
Qualquer guarida
Qualquer coisa que seja vida...
Neste momento tão incerto,
Quero algo mais concreto
Que abrace o meu coração...
Não suporto mais esta ilusão!
Nesta noite tão fria,
Quero apenas uma companhia!
Não suporto mais esta dor partida
Que fere minha alma tão querida.
Váldima Fogaça
Quero qualquer alma penada
Qualquer guarida
Qualquer coisa que seja vida...
Neste momento tão incerto,
Quero algo mais concreto
Que abrace o meu coração...
Não suporto mais esta ilusão!
Nesta noite tão fria,
Quero apenas uma companhia!
Não suporto mais esta dor partida
Que fere minha alma tão querida.
Váldima Fogaça
Jardim de encantos
Ah! Paixão minha,
Estou sozinha
E assim quero estar...
Naquele instante, viveram
Delírios em noites enluaradas.
Talvez, um aquecimento intenso,
Beijos! Quiçá não houve nada.
Naquele jardim de encantos,
De noites frias e tão caladas,
Recebi uma rosa, um abraço apertado!
Momentos vazios, anseios levados!
Ah!Paixão minha,
Estou sozinha
E assim devo estar...
Naquele jardim de encantos,
De prazer insaciável, teus lábios molhados
Sungavam minha pele requinta! Noites passageiras,
Tuas luas foram enganos, tuas flores desmerecidas!
Váldima Fogaça
Estou sozinha
E assim quero estar...
Naquele instante, viveram
Delírios em noites enluaradas.
Talvez, um aquecimento intenso,
Beijos! Quiçá não houve nada.
Naquele jardim de encantos,
De noites frias e tão caladas,
Recebi uma rosa, um abraço apertado!
Momentos vazios, anseios levados!
Ah!Paixão minha,
Estou sozinha
E assim devo estar...
Naquele jardim de encantos,
De prazer insaciável, teus lábios molhados
Sungavam minha pele requinta! Noites passageiras,
Tuas luas foram enganos, tuas flores desmerecidas!
Váldima Fogaça
Juro
Juro! Seria este o meu fim?
Jurar por algo sem afim.
Sei que não irei mais te abraçar...
Jamais te beijar...
Por que não hei de te amar?
Juro que Serei mais feliz assim...
Só os céus alcançam este vazio.
Sem destino, sigo assim sem
Nada em mim...
Sem norte,
sigo nos andarilhos da vida.
Ninguém compreende o que sinto.
São noites predestinadas,
Uma paixão amarga, abraços perdidos;
Beijos sofridos, gemidos!
Talvez uma paixão e mais nada.
Quem sabe encontrarei um ente!
Um amigo que me dê os braços.
Quero uma árvore que me faça sombra,
Uma alma carente que me encanta...
Quero permanecer em lençóis de cetim.
Juro porque hei de sempre jurar assim:
Pelo céu, terra e mar...
Quero noites bem vividas!
Vinho refinado, taça, brindes?!
Ah! Quero mais que selo de amizade!
Váldima Fogaça
Jurar por algo sem afim.
Sei que não irei mais te abraçar...
Jamais te beijar...
Por que não hei de te amar?
Juro que Serei mais feliz assim...
Só os céus alcançam este vazio.
Sem destino, sigo assim sem
Nada em mim...
Sem norte,
sigo nos andarilhos da vida.
Ninguém compreende o que sinto.
São noites predestinadas,
Uma paixão amarga, abraços perdidos;
Beijos sofridos, gemidos!
Talvez uma paixão e mais nada.
Quem sabe encontrarei um ente!
Um amigo que me dê os braços.
Quero uma árvore que me faça sombra,
Uma alma carente que me encanta...
Quero permanecer em lençóis de cetim.
Juro porque hei de sempre jurar assim:
Pelo céu, terra e mar...
Quero noites bem vividas!
Vinho refinado, taça, brindes?!
Ah! Quero mais que selo de amizade!
Váldima Fogaça
Céu azul
Hoje o que me resta?
Feridas cicatrizadas,
Amor platônico,
Talvez mais nada.
Por que o meu querer não é o teu?
Tenho apenas comigo o céu azul,
Esse que apraz a minha alma sozinha,
Que me acolhe na noite sombria.
Desse infinito,
Do mistério que é a vida,
Guardo o toque de tuas mãos;
Teu rosto sereno, teu sorriso ameno.
Tu não és bendito, ó vento!
Pois levaste
o grande amor que havia em mim...
Ah amor! Quero uma guarida,
Um sonho, uma vida...
Um beijo, um corpo ancorado.
Um viver eternizado!
Váldima Fogaça
Feridas cicatrizadas,
Amor platônico,
Talvez mais nada.
Por que o meu querer não é o teu?
Tenho apenas comigo o céu azul,
Esse que apraz a minha alma sozinha,
Que me acolhe na noite sombria.
Desse infinito,
Do mistério que é a vida,
Guardo o toque de tuas mãos;
Teu rosto sereno, teu sorriso ameno.
Tu não és bendito, ó vento!
Pois levaste
o grande amor que havia em mim...
Ah amor! Quero uma guarida,
Um sonho, uma vida...
Um beijo, um corpo ancorado.
Um viver eternizado!
Váldima Fogaça
Gilmar Mendes: STF ainda guarda marcas do AI-5
Laryssa Borges
Direto de Brasília
Aos 12 anos de idade e no interior do Mato Grosso, ele não percebeu que aquele 13 de dezembro de 1968 marcaria a história do país. Não viu movimentos estudantis contra o ato institucional assinado pelo presidente Arthur da Costa e Silva e não teve pessoas próximas como vítimas da tortura do regime militar. Hoje, 40 anos depois, Gilmar Mendes, presidente da mais alta corte do País, o Supremo Tribunal Federal (STF), afirma que o Poder Judiciário "sofreu" com o AI-5 e de maneira alguma pode ser acusado de ser complacente com a onda de cassações de parlamentares eleitos pelo povo promovida após a confirmação do pior momento da ditadura.
Nos anos mais rígidos do regime coordenado pelos militares, o então ministro Aliomar Baleeiro foi o relator de um habeas-corpus em que decidiu submeter à Câmara dos Deputados o pedido de licença do governo para cassar, mesmo que sem denúncias ou condenação, o mandato do deputado federal Márcio Moreira Alves (MDB). Moreira Alves foi o porta-voz de um discurso inflamado na Casa, em que criticava os militares e pedia que as mulheres não se sujeitassem a acompanhar cadetes em um baile da Marinha naquele ano.
"É um período extremamente delicado da nossa história, consagra poderes ditatoriais nas mãos do presidente, daí as cassações de mandato. Todos nós que vivenciamos conscientemente esse período sabemos da força que isso significava e da força excepcional autoritária que isso dava ao poder central", disse em entrevista ao Terra o ministro Gilmar Mendes. "(O STF) foi vítima. O Tribunal foi fortemente atingido e ainda hoje certamente guarda marcas desse período", avalia.
As "marcas", segundo Mendes, refletem a postura do STF diante da crise institucional resultado do AI-5 e evidenciam "o que fizemos e o que deixamos de fazer com toda sinceridade e abertura". Durante os anos de ditadura, por meio do Ato Institucional nº 2, cinco novos ministros foram nomeados para o Supremo a fim de facilitar e ratificar no Judiciário as ações do governo militar, entre eles Aliomar Baleeiro, relator do caso Márcio Moreira Alves. Pouco mais de três anos depois, com o AI-5, eram cassados no mesmo STF os ministros Victor Nunes Leal, Evandro Lins e Silva e Hermes Lima.
"O próprio Supremo Tribunal Federal sofreu com isso, com (os ministros) Victor Nunes (Leal), Hermes Lima e Evandro Lins e Silva, que foram atingidos pela cassação", comenta o presidente da Suprema Corte. Sobre o caso Baleeiro e a eventual "anuência" do tribunal diante do AI-5, Mendes é cauteloso: "é claro que (o caso Moreira Alves) era um processo peculiar, mas era um processo regular. A partir daí, claro que o momento político levou a essa deflagração (da ditadura), mas não podemos garantir que se não fosse neste momento não seria em outro".
"Nós tivemos depois outras crises", relembra. Em 1977, após a recusa do MDB, partido oposicionista, em votar um projeto de reforma do Judiciário proposto pelo governo, o então presidente Ernesto Geisel retomou instrumentos do autoritarismo e fez a vontade dos militares: fechou o Congresso, impôs o projeto à força e determinou a existência de eleições indiretas para governo e a nomeação de senadores biônicos.
"Essa (crise) eu acompanhei de forma bastante consciente. O governo Geisel tentou aprovar a reforma do Judiciário, e essa reforma não foi aprovada, o que resultou no fechamento do Congresso e na aprovação inclusive de emendas excepcionais com base no AI-5. Claro que era um poder verdadeiramente ditatorial", comenta Gilmar Mendes. "Felizmente conseguimos revogar o AI-5 e voltar à democratização", diz.
Redação Terra
Direto de Brasília
Aos 12 anos de idade e no interior do Mato Grosso, ele não percebeu que aquele 13 de dezembro de 1968 marcaria a história do país. Não viu movimentos estudantis contra o ato institucional assinado pelo presidente Arthur da Costa e Silva e não teve pessoas próximas como vítimas da tortura do regime militar. Hoje, 40 anos depois, Gilmar Mendes, presidente da mais alta corte do País, o Supremo Tribunal Federal (STF), afirma que o Poder Judiciário "sofreu" com o AI-5 e de maneira alguma pode ser acusado de ser complacente com a onda de cassações de parlamentares eleitos pelo povo promovida após a confirmação do pior momento da ditadura.
Nos anos mais rígidos do regime coordenado pelos militares, o então ministro Aliomar Baleeiro foi o relator de um habeas-corpus em que decidiu submeter à Câmara dos Deputados o pedido de licença do governo para cassar, mesmo que sem denúncias ou condenação, o mandato do deputado federal Márcio Moreira Alves (MDB). Moreira Alves foi o porta-voz de um discurso inflamado na Casa, em que criticava os militares e pedia que as mulheres não se sujeitassem a acompanhar cadetes em um baile da Marinha naquele ano.
"É um período extremamente delicado da nossa história, consagra poderes ditatoriais nas mãos do presidente, daí as cassações de mandato. Todos nós que vivenciamos conscientemente esse período sabemos da força que isso significava e da força excepcional autoritária que isso dava ao poder central", disse em entrevista ao Terra o ministro Gilmar Mendes. "(O STF) foi vítima. O Tribunal foi fortemente atingido e ainda hoje certamente guarda marcas desse período", avalia.
As "marcas", segundo Mendes, refletem a postura do STF diante da crise institucional resultado do AI-5 e evidenciam "o que fizemos e o que deixamos de fazer com toda sinceridade e abertura". Durante os anos de ditadura, por meio do Ato Institucional nº 2, cinco novos ministros foram nomeados para o Supremo a fim de facilitar e ratificar no Judiciário as ações do governo militar, entre eles Aliomar Baleeiro, relator do caso Márcio Moreira Alves. Pouco mais de três anos depois, com o AI-5, eram cassados no mesmo STF os ministros Victor Nunes Leal, Evandro Lins e Silva e Hermes Lima.
"O próprio Supremo Tribunal Federal sofreu com isso, com (os ministros) Victor Nunes (Leal), Hermes Lima e Evandro Lins e Silva, que foram atingidos pela cassação", comenta o presidente da Suprema Corte. Sobre o caso Baleeiro e a eventual "anuência" do tribunal diante do AI-5, Mendes é cauteloso: "é claro que (o caso Moreira Alves) era um processo peculiar, mas era um processo regular. A partir daí, claro que o momento político levou a essa deflagração (da ditadura), mas não podemos garantir que se não fosse neste momento não seria em outro".
"Nós tivemos depois outras crises", relembra. Em 1977, após a recusa do MDB, partido oposicionista, em votar um projeto de reforma do Judiciário proposto pelo governo, o então presidente Ernesto Geisel retomou instrumentos do autoritarismo e fez a vontade dos militares: fechou o Congresso, impôs o projeto à força e determinou a existência de eleições indiretas para governo e a nomeação de senadores biônicos.
"Essa (crise) eu acompanhei de forma bastante consciente. O governo Geisel tentou aprovar a reforma do Judiciário, e essa reforma não foi aprovada, o que resultou no fechamento do Congresso e na aprovação inclusive de emendas excepcionais com base no AI-5. Claro que era um poder verdadeiramente ditatorial", comenta Gilmar Mendes. "Felizmente conseguimos revogar o AI-5 e voltar à democratização", diz.
Redação Terra
Quarenta anos depois, memórias do AI-5 estão vivas
Vagner Magalhães
Direto de São Paulo
O início da noite de sexta-feira, 13 de dezembro de 1968, mudaria a vida política e cultural do Brasil pelos 10 anos e 18 dias seguintes, até o fim de 1978. Naquela data, há 40 anos, o presidente-militar Artur da Costa e Silva aprovou o Ato Institucional número 5 (AI-5), depois de uma reunião de mais de duas horas com 25 membros do Conselho de Segurança Nacional.
O ato serviu como base para a cassação de 273 mandatos de parlamentares estaduais e federais, a punição de mais de 1,5 mil pessoas e a censura de milhares de obras culturais, entre filmes, livros e peças teatrais. Pessoas consideradas adversárias do regime, foram torturadas durante o período. Muitos corpos não foram localizados até hoje.
Logo após a reunião comandada por Costa e Silva, o AI-5 foi lido ao vivo na "Voz do Brasil" e o Congresso Nacional entrou em recesso por dez meses. Começava ali o período no qual as restrições às liberdades individuais foram mais sufocantes.
O ato deu plenos poderes a Costa e Silva para cassar mandatos eletivos, suspender direitos políticos, proibir reuniões e manifestações públicas de caráter político, legislar por decreto, julgar crimes políticos em tribunais militares, entre outros. A censura aos veículos de comunicação ganharia também força durante o período.
"Foi um dos episódios piores que o Brasil já viveu. Eu diria, da história republicana, talvez o pior de todos, desde que foi proclamada a República. Foram aqueles anos, principalmente de 68 até meados da década dos 70. Muito difícil de transmitir para quem não viveu. Para quem não conhece o que era uma ditadura. Por isso que eu digo: a melhor forma de explicar uma ditadura, é descrever o que é. Não precisa fazer grandes interpretações", disse o governador de São Paulo, José Serra, exilado à época da decretação do ato em 1968.
No início do regime militar, em 1964, Serra era presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), que foi colocada na ilegalidade. Meses depois do golpe, foi para o exílio.
"A ditadura no Brasil se materializou na sua plenitude a partir do AI-5. Uma repressão fortíssima para os opositores, inclusive para as forças de esquerda, e que até dizimou muita gente, nos anos subseqüentes", disse.
O governador lembra que na ocasião da aprovação do AI-5 já estava exilado no Chile. Serra só voltaria ao Brasil em 1978, ano em que o AI-5 foi revogado.
"Eu já estava há quatro anos de exílio. O período de angústia maior já tinha passado. No sentido que você tem de refazer a sua vida fora do País. Foi o que eu fiz. Eu estudava engenharia, não pude concluir o curso, passei para economia, enfim, tratei de aprimorar minha formação intelectual e profissional nos anos de exílio, porque tinha claro que iriam ser anos muito prolongados nesse rocesso, mas evidentemente a aflição era enorme, por dois motivos: pela postergação das possibilidades de volta e pelo risco que corriam pessoas amigos meus, colegas, companheiros que estavam no Brasil, na militância política, com receio do que pudesse acontecer a eles", afirmou.
Durante a semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, lembrou do silêncio daqueles que se opunham à ditadura.
"O AI-5 inaugurou um dos períodos mais tenebrosos da vida pública nacional e que perdurou, infelizmente, por 10 anos e 18 dias. No período em que vigorou, instaurou uma cultura do medo, embora não tenha calado por completo as vozes que se opunham à ditadura, seja na luta social, seja na institucionalidade possível", afirmou.
Redação Terra
Direto de São Paulo
O início da noite de sexta-feira, 13 de dezembro de 1968, mudaria a vida política e cultural do Brasil pelos 10 anos e 18 dias seguintes, até o fim de 1978. Naquela data, há 40 anos, o presidente-militar Artur da Costa e Silva aprovou o Ato Institucional número 5 (AI-5), depois de uma reunião de mais de duas horas com 25 membros do Conselho de Segurança Nacional.
O ato serviu como base para a cassação de 273 mandatos de parlamentares estaduais e federais, a punição de mais de 1,5 mil pessoas e a censura de milhares de obras culturais, entre filmes, livros e peças teatrais. Pessoas consideradas adversárias do regime, foram torturadas durante o período. Muitos corpos não foram localizados até hoje.
Logo após a reunião comandada por Costa e Silva, o AI-5 foi lido ao vivo na "Voz do Brasil" e o Congresso Nacional entrou em recesso por dez meses. Começava ali o período no qual as restrições às liberdades individuais foram mais sufocantes.
O ato deu plenos poderes a Costa e Silva para cassar mandatos eletivos, suspender direitos políticos, proibir reuniões e manifestações públicas de caráter político, legislar por decreto, julgar crimes políticos em tribunais militares, entre outros. A censura aos veículos de comunicação ganharia também força durante o período.
"Foi um dos episódios piores que o Brasil já viveu. Eu diria, da história republicana, talvez o pior de todos, desde que foi proclamada a República. Foram aqueles anos, principalmente de 68 até meados da década dos 70. Muito difícil de transmitir para quem não viveu. Para quem não conhece o que era uma ditadura. Por isso que eu digo: a melhor forma de explicar uma ditadura, é descrever o que é. Não precisa fazer grandes interpretações", disse o governador de São Paulo, José Serra, exilado à época da decretação do ato em 1968.
No início do regime militar, em 1964, Serra era presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), que foi colocada na ilegalidade. Meses depois do golpe, foi para o exílio.
"A ditadura no Brasil se materializou na sua plenitude a partir do AI-5. Uma repressão fortíssima para os opositores, inclusive para as forças de esquerda, e que até dizimou muita gente, nos anos subseqüentes", disse.
O governador lembra que na ocasião da aprovação do AI-5 já estava exilado no Chile. Serra só voltaria ao Brasil em 1978, ano em que o AI-5 foi revogado.
"Eu já estava há quatro anos de exílio. O período de angústia maior já tinha passado. No sentido que você tem de refazer a sua vida fora do País. Foi o que eu fiz. Eu estudava engenharia, não pude concluir o curso, passei para economia, enfim, tratei de aprimorar minha formação intelectual e profissional nos anos de exílio, porque tinha claro que iriam ser anos muito prolongados nesse rocesso, mas evidentemente a aflição era enorme, por dois motivos: pela postergação das possibilidades de volta e pelo risco que corriam pessoas amigos meus, colegas, companheiros que estavam no Brasil, na militância política, com receio do que pudesse acontecer a eles", afirmou.
Durante a semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, lembrou do silêncio daqueles que se opunham à ditadura.
"O AI-5 inaugurou um dos períodos mais tenebrosos da vida pública nacional e que perdurou, infelizmente, por 10 anos e 18 dias. No período em que vigorou, instaurou uma cultura do medo, embora não tenha calado por completo as vozes que se opunham à ditadura, seja na luta social, seja na institucionalidade possível", afirmou.
Redação Terra
Noticias
Marina Silva
De Brasília (DF)
Nos anos 1970, quando abriam a BR-364 no Acre, ela cortou ao meio o Seringal Bagaço, onde eu morava com minha família. À derrubada da mata seguiu-se uma epidemia violenta e incontrolável de sarampo e malária. Era gente doente ou morrendo em quase todas as casas. Perdi um primo e meu tio Pedro Ney, que foi uma das pessoas mais importantes da minha infância. Morreu minha irmã de quase dois anos e, quinze dias depois, outra irmã, de seis meses. Seis meses depois, morreu minha mãe. Tudo era avassalador, assustador. Uma dor enorme, extrema, que nunca passou. Para sair disso, tivemos que reconstruir, praticamente, o sentido inteiro do mundo. Aceitar o inaceitável, mas carregá-lo para sempre dentro de si. Ir em frente, enfrentar a dureza do cotidiano, sobreviver, cuidar dos outros. Viver, enfim, e dar muito valor à vida e às pessoas. Em 1985, numa das maiores enchentes do rio Acre em Rio Branco, eu morava no bairro Cidade Nova, na periferia da cidade, numa pequena casa de onde tivemos que sair às pressas, levando o que foi possível numa canoa. O resto foi levado pelas águas, inclusive o único retrato que tínhamos de minha mãe. Penso agora nisso tudo e acho que consigo entender o que sentem os catarinenses, mas ainda estou longe de alcançar o significado estarrecedor de uma perda tão total e instantânea como a que sofreram.
De Brasília (DF)
Nos anos 1970, quando abriam a BR-364 no Acre, ela cortou ao meio o Seringal Bagaço, onde eu morava com minha família. À derrubada da mata seguiu-se uma epidemia violenta e incontrolável de sarampo e malária. Era gente doente ou morrendo em quase todas as casas. Perdi um primo e meu tio Pedro Ney, que foi uma das pessoas mais importantes da minha infância. Morreu minha irmã de quase dois anos e, quinze dias depois, outra irmã, de seis meses. Seis meses depois, morreu minha mãe. Tudo era avassalador, assustador. Uma dor enorme, extrema, que nunca passou. Para sair disso, tivemos que reconstruir, praticamente, o sentido inteiro do mundo. Aceitar o inaceitável, mas carregá-lo para sempre dentro de si. Ir em frente, enfrentar a dureza do cotidiano, sobreviver, cuidar dos outros. Viver, enfim, e dar muito valor à vida e às pessoas. Em 1985, numa das maiores enchentes do rio Acre em Rio Branco, eu morava no bairro Cidade Nova, na periferia da cidade, numa pequena casa de onde tivemos que sair às pressas, levando o que foi possível numa canoa. O resto foi levado pelas águas, inclusive o único retrato que tínhamos de minha mãe. Penso agora nisso tudo e acho que consigo entender o que sentem os catarinenses, mas ainda estou longe de alcançar o significado estarrecedor de uma perda tão total e instantânea como a que sofreram.
Na escuridão, o morro descendo, destruindo tudo, a busca desesperada pelos filhos, a impotência. E, depois, descobrir-se só em meio ao caos: acabou a casa, foram-se as pessoas amadas, o lugar no mundo. Não há mais nada, só a vida física e a força do espírito. Meus filhos andam pela casa com todo vigor, com toda a beleza da juventude, e sequer consigo imaginar o que seria, de uma hora para outra, vê-los engolidos pela terra, debaixo de toneladas de escombros ou mutilados para o resto da vida. É algo terrível demais até no plano da imaginação. Fere a própria alma tão fundo que chega a ser impossível entender plenamente a profunda tristeza de quem enfrenta essa realidade.
Na Londres de 1624, os sinos da catedral de São Paulo, onde o poeta John Donne era o Deão, tocavam quase ininterruptamente anunciando as milhares de mortes causadas pela peste. Atingido por grave enfermidade (que chegou a ser confundida com a peste) Donne escreveu então um de seus textos mais conhecidos, a Meditação XVII: "Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de teus amigos ou mesmo tua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca mandes indagar por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti."
Hoje, no mundo, os sinos dobram por todos nós e para nos acordar. Grandes desastres podem virar acontecimentos corriqueiros. Não se pode afirmar peremptoriamente que a tragédia de Santa Catarina deriva, em linha direta, das mudanças climáticas identificadas no relatório do IPCC, o Painel Internacional de Mudanças Climáticas da ONU. Mas em tudo se assemelha às previsões de possíveis impactos da mudança no clima do sul do Brasil, até o final do século 21.
A natureza, numa pedagogia sinistra, parece exemplificar o que significam esses fenômenos extremos que, em várias regiões do planeta, tenderão a provocar períodos de seca muito mais severos e outros com precipitações intensas.
As ações de mitigação necessárias e as adaptações para enfrentar esses efeitos e reduzir nossa vulnerabilidade diante deles ainda são precárias e estão atrasadas. Os países ricos, detentores de recursos, conhecimento e tecnologia, já avançam em medidas para se proteger. As piores conseqüências deverão recair sobre os países pobres e os em desenvolvimento. A urgência é auto-explicável. Não é um cientista quem o diz e nem um livro. É a natureza, cujos avisos e alertas têm sido insanamente ignorados.
O Brasil, que ontem lançou o seu Plano Nacional de Mudanças Climáticas, não tem como deixar de fazer a sua parte, mesmo sem os meios disponíveis nos países ricos. O acontecido em Santa Catarina é um sintoma e deve ser seguido de um esforço de grandes proporções, de início imediato, para tentar evitar que se repita.
É preciso que cada um de nós, autoridades públicas, empresas e cidadãos, pensemos nos mortos, nas famílias inteiras soterradas, nas vidas destroçadas debaixo do barro, antes de sermos tolerantes com ocupação em encostas, com destruição de matas ciliares, com o adensamento de áreas de risco, com mudanças de conveniência nas legislações. Não há mais espaço para empurrar os problemas ambientais com a barriga, como tentam fazer alguns, e deixar para "o próximo" o ônus de medidas ditas antipáticas. A omissão que ceifa vidas humanas tem que acabar, mesmo à custa de incompreensões.
Nos tempos atuais, há mais um componente na agenda ética: não se deixar corromper diante das pressões para ignorar a proteção ambiental e as medidas de precaução exigidas pela intensificação dos fenômenos naturais. Quem detém algum tipo de representação pública deve se convencer de que é preciso mudar profunda, rápida e estruturalmente os usos e costumes, de modo a preparar o País para um futuro de sérios desafios ambientais. Cada vez mais, não é só uma questão de errar, corrigir o erro e aprender com ele. Agora a palavra de ordem é
prevenir o erro, para que não se repitam os olhares perdidos, os rostos esvaziados, o choro inconsolável, a desesperança e as mortes que vimos nesses últimos dias em Santa Catarina. Marina Silva é professora secundária de História, senadora pelo PT do Acre e ex-ministra do Meio Ambiente.
DEU A LOUCA NO MUNDO
Dinheiro
Alemanha
Segundo a agência de notícias AFP, uma pesquisa feita na Europa e divulgada no início de outubro de 2001 apontava que os alemães que guardavam dinheiro em casa preferiam mantê-lo dentro do congelador. Já os franceses e os holandeses escolhiam um local mais tradicional: o cofre fechado com chaves.
Segundo a agência de notícias Reuters, um homem pediu um café em um estabelecimento e deu uma gorjeta de 25 mil marcos - 11 mil dólares - ao garçom. Foram 250 notas de 100 marcos. Pensando que o dinheiro fosse roubado, o garçom chamou a polícia. Depois da investigação, descobriram que o dinheiro era da conta do próprio homem. Um tribunal decretou que ele sofre de alguma confusão mental e apreendeu o dinheiro.
Aos 56 anos, o alemão Christian Anders alugou sua mulher Jenna por um ano ao milionário Michael Leicher. O negócio foi fechado pelo equivalente a R$ 650 mil e celebrado com um brinde de champanhe entre os dois. A idéia surgiu depois que Leicher, com 34 anos, passou a assediar Jenna, 30 anos mais nova que o marido. O dinheiro seria usado para pagar suas dívidas.
Inglaterra
Em outubro de 2005, Ruby Dickens, de 79 anos, começou a distribuir notas de 5 libras (cerca de 20 reais) pelas ruas de Liverpool. A vovó inglesa disse que tinha recebido um dinheiro do qual não precisava e estava simplesmente "distribuindo alegria".
O inglês vendedor de móveis Michael Antonucci ganhou 2,8 milhões de libras (cerca de 11 milhões de reias) na loteria em 1995. Só que, em 2007 ele já havia perdido tudo, e teve que pedir seu antigo emprego de volta. O ex-milionário disse: "Você não quer morrer como um homem rico, quer? Você precisa gastar algum dinheiro e aproveitar". Entre os maiores "gastos" de Antonucci estão um casamento com uma modelo de 22 anos que durou 3 meses, e o lançamento de uma banda pop, que fracassou.
Estados Unidos
A notícia saiu no jornal Seattle Times: o americano Sylvester Neal passou 40 anos guardando moedas no porão de sua casa, escondido da mulher. Em outubro de 2001, levou tudo para ser contado. Ele tinha cem mil moedas de um centavo, num total de mil dólares.
Em Nova York, o preso Michael Mathie tinha em 1999 uma renda bruta estimada em quase 900 mil dólares, além de investimentos em um imóvel e vários carros. Como ele fez fortuna? Por telefone. Ele afirmava que tinha conseguido negociar 8 milhões de dólares em ações na bolsa de valores. Ele realizava os negócios telefonando a cobrar para seu pai de um telefone público - mais de 10 vezes por dia quando o mercado estava mais agitado. Então seu pai realiza os negócios pela Internet.
Nova Zelânida
O site da BBC publicou em 7 de março de 2005 que a neozelandesa Julz Thomson, que estava grávida, leilou sua barriga como espaço publicitário. Um empresário de Auckland cuja companhia tem como slogan "The mailman always delivers" (O carteiro sempre entrega) comprou o direito de uso por 470 reais. A quantia garantiu que Julz usasse uma camiseta com o mote da companhia até que seu bebê nascesse.
Rússia
Cerca de 400 funcionários de hospital da cidade de Nizhni Novgorod, na Rússia, receberam estrume com pagamento. Na Rússia, o pagamento com mercadorias não é exatamente novidade, mas antes esses funcionários recebiam carne e manteiga. Em 1994, trabalhadores foram pagos com absorventes íntimos.
Tibete
Você já ouviu falar do abominável homem das neves? A agência de seguros britânica High/Wild criou um seguro de 1,5 milhão de dólares contra ataques do animal. O dono da empresa surgiu com a idéia porque diz ter visto, em 1978, pegadas do bicho na montanha Himal Chuli, a 6.333 metros de altitude.
Alemanha
Segundo a agência de notícias AFP, uma pesquisa feita na Europa e divulgada no início de outubro de 2001 apontava que os alemães que guardavam dinheiro em casa preferiam mantê-lo dentro do congelador. Já os franceses e os holandeses escolhiam um local mais tradicional: o cofre fechado com chaves.
Segundo a agência de notícias Reuters, um homem pediu um café em um estabelecimento e deu uma gorjeta de 25 mil marcos - 11 mil dólares - ao garçom. Foram 250 notas de 100 marcos. Pensando que o dinheiro fosse roubado, o garçom chamou a polícia. Depois da investigação, descobriram que o dinheiro era da conta do próprio homem. Um tribunal decretou que ele sofre de alguma confusão mental e apreendeu o dinheiro.
Aos 56 anos, o alemão Christian Anders alugou sua mulher Jenna por um ano ao milionário Michael Leicher. O negócio foi fechado pelo equivalente a R$ 650 mil e celebrado com um brinde de champanhe entre os dois. A idéia surgiu depois que Leicher, com 34 anos, passou a assediar Jenna, 30 anos mais nova que o marido. O dinheiro seria usado para pagar suas dívidas.
Inglaterra
Em outubro de 2005, Ruby Dickens, de 79 anos, começou a distribuir notas de 5 libras (cerca de 20 reais) pelas ruas de Liverpool. A vovó inglesa disse que tinha recebido um dinheiro do qual não precisava e estava simplesmente "distribuindo alegria".
O inglês vendedor de móveis Michael Antonucci ganhou 2,8 milhões de libras (cerca de 11 milhões de reias) na loteria em 1995. Só que, em 2007 ele já havia perdido tudo, e teve que pedir seu antigo emprego de volta. O ex-milionário disse: "Você não quer morrer como um homem rico, quer? Você precisa gastar algum dinheiro e aproveitar". Entre os maiores "gastos" de Antonucci estão um casamento com uma modelo de 22 anos que durou 3 meses, e o lançamento de uma banda pop, que fracassou.
Estados Unidos
A notícia saiu no jornal Seattle Times: o americano Sylvester Neal passou 40 anos guardando moedas no porão de sua casa, escondido da mulher. Em outubro de 2001, levou tudo para ser contado. Ele tinha cem mil moedas de um centavo, num total de mil dólares.
Em Nova York, o preso Michael Mathie tinha em 1999 uma renda bruta estimada em quase 900 mil dólares, além de investimentos em um imóvel e vários carros. Como ele fez fortuna? Por telefone. Ele afirmava que tinha conseguido negociar 8 milhões de dólares em ações na bolsa de valores. Ele realizava os negócios telefonando a cobrar para seu pai de um telefone público - mais de 10 vezes por dia quando o mercado estava mais agitado. Então seu pai realiza os negócios pela Internet.
Nova Zelânida
O site da BBC publicou em 7 de março de 2005 que a neozelandesa Julz Thomson, que estava grávida, leilou sua barriga como espaço publicitário. Um empresário de Auckland cuja companhia tem como slogan "The mailman always delivers" (O carteiro sempre entrega) comprou o direito de uso por 470 reais. A quantia garantiu que Julz usasse uma camiseta com o mote da companhia até que seu bebê nascesse.
Rússia
Cerca de 400 funcionários de hospital da cidade de Nizhni Novgorod, na Rússia, receberam estrume com pagamento. Na Rússia, o pagamento com mercadorias não é exatamente novidade, mas antes esses funcionários recebiam carne e manteiga. Em 1994, trabalhadores foram pagos com absorventes íntimos.
Tibete
Você já ouviu falar do abominável homem das neves? A agência de seguros britânica High/Wild criou um seguro de 1,5 milhão de dólares contra ataques do animal. O dono da empresa surgiu com a idéia porque diz ter visto, em 1978, pegadas do bicho na montanha Himal Chuli, a 6.333 metros de altitude.
Donzela de Ferro no Hellsífilis!!
Uma das maiores bandas de rock da história vem a Recife, no dia 18 de março de 2009. É a primeira vez que uma banda do primeiro time se apresenta na cidade. O sucesso do Scorpions com certeza animou os produtores, mas a importância das bandas não se compara.
O Iron Maiden confirmou em seu site oficial que estará tocando na capital pernambucana em março. O show Somewhere Back in Time é o primeiro da banda no Nordeste do Brasl.
O show provavelmente será realizado no Estádio do Arruda, na quarta-feira, dia 18 de março. O site anuncia que seria no Estádio Municipal do Recife (porque ainda não fechou o local).
O ingresso será vendido a partir do dia 15 de dezembro por R$ 300 a área vip e R$ 200 a pista.
A empresa responsável pela vinda do Iron Maiden é Mondo Entretenimento, que está organizando shows do REM, Offspring e Maroon 5 no Brasil.
O Iron também irá tocar em Manaus, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Enquanto março não chega, o negócio é assistir aos vídeos disponíveis, como o clássico Two Minutes to Midnight, gravado no último Rock in Rio, em 2001. Foi um dos melhores shows que já assisti.
*Retirado do blog "acertodecontas.blog.br"
O Iron Maiden confirmou em seu site oficial que estará tocando na capital pernambucana em março. O show Somewhere Back in Time é o primeiro da banda no Nordeste do Brasl.
O show provavelmente será realizado no Estádio do Arruda, na quarta-feira, dia 18 de março. O site anuncia que seria no Estádio Municipal do Recife (porque ainda não fechou o local).
O ingresso será vendido a partir do dia 15 de dezembro por R$ 300 a área vip e R$ 200 a pista.
A empresa responsável pela vinda do Iron Maiden é Mondo Entretenimento, que está organizando shows do REM, Offspring e Maroon 5 no Brasil.
O Iron também irá tocar em Manaus, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Enquanto março não chega, o negócio é assistir aos vídeos disponíveis, como o clássico Two Minutes to Midnight, gravado no último Rock in Rio, em 2001. Foi um dos melhores shows que já assisti.
*Retirado do blog "acertodecontas.blog.br"
Motel é cenário de "Entre Lençóis", com Paola Oliveira e Gianecchini
MAIARA CAMARGO
Colaboração para a Folha Online
Dois jovens se conhecem em uma casa noturna e quase sem conversar chegam a um motel. Esse é o ponto de partida do filme "Entre Lençóis", primeira produção no Brasil do diretor colombiano Gustavo Nieto Roa. O longa acompanha a noite do casal e pouco a pouco revela quem são os personagens, o que sonham, o que esperam para o futuro, além das razões que os levaram até ali.
"Quis criar um poema visual sobre o amor à primeira vista", afirmou Roa durante a coletiva de imprensa do filme, concedida na última terça-feira (25), na capital paulista. Para compor o visual dessa obra foram escalados os atores globais Reynaldo Gianecchini, em seu quinto filme, e a estreante Paola Oliveira.
O longa, que chega aos cinemas na próxima sexta-feira (5), estréia em meio à discussão gerada pelo manifesto contra a nudez, divulgado em outubro pelo ator Pedro Cardoso. A história, que se desenrola inteiramente no motel, é repleta de cenas de nudez e sexo, embora nada seja muito explícito.
Para Gianecchini --que pediu que fosse cortada uma cena sua de nudez frontal por achá-la agressiva--, a produção mostra um erotismo de bom gosto. "Nunca é confortável fazer um filme em que a maior parte do tempo se está nu, mas eu não fiquei preocupado. No final foi uma experiência interessante". Já Paola parece ter tido mais cuidado com a questão. "Li o roteiro duas vezes, uma pensando na história e outra pensando no nu. Antes de tudo procurei saber se seria possível negociar com o diretor. No final, entrei de peito aberto, sem pudores desnecessários".
O sexo é a primeira ligação da dupla, que vai se descobrindo em diálogos sobre variados temas. "Sou um grande ladrão de mim mesmo", respondeu Renê Belmonte, roteirista do filme, quando perguntado sobre a origem das falas do casal. "O Roberto sou eu em várias fases e a Paula reúne várias pessoas que eu conheci".
O destaque dessas conversas são boas tiradas cômicas, gênero que pontua boa parte do longa. Em contrapartida, estão o uso de clichês e uma certa necessidade de deixar tudo excessivamente dito e explicado.
Strip-tease
Entre as cenas mais comentadas durante a coletiva estão o sensual strip-tease de Paula e o engraçado strip de Roberto, apresentados em uma seqüência em que o casal fala sobre fantasias. Inicialmente, apenas a personagem de Paola faria o "show", mas com o andar das filmagens surgiu a idéia de que Gianecchini também se despisse. "Eu nem sei se eu sei fazer aquilo de novo", diz o ator sobre sua performance. "Foi uma grande brincadeira", completa Paola.
As filmagens levaram 12 dias, entre maio e junho deste ano. Para Roa, uma das dificuldades encontradas foi ser criativo em um único espaço. "Buscamos uma iluminação que desse um toque íntimo e romântico ao filme".
Perguntado sobre a polêmica semelhança de "Entre Lençóis" com o filme "En la Cama" (Alemanha/Chile, 2005), de Matías Bize, Roa diz que vê a coincidência, pois os dois mostram um casal que se conhece e vai para um motel. "Mas o começo, meio, fim, diálogos, intenção e a fotografia dos dois filmes em nada se parecem".
No final das entrevistas foi perguntado à equipe: é possível uma relação se desenvolver em uma noite? Gianecchini diz que sim. "Acredito e gosto da entrega, viver uma noite com toda intensidade é incrível. Se a realidade vai permitir que esse amor aconteça mesmo é outra história".
Colaboração para a Folha Online
Dois jovens se conhecem em uma casa noturna e quase sem conversar chegam a um motel. Esse é o ponto de partida do filme "Entre Lençóis", primeira produção no Brasil do diretor colombiano Gustavo Nieto Roa. O longa acompanha a noite do casal e pouco a pouco revela quem são os personagens, o que sonham, o que esperam para o futuro, além das razões que os levaram até ali.
"Quis criar um poema visual sobre o amor à primeira vista", afirmou Roa durante a coletiva de imprensa do filme, concedida na última terça-feira (25), na capital paulista. Para compor o visual dessa obra foram escalados os atores globais Reynaldo Gianecchini, em seu quinto filme, e a estreante Paola Oliveira.
O longa, que chega aos cinemas na próxima sexta-feira (5), estréia em meio à discussão gerada pelo manifesto contra a nudez, divulgado em outubro pelo ator Pedro Cardoso. A história, que se desenrola inteiramente no motel, é repleta de cenas de nudez e sexo, embora nada seja muito explícito.
Para Gianecchini --que pediu que fosse cortada uma cena sua de nudez frontal por achá-la agressiva--, a produção mostra um erotismo de bom gosto. "Nunca é confortável fazer um filme em que a maior parte do tempo se está nu, mas eu não fiquei preocupado. No final foi uma experiência interessante". Já Paola parece ter tido mais cuidado com a questão. "Li o roteiro duas vezes, uma pensando na história e outra pensando no nu. Antes de tudo procurei saber se seria possível negociar com o diretor. No final, entrei de peito aberto, sem pudores desnecessários".
O sexo é a primeira ligação da dupla, que vai se descobrindo em diálogos sobre variados temas. "Sou um grande ladrão de mim mesmo", respondeu Renê Belmonte, roteirista do filme, quando perguntado sobre a origem das falas do casal. "O Roberto sou eu em várias fases e a Paula reúne várias pessoas que eu conheci".
O destaque dessas conversas são boas tiradas cômicas, gênero que pontua boa parte do longa. Em contrapartida, estão o uso de clichês e uma certa necessidade de deixar tudo excessivamente dito e explicado.
Strip-tease
Entre as cenas mais comentadas durante a coletiva estão o sensual strip-tease de Paula e o engraçado strip de Roberto, apresentados em uma seqüência em que o casal fala sobre fantasias. Inicialmente, apenas a personagem de Paola faria o "show", mas com o andar das filmagens surgiu a idéia de que Gianecchini também se despisse. "Eu nem sei se eu sei fazer aquilo de novo", diz o ator sobre sua performance. "Foi uma grande brincadeira", completa Paola.
As filmagens levaram 12 dias, entre maio e junho deste ano. Para Roa, uma das dificuldades encontradas foi ser criativo em um único espaço. "Buscamos uma iluminação que desse um toque íntimo e romântico ao filme".
Perguntado sobre a polêmica semelhança de "Entre Lençóis" com o filme "En la Cama" (Alemanha/Chile, 2005), de Matías Bize, Roa diz que vê a coincidência, pois os dois mostram um casal que se conhece e vai para um motel. "Mas o começo, meio, fim, diálogos, intenção e a fotografia dos dois filmes em nada se parecem".
No final das entrevistas foi perguntado à equipe: é possível uma relação se desenvolver em uma noite? Gianecchini diz que sim. "Acredito e gosto da entrega, viver uma noite com toda intensidade é incrível. Se a realidade vai permitir que esse amor aconteça mesmo é outra história".
Marília Gabriela estuda mulheres que amam demais
FERNANDA EZABELLA
da Folha Online
Marília Gabriela ama com intensidade, apaixonadamente. Mas também desama demais e, em alguns casos, rapidamente. Nunca ficou doente, ela garante, como as personagens de seu novo livro, "Eu que Amo Tanto", que traz depoimentos de 13 mulheres que enlouqueceram, literalmente, de amor.
A jornalista pesquisou o momento em que o amor parece virar doença
"Acho muito curioso que, por trás desse material tão nobre que é o amor, possa existir uma patologia, um desvio, uma perversão mesmo", disse a jornalista e atriz à Folha. "Eu nunca fui obsessiva, não conheço este tipo de sofrimento que essas mulheres conhecem." O livro nasceu de um encontro com o amigo e fotógrafo catalão Jordi Burch e da vontade de trabalhar num projeto sobre o tema amor.
Marília foi então atrás do grupo de apoio Mada (Mulheres que Amam Demais Anônimas), que reúne diferentes idades e classes sociais. Ela as convidou para participar do livro e colheu suas histórias em sua casa, em São Paulo. Burch ficou a cargo das imagens, registrando essas mulheres que, no livro, surgem anônimas. As 49 fotografias serão expostas na galeria Nara Roesler, a partir de amanhã, mesmo dia e local de lançamento do livro.
"Eu as ouvi, fiz perguntas, gravei estas conversas. Depois, deixei muito claro que não usaria nenhum nome e que interpretaria o que elas me disseram. Disse que ia fazer uma história, literalizar e, de alguma forma, embelezar esse texto", explicou Marília.
O livro surgiu em momento de "exílio", quando a atriz passou 10 meses gravando novela no Rio de Janeiro. "Tive que ficar comigo mesma em profundidade, em muita solidão, revendo minha vida, me fazendo perguntas", disse Marília, que, aliás, não está amando no momento. "O livro ajudou a me entender como mulher, a entender o que acontece nos relacionamentos afetivos, em como fazemos nossas escolhas."
Famílias
Os 13 contos foram escritos em primeira pessoa, com estilos diferentes para caracterizar cada personalidade. Não falam sobre os encontros da Mada e sim das experiências pessoais. As histórias são curtas, rápidas, às vezes contadas como um desabafo, outras como numa conversa de bar. Surgem como drama pesado, novelesco, ou com uma pitada de comédia.
No capítulo "A Angústia", há até violência misturada a ciúme doentio, que acaba em internação e vontade de morrer. "Chutei, chutei e hoje sinto mais esta culpa quando vejo ele mancar", diz a primeira personagem do livro. "Culpa e angústia, belas companhias que arranjei para mim!".
Em outro conto, uma menina jovem, modelo, narra sua obsessão frenética, "internética". "Ele me vigia e eu a ele. Acho que foi por isso que inventaram o Orkut, para perpetuar a vigilância, perseguir a neurose", diz outra mulher, obcecada também pelo celular, chegando a ligar 78 vezes seguidas para o namorado, no mesmo dia.
Em todos os registros, de uma maneira ou de outra, fala-se em família, quase sempre problemática. "O que me pareceu muito latente nesta amostragem é que muitas repetem seus pais em seus homens. E um bocado delas tem questões para resolver com suas mães.
Agora, não tenho a menor dúvida de que somos resultado de nossos lares", disse Marília.
EU QUE AMO TANTO
Autor: Marília Gabriela
Editora: Rocco
Quanto: R$ 75 (160 págs.)
da Folha Online
Marília Gabriela ama com intensidade, apaixonadamente. Mas também desama demais e, em alguns casos, rapidamente. Nunca ficou doente, ela garante, como as personagens de seu novo livro, "Eu que Amo Tanto", que traz depoimentos de 13 mulheres que enlouqueceram, literalmente, de amor.
A jornalista pesquisou o momento em que o amor parece virar doença
"Acho muito curioso que, por trás desse material tão nobre que é o amor, possa existir uma patologia, um desvio, uma perversão mesmo", disse a jornalista e atriz à Folha. "Eu nunca fui obsessiva, não conheço este tipo de sofrimento que essas mulheres conhecem." O livro nasceu de um encontro com o amigo e fotógrafo catalão Jordi Burch e da vontade de trabalhar num projeto sobre o tema amor.
Marília foi então atrás do grupo de apoio Mada (Mulheres que Amam Demais Anônimas), que reúne diferentes idades e classes sociais. Ela as convidou para participar do livro e colheu suas histórias em sua casa, em São Paulo. Burch ficou a cargo das imagens, registrando essas mulheres que, no livro, surgem anônimas. As 49 fotografias serão expostas na galeria Nara Roesler, a partir de amanhã, mesmo dia e local de lançamento do livro.
"Eu as ouvi, fiz perguntas, gravei estas conversas. Depois, deixei muito claro que não usaria nenhum nome e que interpretaria o que elas me disseram. Disse que ia fazer uma história, literalizar e, de alguma forma, embelezar esse texto", explicou Marília.
O livro surgiu em momento de "exílio", quando a atriz passou 10 meses gravando novela no Rio de Janeiro. "Tive que ficar comigo mesma em profundidade, em muita solidão, revendo minha vida, me fazendo perguntas", disse Marília, que, aliás, não está amando no momento. "O livro ajudou a me entender como mulher, a entender o que acontece nos relacionamentos afetivos, em como fazemos nossas escolhas."
Famílias
Os 13 contos foram escritos em primeira pessoa, com estilos diferentes para caracterizar cada personalidade. Não falam sobre os encontros da Mada e sim das experiências pessoais. As histórias são curtas, rápidas, às vezes contadas como um desabafo, outras como numa conversa de bar. Surgem como drama pesado, novelesco, ou com uma pitada de comédia.
No capítulo "A Angústia", há até violência misturada a ciúme doentio, que acaba em internação e vontade de morrer. "Chutei, chutei e hoje sinto mais esta culpa quando vejo ele mancar", diz a primeira personagem do livro. "Culpa e angústia, belas companhias que arranjei para mim!".
Em outro conto, uma menina jovem, modelo, narra sua obsessão frenética, "internética". "Ele me vigia e eu a ele. Acho que foi por isso que inventaram o Orkut, para perpetuar a vigilância, perseguir a neurose", diz outra mulher, obcecada também pelo celular, chegando a ligar 78 vezes seguidas para o namorado, no mesmo dia.
Em todos os registros, de uma maneira ou de outra, fala-se em família, quase sempre problemática. "O que me pareceu muito latente nesta amostragem é que muitas repetem seus pais em seus homens. E um bocado delas tem questões para resolver com suas mães.
Agora, não tenho a menor dúvida de que somos resultado de nossos lares", disse Marília.
EU QUE AMO TANTO
Autor: Marília Gabriela
Editora: Rocco
Quanto: R$ 75 (160 págs.)
Solange Couto é internada às pressas em Goiás
da Folha Online
A atriz Solange Couto, atualmente no ar na novela "Três Irmãs", da Globo, precisou ser internada às pressas neste domingo no hospital Samaritano da cidade de Porangatu, em Goiás.
Na madrugada desta segunda-feira, por volta das 2h, ela foi transferida para o hospital Santa Mônica, especializado em neurologia, em Goiânia.
Apesar do hospital não confirmar a causa do atendimento, o canal de notícias "Globo News" afirma que a atriz sofreu uma isquemia cerebral -- formação de um coágulo em uma artéria do cérebro que o comprime e depois coagula.
De com acordo com o "Diário da Manhã", jornal de Goiânia, o médico Shigueyuk Kussomoto, que atendeu a atriz ainda em Porangatu, disse que ela entrou no hospital com mal-estar súbito e chegou a cair no banheiro. Questionado sobre o que ocasionou o acidente, o médico respondeu que uma situação de stress, somada à própria condição física da atriz pode ter contribuído para a isquemia.
Ela passou mal momentos antes de entrar no palco, onde se apresentaria em uma mostra de teatro na cidade. Segundo os organizadores do evento, a atriz havia chegado bem e animada à cidade.
De acordo com a reportagem, os médicos que atenderam a atriz afirmam que ela está consciente mas tem dificuldades para falar e apresenta uma leve paralisia no lado direito do corpo.
O último boletim médico, divulgado às 7h, afirma que a atriz está estável e em observação.
A atriz Solange Couto, atualmente no ar na novela "Três Irmãs", da Globo, precisou ser internada às pressas neste domingo no hospital Samaritano da cidade de Porangatu, em Goiás.
Na madrugada desta segunda-feira, por volta das 2h, ela foi transferida para o hospital Santa Mônica, especializado em neurologia, em Goiânia.
Apesar do hospital não confirmar a causa do atendimento, o canal de notícias "Globo News" afirma que a atriz sofreu uma isquemia cerebral -- formação de um coágulo em uma artéria do cérebro que o comprime e depois coagula.
De com acordo com o "Diário da Manhã", jornal de Goiânia, o médico Shigueyuk Kussomoto, que atendeu a atriz ainda em Porangatu, disse que ela entrou no hospital com mal-estar súbito e chegou a cair no banheiro. Questionado sobre o que ocasionou o acidente, o médico respondeu que uma situação de stress, somada à própria condição física da atriz pode ter contribuído para a isquemia.
Ela passou mal momentos antes de entrar no palco, onde se apresentaria em uma mostra de teatro na cidade. Segundo os organizadores do evento, a atriz havia chegado bem e animada à cidade.
De acordo com a reportagem, os médicos que atenderam a atriz afirmam que ela está consciente mas tem dificuldades para falar e apresenta uma leve paralisia no lado direito do corpo.
O último boletim médico, divulgado às 7h, afirma que a atriz está estável e em observação.
José Saramago diz que Bíblia é um "desastre", cheia de "maus conselhos"
O único prêmio Nobel da literatura em língua portuguesa, José Saramago, 86, iniciou a sabatina nesta sexta-feira no teatro Folha sob aplausos. O evento faz parte das comemorações dos 50 anos do caderno Ilustrada.
Durante a sabatina, ao ser questionado se a doença mudou a sua percepção de Deus, o escritor perguntou "por que mudaria?", acrescentando que foram os médicos e a sua mulher que o salvaram.
"Por que precisamos de Deus? Nós o vimos? A Bíblia demorou 2000 anos para ser escrita e foi redigida por homens", disse o escritor. Para ele, a Bíblia é um "desastre", cheia de "maus conselhos, como incestos, matanças".
Ele ainda voltou a criticar a Igreja, afirmando que ela inventou o pecado para controlar o corpo humano. "O sonho da Igreja é transformar todos em eunucos, quer dizer, os homens, porque as mulheres não podem ser eunucas".
Livros
Saramago negou ainda que seus livros reflitam fases, locais onde tenha vivido. '"Ensaio sobre a Cegueira", que é um marco, começou a ser escrito ainda em Portugal", afirmou o escritor, que mora no arquipélago das Ilhas Canárias, Espanha.
Obama
Saramago comparou o democrata Barack Obama, presidente eleito dos Estados Unidos, ao chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. Ele disse também que a propaganda da mudança às vezes falha e citou, como exemplo, a ascensão dos trabalhistas no Reino Unido, ocorrida com o então primeiro-ministro britânico Tony Blair (que já abandonou o cargo).
José Saramago foi sabatinado por Vaguinaldo Marinheiro, secretário de Redação da Folha, jornalista Sylvia Colombo, da Ilustrada, Manuel da Costa Pinto, colunista da Ilustrada e Luis Costa Lima, colunista do caderno Mais!.
Para quem quiser saber mais e assistir aos vídeos, eis o link http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u472986.shtml
Durante a sabatina, ao ser questionado se a doença mudou a sua percepção de Deus, o escritor perguntou "por que mudaria?", acrescentando que foram os médicos e a sua mulher que o salvaram.
"Por que precisamos de Deus? Nós o vimos? A Bíblia demorou 2000 anos para ser escrita e foi redigida por homens", disse o escritor. Para ele, a Bíblia é um "desastre", cheia de "maus conselhos, como incestos, matanças".
Ele ainda voltou a criticar a Igreja, afirmando que ela inventou o pecado para controlar o corpo humano. "O sonho da Igreja é transformar todos em eunucos, quer dizer, os homens, porque as mulheres não podem ser eunucas".
Livros
Saramago negou ainda que seus livros reflitam fases, locais onde tenha vivido. '"Ensaio sobre a Cegueira", que é um marco, começou a ser escrito ainda em Portugal", afirmou o escritor, que mora no arquipélago das Ilhas Canárias, Espanha.
Obama
Saramago comparou o democrata Barack Obama, presidente eleito dos Estados Unidos, ao chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero. Ele disse também que a propaganda da mudança às vezes falha e citou, como exemplo, a ascensão dos trabalhistas no Reino Unido, ocorrida com o então primeiro-ministro britânico Tony Blair (que já abandonou o cargo).
José Saramago foi sabatinado por Vaguinaldo Marinheiro, secretário de Redação da Folha, jornalista Sylvia Colombo, da Ilustrada, Manuel da Costa Pinto, colunista da Ilustrada e Luis Costa Lima, colunista do caderno Mais!.
Para quem quiser saber mais e assistir aos vídeos, eis o link http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u472986.shtml
Leila Diniz ressurge inteira em biografia
Nem santa nem vagabunda, Leila Diniz ressurge inteira em biografia
Há personagens que passam pelo mundo com tamanha velocidade e fazendo tanto barulho que, depois de algum tempo, biografia, lenda e mito viram uma coisa só e ninguém mais sabe, exatamente, qual foi a sua contribuição e legado. Leila Diniz (1945-1972) é um caso típico.
Mauricio Stycer, repórter especial do iG
Quem nasceu nos últimos 30 anos pode já ter ouvido falar de pelo menos dois de seus feitos. Deu uma entrevista ao “Pasquim”, em 1969, que ficou famosa menos pelo que disse do que pelas dezenas de asteriscos que os editores colocaram no lugar de cada palavrão que falou. Foi a primeira brasileira a aparecer grávida, de biquíni, numa fotografia de revista, em 1971.
Xingada de “vagabunda” na praia de Ipanema, criticada por feministas, incomodava até as amigas com o seu comportamento “libertário”. Não à toa, o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos observa: “Morta, a ‘prostituta’ transformou-se imediatamente em santa e (...) teve o busto entronizado no altar das mulheres que ajudaram a inventar o país”.
Recém-publicado, “Leila Diniz” (Companhia das Letras, 288 págs, R$ 39) ajuda a colocar o busto no lugar que ele merece, nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Num texto jornalístico, mas com sabor literário, Joaquim relata a trajetória de Leila Diniz de forma cronológica, conseguindo produzir, ao final, um retrato riquíssimo, matizado, de uma personagem que já foi alvo de quatro biografias, mas ainda permanecia um mistério.
Leila Diniz expôs o corpo numa época de recato. Falou palavrões em público num tempo em que apenas os homens faziam isso. Fez apologia do prazer sexual quando isso era um tabu. Namorou quem quis, solteiros e casados, sempre manifestando a sua vontade. Era muito diferente da maioria das mulheres do seu tempo – e teve a oportunidade de fazer tudo isso de forma pública graças à visibilidade que a carreira de atriz lhe proporcionou.
Com curiosidade e sensibilidade, mas sem ceder à indiscrição ou à fofoca que o tema permitiria, o jornalista, colunista do jornal “O Globo”, fez 75 entrevistas no esforço de apresentar o seu retrato de Leila Diniz. Ainda que não se arrisque muito nas interpretações, Joaquim enxerga pistas importantes para entender a sua personagem ao descrever em detalhes a tumultuada infância de Leila – filha de um militante do PCB e de uma mulher com graves problemas de saúde, criada por várias “mães” ao longo da vida.
A adolescência ocorre em local e período iluminados, a Copacabana do final da década de 50, início dos 60, período em que Leila abandona a escola para namorar Domingos de Oliveira e se descobrir atriz. Um dos resultados desta relação de pouco mais de dois anos talvez seja o melhor filme da carreira de ambos, “Todas as Mulheres do Mundo”, até hoje difícil de assistir, apesar de lançado em DVD.
Foi atriz de cinema, teatro e televisão, mas não deixou uma marca especialmente forte em nenhuma dessas áreas, mostra Joaquim, sem medo de desagradar. Como diz o crítico Ely Azeredo, resgatado pelo autor: “O teatro não era sua praia, a televisão a usou com sua embocadura de veículo superficial, e o cinema brasileiro não estava preparado para uma força da natureza como Leila. Ela era pessoal demais, carnal demais, ‘real’ em demasia para esse cinema dos anos 60”.
Ainda que não inéditos, dois importantes episódios ligados ao mundo da televisão são esmiuçados por Joaquim. O primeiro, o veto da Rede Globo à participação de Leila em novelas da emissora a partir de 1968. Daniel Filho atribui o veto a Janete Clair, autora de novelas então em ascensão, que temia que a má fama de Leila influenciasse negativamente o público das novelas.
Já José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, então superintendente da emissora, afirma que Leila foi vetada por ter abandonado a Globo para fazer uma novela na TV Excelsior. “Ficamos decepcionados”, conta. “Quando quis voltar, estávamos naturalmente tristes com aquela quebra de contrato. Era política da empresa.”
O segundo episódio é o apoio que o ultraconservador Flavio Cavalcanti e sua família dão a Leila no momento em que a polícia política pretendia prendê-la por atentado ao pudor. Apresentador de um dos programas mais baixos da tevê, no final dos anos 60, Cavalcanti deu emprego a Leila quando ninguém mais a acolhia e a escondeu em sua casa, em Petrópolis, quando a polícia a procurava.
Detalhista e traindo alguma nostalgia, Joaquim descreve o corpo de Leila e das mulheres desejadas de seu tempo. "Dentuça, mas com sorriso irresistível, quadris um tanto largos, mas cintura bem desenhada. Era deliciosamente imperfeita", escreve.
Chama a atenção do jornalista a mudança no padrão de beleza ocorrida posteriormente. “No início dos anos 70, os fotógrafos não registravam o corpo da mulher de perfil. Valorizavam-se principalmente as curvas do violão feminino. O bumbum arrebitado era uma abstração”, escreve. E mais: “A carne dura ainda não era a onda. Valia um umbigo mais arredondado. Mulheres cheinhas, eis o padrão. Leila oferecia curvas e muita alegria”.
Morta num acidente aéreo na Índia, depois de participar de um festival de cinema e ter um rápido affair com o então jogador Afonsinho, outro “libertário”, Leila Diniz foi alvo de “um festival de necrofilia” por parte da imprensa em seguida ao ocorrido, observa Joaquim. “Todo mundo faturou”, escreve, citando vários personagens que não ajudaram ou mesmo atrapalharam a atriz em vida.
Para quem nunca ouviu falar, mal conhece ou reteve apenas os clichês sobre a personagem, “Leila Diniz” apresenta uma história que vale a pena conhecer.
O dia em que Leila Diniz tentou fisgar Roberto Carlos
Em sua biografia de Leila Diniz, Joaquim Ferreira dos Santos fala de vários namorados da atriz – todos conquistados sem muito esforço por ela. Um raro homem que Leila desejou, e não conseguiu, foi Roberto Carlos. Por pouco, conta Joaquim:
Em novembro de 1970, Leila se interessou pelo cantor Roberto Carlos. Foi três vezes ao Canecão ver o seu show anual, e não fazia segredo às amigas, como Danuza Leão e a secretária Nenê, de que era louca pelo “Homem que matou o homem que matou o homem mau”. “Ele tem um jeito ao mesmo tempo macho ao mesmo tempo infantil, de garoto carente”, derretia-se. Deu-lhe bola ostensivamente na visita ao camarim e, sábia, deixou que Roberto, amante à moda antiga, iniciasse as tratativas rumo aos finalmentes através de um assessor. As agendas não combinavam, a operação para o encontro não encaixava as datas porque, entre muitos detalhes, havia o fato de que o Rei tinha outro compromisso sentimental. A coisa enrolou.
Há personagens que passam pelo mundo com tamanha velocidade e fazendo tanto barulho que, depois de algum tempo, biografia, lenda e mito viram uma coisa só e ninguém mais sabe, exatamente, qual foi a sua contribuição e legado. Leila Diniz (1945-1972) é um caso típico.
Mauricio Stycer, repórter especial do iG
Quem nasceu nos últimos 30 anos pode já ter ouvido falar de pelo menos dois de seus feitos. Deu uma entrevista ao “Pasquim”, em 1969, que ficou famosa menos pelo que disse do que pelas dezenas de asteriscos que os editores colocaram no lugar de cada palavrão que falou. Foi a primeira brasileira a aparecer grávida, de biquíni, numa fotografia de revista, em 1971.
Xingada de “vagabunda” na praia de Ipanema, criticada por feministas, incomodava até as amigas com o seu comportamento “libertário”. Não à toa, o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos observa: “Morta, a ‘prostituta’ transformou-se imediatamente em santa e (...) teve o busto entronizado no altar das mulheres que ajudaram a inventar o país”.
Recém-publicado, “Leila Diniz” (Companhia das Letras, 288 págs, R$ 39) ajuda a colocar o busto no lugar que ele merece, nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Num texto jornalístico, mas com sabor literário, Joaquim relata a trajetória de Leila Diniz de forma cronológica, conseguindo produzir, ao final, um retrato riquíssimo, matizado, de uma personagem que já foi alvo de quatro biografias, mas ainda permanecia um mistério.
Leila Diniz expôs o corpo numa época de recato. Falou palavrões em público num tempo em que apenas os homens faziam isso. Fez apologia do prazer sexual quando isso era um tabu. Namorou quem quis, solteiros e casados, sempre manifestando a sua vontade. Era muito diferente da maioria das mulheres do seu tempo – e teve a oportunidade de fazer tudo isso de forma pública graças à visibilidade que a carreira de atriz lhe proporcionou.
Com curiosidade e sensibilidade, mas sem ceder à indiscrição ou à fofoca que o tema permitiria, o jornalista, colunista do jornal “O Globo”, fez 75 entrevistas no esforço de apresentar o seu retrato de Leila Diniz. Ainda que não se arrisque muito nas interpretações, Joaquim enxerga pistas importantes para entender a sua personagem ao descrever em detalhes a tumultuada infância de Leila – filha de um militante do PCB e de uma mulher com graves problemas de saúde, criada por várias “mães” ao longo da vida.
A adolescência ocorre em local e período iluminados, a Copacabana do final da década de 50, início dos 60, período em que Leila abandona a escola para namorar Domingos de Oliveira e se descobrir atriz. Um dos resultados desta relação de pouco mais de dois anos talvez seja o melhor filme da carreira de ambos, “Todas as Mulheres do Mundo”, até hoje difícil de assistir, apesar de lançado em DVD.
Foi atriz de cinema, teatro e televisão, mas não deixou uma marca especialmente forte em nenhuma dessas áreas, mostra Joaquim, sem medo de desagradar. Como diz o crítico Ely Azeredo, resgatado pelo autor: “O teatro não era sua praia, a televisão a usou com sua embocadura de veículo superficial, e o cinema brasileiro não estava preparado para uma força da natureza como Leila. Ela era pessoal demais, carnal demais, ‘real’ em demasia para esse cinema dos anos 60”.
Ainda que não inéditos, dois importantes episódios ligados ao mundo da televisão são esmiuçados por Joaquim. O primeiro, o veto da Rede Globo à participação de Leila em novelas da emissora a partir de 1968. Daniel Filho atribui o veto a Janete Clair, autora de novelas então em ascensão, que temia que a má fama de Leila influenciasse negativamente o público das novelas.
Já José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, então superintendente da emissora, afirma que Leila foi vetada por ter abandonado a Globo para fazer uma novela na TV Excelsior. “Ficamos decepcionados”, conta. “Quando quis voltar, estávamos naturalmente tristes com aquela quebra de contrato. Era política da empresa.”
O segundo episódio é o apoio que o ultraconservador Flavio Cavalcanti e sua família dão a Leila no momento em que a polícia política pretendia prendê-la por atentado ao pudor. Apresentador de um dos programas mais baixos da tevê, no final dos anos 60, Cavalcanti deu emprego a Leila quando ninguém mais a acolhia e a escondeu em sua casa, em Petrópolis, quando a polícia a procurava.
Detalhista e traindo alguma nostalgia, Joaquim descreve o corpo de Leila e das mulheres desejadas de seu tempo. "Dentuça, mas com sorriso irresistível, quadris um tanto largos, mas cintura bem desenhada. Era deliciosamente imperfeita", escreve.
Chama a atenção do jornalista a mudança no padrão de beleza ocorrida posteriormente. “No início dos anos 70, os fotógrafos não registravam o corpo da mulher de perfil. Valorizavam-se principalmente as curvas do violão feminino. O bumbum arrebitado era uma abstração”, escreve. E mais: “A carne dura ainda não era a onda. Valia um umbigo mais arredondado. Mulheres cheinhas, eis o padrão. Leila oferecia curvas e muita alegria”.
Morta num acidente aéreo na Índia, depois de participar de um festival de cinema e ter um rápido affair com o então jogador Afonsinho, outro “libertário”, Leila Diniz foi alvo de “um festival de necrofilia” por parte da imprensa em seguida ao ocorrido, observa Joaquim. “Todo mundo faturou”, escreve, citando vários personagens que não ajudaram ou mesmo atrapalharam a atriz em vida.
Para quem nunca ouviu falar, mal conhece ou reteve apenas os clichês sobre a personagem, “Leila Diniz” apresenta uma história que vale a pena conhecer.
O dia em que Leila Diniz tentou fisgar Roberto Carlos
Em sua biografia de Leila Diniz, Joaquim Ferreira dos Santos fala de vários namorados da atriz – todos conquistados sem muito esforço por ela. Um raro homem que Leila desejou, e não conseguiu, foi Roberto Carlos. Por pouco, conta Joaquim:
Em novembro de 1970, Leila se interessou pelo cantor Roberto Carlos. Foi três vezes ao Canecão ver o seu show anual, e não fazia segredo às amigas, como Danuza Leão e a secretária Nenê, de que era louca pelo “Homem que matou o homem que matou o homem mau”. “Ele tem um jeito ao mesmo tempo macho ao mesmo tempo infantil, de garoto carente”, derretia-se. Deu-lhe bola ostensivamente na visita ao camarim e, sábia, deixou que Roberto, amante à moda antiga, iniciasse as tratativas rumo aos finalmentes através de um assessor. As agendas não combinavam, a operação para o encontro não encaixava as datas porque, entre muitos detalhes, havia o fato de que o Rei tinha outro compromisso sentimental. A coisa enrolou.
futuro "primeiro-cão" já é notícia
Futuro cão da família Obama gera polêmica na web
O futuro cachorro da família Obama já gerou polêmica na Internet, onde os internautas começaram a opinar sobre a cor e a raça do cão, ou a recomendar ao presidente que faça a opção por algum animal de rua.
O presidente eleito, Barack Obama, prometeu a suas filhas Sasha, 7 anos, e Malia, 10 anos, um filhote quando a família se mudasse para Casa Branca.
Diante de milhares de pessoas no meio de seu discurso após a vitória nas eleições, Obama reiterou a promessa de dar às filhas um animal de estimação.
No entanto, também deverá fazer uma escolha cuidadosa se não quiser receber uma avalanche de críticas.
A associação defensora dos animais Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) pediu a Obama que opte, por exemplo, por um cachorro de um abrigo para animais.
"Neste país, as pessoas são muito elitistas e preferem cachorros de puro sangue antes que qualquer outro, situação que faz com que milhões de cachorros mestiços morram abandonados e famintos", disse o presidente da associação, Ingrid Newkirk.
Para evitar dores de cabeça, "recomendo um labrador, por que são fáceis de treinar e são muito obedientes", diz Tracy, da Califórnia, em um fórum na internet.
Uma pessoa com o apelido de "helenmarie" também recomenda a Obama um golden retriever em um fórum online e diz esperar que a família presidencial faça a opção por um de um abrigo para animais.
Nos fóruns na internet também é possível ver propostas mais originais como a de "Natrix", que pede ao novo presidente "que adote um banqueiro, que agora estão precisando de carinho".
(EFE)
O futuro cachorro da família Obama já gerou polêmica na Internet, onde os internautas começaram a opinar sobre a cor e a raça do cão, ou a recomendar ao presidente que faça a opção por algum animal de rua.
O presidente eleito, Barack Obama, prometeu a suas filhas Sasha, 7 anos, e Malia, 10 anos, um filhote quando a família se mudasse para Casa Branca.
Diante de milhares de pessoas no meio de seu discurso após a vitória nas eleições, Obama reiterou a promessa de dar às filhas um animal de estimação.
No entanto, também deverá fazer uma escolha cuidadosa se não quiser receber uma avalanche de críticas.
A associação defensora dos animais Peta (People for the Ethical Treatment of Animals) pediu a Obama que opte, por exemplo, por um cachorro de um abrigo para animais.
"Neste país, as pessoas são muito elitistas e preferem cachorros de puro sangue antes que qualquer outro, situação que faz com que milhões de cachorros mestiços morram abandonados e famintos", disse o presidente da associação, Ingrid Newkirk.
Para evitar dores de cabeça, "recomendo um labrador, por que são fáceis de treinar e são muito obedientes", diz Tracy, da Califórnia, em um fórum na internet.
Uma pessoa com o apelido de "helenmarie" também recomenda a Obama um golden retriever em um fórum online e diz esperar que a família presidencial faça a opção por um de um abrigo para animais.
Nos fóruns na internet também é possível ver propostas mais originais como a de "Natrix", que pede ao novo presidente "que adote um banqueiro, que agora estão precisando de carinho".
(EFE)
Obama é o presidente eleito mais votado nos EUA
Com números inéditos de participação dos eleitores, o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, Barack Obama, se elegeu na terça-feira com uma quantidade recorde de votos, segundo dados do Arquivo Nacional americano.
Obama também conseguiu o maior percentual já registrado por um democrata desde Lyndon B. Johnson, que teve 61,1% dos votos em 1964.
Às 18h30 (GMT) de quarta-feira, com resultados divulgados em 48 Estados e no Distrito de Columbia, Obama acumulava 349 delegados no Colégio Eleitoral, contra 163 do republicano John McCain.
O senador por Illinois foi declarado vencedor da histórica disputa eleitoral após superar os 270 delegados necessários. As redes de televisão apontam que Obama venceu com 52% do voto popular, contra 46% para McCain.
O presidente eleito, 47 anos, arrecadou 63,25 milhões de votos a nível nacional, enquanto o senador pelo Arizona coletou 55,9 milhões, segundo NBC, CBS e Fox News.
Ao todo, mais de 130 milhões de americanos foram às urnas, número mais alto já registrado em uma eleição geral nos Estados Unidos. O Arquivo Nacional americano informou que 63,25 milhões de votos é a cifra mais alta já alcançada por um candidato à presidência no país.
Obama marcou sua vantagem desde o início da apuração, vencendo na Pensilvânia e em Ohio, Estados que desde 1960 votam sempre no candidato que acaba ganhando a eleição presidencial.
Em seguida, o candidato democrata obteve a maioria nos estados do Colorado, Flórida, Indiana, Missouri, Novo México e Virgínia. McCain conseguiu manter as esperanças republicanas apenas na Geórgia, Estado altamente conservador, que conta com 15 delegados no Colégio Eleitoral.
Entretanto, com um comparecimento em massa da população afro-americana, nenhum dos Estados-chave deu a vitória a McCain: a Virgínia, tradicionalmente republicana, votou em Obama, assim como a Flórida, Estado que garantiu a presidência para George W. Bush em 2000 - em uma polêmica recontagem dos votos - e os ocidentais Colorado e Novo México.
Missouri e Carolina do Norte ainda não haviam divulgado seus resultados finais, mas tudo indica que o primeiro votará por McCain e o segundo, por Obama.
Barack Obama manteve com facilidade os tradicionais bastiões democratas, como Nova York, Califórnia e Illinois, Estado que o elegeu senador, além de arrebatar as jóias do nordeste: New Hampshire, Massachusetts, Nova Jersey, Wisconsin, Minnesota e Michigan. Além disso, conquistou Iowa e Nevada.
O sistema eleitoral americano determina que o vencedor de um Estado obtém a totalidade dos delegados em jogo, exceto em Maine e Nebraska, que os dividem de forma proporcional.
(AFP)
Obama também conseguiu o maior percentual já registrado por um democrata desde Lyndon B. Johnson, que teve 61,1% dos votos em 1964.
Às 18h30 (GMT) de quarta-feira, com resultados divulgados em 48 Estados e no Distrito de Columbia, Obama acumulava 349 delegados no Colégio Eleitoral, contra 163 do republicano John McCain.
O senador por Illinois foi declarado vencedor da histórica disputa eleitoral após superar os 270 delegados necessários. As redes de televisão apontam que Obama venceu com 52% do voto popular, contra 46% para McCain.
O presidente eleito, 47 anos, arrecadou 63,25 milhões de votos a nível nacional, enquanto o senador pelo Arizona coletou 55,9 milhões, segundo NBC, CBS e Fox News.
Ao todo, mais de 130 milhões de americanos foram às urnas, número mais alto já registrado em uma eleição geral nos Estados Unidos. O Arquivo Nacional americano informou que 63,25 milhões de votos é a cifra mais alta já alcançada por um candidato à presidência no país.
Obama marcou sua vantagem desde o início da apuração, vencendo na Pensilvânia e em Ohio, Estados que desde 1960 votam sempre no candidato que acaba ganhando a eleição presidencial.
Em seguida, o candidato democrata obteve a maioria nos estados do Colorado, Flórida, Indiana, Missouri, Novo México e Virgínia. McCain conseguiu manter as esperanças republicanas apenas na Geórgia, Estado altamente conservador, que conta com 15 delegados no Colégio Eleitoral.
Entretanto, com um comparecimento em massa da população afro-americana, nenhum dos Estados-chave deu a vitória a McCain: a Virgínia, tradicionalmente republicana, votou em Obama, assim como a Flórida, Estado que garantiu a presidência para George W. Bush em 2000 - em uma polêmica recontagem dos votos - e os ocidentais Colorado e Novo México.
Missouri e Carolina do Norte ainda não haviam divulgado seus resultados finais, mas tudo indica que o primeiro votará por McCain e o segundo, por Obama.
Barack Obama manteve com facilidade os tradicionais bastiões democratas, como Nova York, Califórnia e Illinois, Estado que o elegeu senador, além de arrebatar as jóias do nordeste: New Hampshire, Massachusetts, Nova Jersey, Wisconsin, Minnesota e Michigan. Além disso, conquistou Iowa e Nevada.
O sistema eleitoral americano determina que o vencedor de um Estado obtém a totalidade dos delegados em jogo, exceto em Maine e Nebraska, que os dividem de forma proporcional.
(AFP)
CANÇÃO DE AMAR
Brasigóis Felício
Na intenção com que é dado
o primeiro passo
está contido o devir
sereno ou doloroso
do encontro amoroso
Um falso encontro
é posto em movimento
toda vez que um corpo
movido pelo corpo dos desejos
procura outro corpo
como fuga a seu desespero
ou a seu medo.
Longo e terrível
será o inferno a ser vivido
se no caminho não houver coração
- pois tudo o que é feito
em meio à turbulência de-mente
só aumenta a confusão
Mesmo o amar que se diz desapegado
costuma ser deturpado
quando vem corrompido
com a ferrugem da ambição
de aprisionar e possuir
O Amor de verdade
nada quer para si, senão se entregar
à canção do cuidado
em seu dom de servir sem interesse
sendo água viva que mata a sede
O Amor não quer ser magnificado
pois só é feito de se estender e se magnificar
e o dom de doar infinitamente
move a mutante energia de seu eterno presente.
Na intenção com que é dado
o primeiro passo
está contido o devir
sereno ou doloroso
do encontro amoroso
Um falso encontro
é posto em movimento
toda vez que um corpo
movido pelo corpo dos desejos
procura outro corpo
como fuga a seu desespero
ou a seu medo.
Longo e terrível
será o inferno a ser vivido
se no caminho não houver coração
- pois tudo o que é feito
em meio à turbulência de-mente
só aumenta a confusão
Mesmo o amar que se diz desapegado
costuma ser deturpado
quando vem corrompido
com a ferrugem da ambição
de aprisionar e possuir
O Amor de verdade
nada quer para si, senão se entregar
à canção do cuidado
em seu dom de servir sem interesse
sendo água viva que mata a sede
O Amor não quer ser magnificado
pois só é feito de se estender e se magnificar
e o dom de doar infinitamente
move a mutante energia de seu eterno presente.
Eternizando
Nem sempre é possível
viver o suficiente para aprender
a simplicidade do amor.
Mas é possível jogar no papel
todos os desejos e sonhos ...
Tentando assim eterniza-los.
Marilene
18/12/08
viver o suficiente para aprender
a simplicidade do amor.
Mas é possível jogar no papel
todos os desejos e sonhos ...
Tentando assim eterniza-los.
Marilene
18/12/08
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
O eterno Natal - DONS DE DOAR
Brasigóis Felício
1.Aos que são ricos
em dons de doação
todas as forças da vida
são destinadas.
2.Quando nos deixamos
iluminar pela essência
permitimos que aflorem lembranças
de nossa eterna alma perfumada
assim nos deixamos levar
por aquilo que nos transcende.
3.Presos ao mundo da pressa e da vertigem
tão céleres vivemos, que nos tornamos celerados
apenas sobrevivemos, à margem
dos ritmos naturais da Vida
4.Assim, consumidos pela pressa
de chegar ao nada, perdemos a beleza do percurso
na viagem de existir em meio ao som
da grande vida universal, que em tudo habita.
5.Pessoas amáveis e fraternas
atraem bondade e amor para si. Seu natural
mover-se para o que é belo e bom
atrai amor e beleza para suas vidas.
6.Recebem o calor responsivo
que dão a tudo vivo – e são alegres,
com olhar lúcido e sereno, sempre pronto
a re-conhecer e cuidar, sabendo que
tudo o que nasce quer e merece viver
1.Aos que são ricos
em dons de doação
todas as forças da vida
são destinadas.
2.Quando nos deixamos
iluminar pela essência
permitimos que aflorem lembranças
de nossa eterna alma perfumada
assim nos deixamos levar
por aquilo que nos transcende.
3.Presos ao mundo da pressa e da vertigem
tão céleres vivemos, que nos tornamos celerados
apenas sobrevivemos, à margem
dos ritmos naturais da Vida
4.Assim, consumidos pela pressa
de chegar ao nada, perdemos a beleza do percurso
na viagem de existir em meio ao som
da grande vida universal, que em tudo habita.
5.Pessoas amáveis e fraternas
atraem bondade e amor para si. Seu natural
mover-se para o que é belo e bom
atrai amor e beleza para suas vidas.
6.Recebem o calor responsivo
que dão a tudo vivo – e são alegres,
com olhar lúcido e sereno, sempre pronto
a re-conhecer e cuidar, sabendo que
tudo o que nasce quer e merece viver
“ Com licença, posso divulgar? ”
“ Com licença, posso divulgar? ”
Não toque naquilo que é meu
Sem pedir a devida licença
Eu não toco naquilo que é seu
E não há quem me convença
Pegar sem pedir é roubar
E sei que você não é ladrão
Mas cuidado, não se deixe levar
Tenha a sua própria opinião
Gostou da poesia?... Você pode copiar
Mas lembre-se de colocar o autor
Assim você ajuda a divulgar
E não é rotulado de infrator
Assim, nós, poetas, agradecemos
Juntos, quem ganha é a poesia
Eu construo, você lê, nós vencemos
E vivemos na mais plena harmonia.
Sérgio Murilo
CAMPANHA DOS DIREITOS AUTORAIS
Os direitos autorais são protegidos
pela lei nº 9610/98,
violá-los é crime estabelecido pelo
artigo 184 do Código Penal Brasileiro
Não toque naquilo que é meu
Sem pedir a devida licença
Eu não toco naquilo que é seu
E não há quem me convença
Pegar sem pedir é roubar
E sei que você não é ladrão
Mas cuidado, não se deixe levar
Tenha a sua própria opinião
Gostou da poesia?... Você pode copiar
Mas lembre-se de colocar o autor
Assim você ajuda a divulgar
E não é rotulado de infrator
Assim, nós, poetas, agradecemos
Juntos, quem ganha é a poesia
Eu construo, você lê, nós vencemos
E vivemos na mais plena harmonia.
Sérgio Murilo
CAMPANHA DOS DIREITOS AUTORAIS
Os direitos autorais são protegidos
pela lei nº 9610/98,
violá-los é crime estabelecido pelo
artigo 184 do Código Penal Brasileiro
" SE AMAR É?
Esta rosa sangrando dentro do peito?
Este vendaval rugindo na alma?
Este dia a dia vivendo de joelhos?
Prefiro o vazio
desfolhado pétala a pétala
num qualquer girassól !
O Sol ou o frio de qualquer estação!
A emoção de cada momento!
sem direcção ou sentimento!
Se amar é este aprisionado tormento?
Eu quero mais, é gritar
LIBERDADE!
LIBERDADE!
sem a cruz nem o calvário
desta absurda saudade!
LuizaCaetano
Este vendaval rugindo na alma?
Este dia a dia vivendo de joelhos?
Prefiro o vazio
desfolhado pétala a pétala
num qualquer girassól !
O Sol ou o frio de qualquer estação!
A emoção de cada momento!
sem direcção ou sentimento!
Se amar é este aprisionado tormento?
Eu quero mais, é gritar
LIBERDADE!
LIBERDADE!
sem a cruz nem o calvário
desta absurda saudade!
LuizaCaetano
"PEDRADA NO CHARCO"
Meu céu se consome na pedra
na exígua e dura pedra da incerteza
sempre esse pedrinha no caminho
ou no sapato
ou na estridência do silêncio
Procuro rente ao chão
uma folha entre a poeira e o tempo
apenas a pedra como marco
neste céu onde a Paz
se desfaz
pedrada no charco
LuizaCaetano
na exígua e dura pedra da incerteza
sempre esse pedrinha no caminho
ou no sapato
ou na estridência do silêncio
Procuro rente ao chão
uma folha entre a poeira e o tempo
apenas a pedra como marco
neste céu onde a Paz
se desfaz
pedrada no charco
LuizaCaetano
LISBOA-CIDADE DA MINHA VIDA""
Anda vem ver Lisboa
cidade do meu Outono
Vê como tombam as folhas
na Avenida da Liberdade.
Vamos até ao Rossio?
onde se passeia a vaidade
e os senhores se enamoram
das floristas e das flores.
Mas é nos Restauradores
que os barcos se avistam no Rio
e
no Chiado de Pessoa
onde a Bica é mais gostosa
ali mesmo na Brasileira
aquela mesa do exílio
do Kubitschek de Oliveira
Vamos até ao Bairro Alto
dos botequins, da boémia
e dos enamorados unisexo
um convite um ensejo
das mercenárias do sexo
É a calçada do amor
desenhada a emoções
das varinas e dos pregões
Mas é no Terreiro do Paço
que nos aguarda aquele abraço
naufragado em pleno Tejo
LuizaCaetano
cidade do meu Outono
Vê como tombam as folhas
na Avenida da Liberdade.
Vamos até ao Rossio?
onde se passeia a vaidade
e os senhores se enamoram
das floristas e das flores.
Mas é nos Restauradores
que os barcos se avistam no Rio
e
no Chiado de Pessoa
onde a Bica é mais gostosa
ali mesmo na Brasileira
aquela mesa do exílio
do Kubitschek de Oliveira
Vamos até ao Bairro Alto
dos botequins, da boémia
e dos enamorados unisexo
um convite um ensejo
das mercenárias do sexo
É a calçada do amor
desenhada a emoções
das varinas e dos pregões
Mas é no Terreiro do Paço
que nos aguarda aquele abraço
naufragado em pleno Tejo
LuizaCaetano
Vem, me ensina!
Sinta minha fadiga
Minha surda dor...
Busquei esquecer-te
Não queria mais teu amor.
Transformei em solidão
As minhas longas horas.
Maltratei meu coração
Quanto te disse para ir embora.
De sangue me cobri,
De amargura me alimentei,
Quem sou já nem sei!
Só lembro do teu gosto
O teu cheiro me alucina.
Esquecer-te...Vem, me ensina!
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 10/12/2008
Código do texto: T1328667
Minha surda dor...
Busquei esquecer-te
Não queria mais teu amor.
Transformei em solidão
As minhas longas horas.
Maltratei meu coração
Quanto te disse para ir embora.
De sangue me cobri,
De amargura me alimentei,
Quem sou já nem sei!
Só lembro do teu gosto
O teu cheiro me alucina.
Esquecer-te...Vem, me ensina!
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 10/12/2008
Código do texto: T1328667
Se não for agora
Sou assim ferida
Sem beira e nem eira
Estou assim perdida
Mergulhada na dor derradeira.
Meu caminho se faz de desamor
Sigo sozinha a esmo.
Nem o seu carinho
Traz esperança em si mesmo.
Estou perdida de mim,
Não sei quem sou,
Nem para onde vou.
Quero o meu fim, enfim...
Se não é a hora,
Manda esta tristeza embora.
Se não for agora,
Deixa-me seguir mundo afora.
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 04/12/2008
Código do texto: T1318237
Sem beira e nem eira
Estou assim perdida
Mergulhada na dor derradeira.
Meu caminho se faz de desamor
Sigo sozinha a esmo.
Nem o seu carinho
Traz esperança em si mesmo.
Estou perdida de mim,
Não sei quem sou,
Nem para onde vou.
Quero o meu fim, enfim...
Se não é a hora,
Manda esta tristeza embora.
Se não for agora,
Deixa-me seguir mundo afora.
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 04/12/2008
Código do texto: T1318237
Momento de amar
Um arrepio na pele,
Sinto um cheiro de jasmim
Você não me repele
Deita-se todo em mim.
Suas mãos percorrem os caminhos
Deixando-me como uma louca
Embrigo-me com seus carinhos,
Minha voz de paixão está rouca.
Molho-lhe todo com o meu desejo
Minha língua brinca em seu corpo
Já não sou dona de mim
Entrego-me numa viagem que não tem fim.
Começamos uma dança,
Movimentos ardentes, corpos suados
Você está perdido em meus abraços
Eu lhe prendo com todos meus laços.
Minha boca faminta gruda na sua,
Minha pernas lhe fazem um nó.
Meus braços lhe prendem no meu corpo
Eu lhe tomo sem dó.
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 06/11/2008
Código do texto: T1268977
Sinto um cheiro de jasmim
Você não me repele
Deita-se todo em mim.
Suas mãos percorrem os caminhos
Deixando-me como uma louca
Embrigo-me com seus carinhos,
Minha voz de paixão está rouca.
Molho-lhe todo com o meu desejo
Minha língua brinca em seu corpo
Já não sou dona de mim
Entrego-me numa viagem que não tem fim.
Começamos uma dança,
Movimentos ardentes, corpos suados
Você está perdido em meus abraços
Eu lhe prendo com todos meus laços.
Minha boca faminta gruda na sua,
Minha pernas lhe fazem um nó.
Meus braços lhe prendem no meu corpo
Eu lhe tomo sem dó.
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 06/11/2008
Código do texto: T1268977
Excelência da dor
O orvalho do meu olhar
Fala do seu desamor.
O meu peito sangrando
Desnuda a minha dor.
O meu corpo estremece
Ainda sentindo o seu carinho.
Ele não o esquece,
Conhece o seu caminho.
Os prazeres que senti,
Ficaram tatuados na minha pele.
Ao lembrar-me estremeci
De ansiedade quase morri.
Fui mulher nos seus braços.
Entreguei-me sem pudor.
Bebi sua doçura nos seus abraços,
Devorei o prazer por amor.
Hoje fico jogada na vida,
Perdida em busca de alento.
Sei o tamanho da minha ferida,
Mas entregar-me não contento.
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 23/10/2008
Código do texto: T1243448
Fala do seu desamor.
O meu peito sangrando
Desnuda a minha dor.
O meu corpo estremece
Ainda sentindo o seu carinho.
Ele não o esquece,
Conhece o seu caminho.
Os prazeres que senti,
Ficaram tatuados na minha pele.
Ao lembrar-me estremeci
De ansiedade quase morri.
Fui mulher nos seus braços.
Entreguei-me sem pudor.
Bebi sua doçura nos seus abraços,
Devorei o prazer por amor.
Hoje fico jogada na vida,
Perdida em busca de alento.
Sei o tamanho da minha ferida,
Mas entregar-me não contento.
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 23/10/2008
Código do texto: T1243448
Travessura de Criança
Águeda Mendes da Silva
Eu passava as férias na casa de madrinha. Ainda tinha uns doze anos e um pouco sapeca.
Ela fumava e pediu que eu fizesse um cigarro para ela,
pois estava costurando e queria terminar logo.
Mais que depressa, fiz o cigarro de palha mas na ponta,
coloquei uma cabecinha de fósforo.
Entreguei o cigarro junto com uma brasa e uma xícarade café.
Ela parou com a costura, bebeu o café, ascendeu o cigarro...
E eu ali perto.
Quando deu a segunda fumaçada...Pum!
Nossa! A madrinha tentava jogar o cigarro fora da boca,
mas não conseguia pelo tamanho susto e só fazia assim:
Purrr...purrr.... com os lábios, até que o cigarro caiu . Claro .
Já sem o ruído da explosão.
Olhou para mim. Eu estava com o pescoço grosso
de vontade rir. Aquele olhar de repreensão foi tão
intenso, que acabei pedindo desculpas.
Ela, como sempre, alegre, espontânea, apenas me disse:
Êh....menininha!...
Pobre, Madrinha Rita!
Eu passava as férias na casa de madrinha. Ainda tinha uns doze anos e um pouco sapeca.
Ela fumava e pediu que eu fizesse um cigarro para ela,
pois estava costurando e queria terminar logo.
Mais que depressa, fiz o cigarro de palha mas na ponta,
coloquei uma cabecinha de fósforo.
Entreguei o cigarro junto com uma brasa e uma xícarade café.
Ela parou com a costura, bebeu o café, ascendeu o cigarro...
E eu ali perto.
Quando deu a segunda fumaçada...Pum!
Nossa! A madrinha tentava jogar o cigarro fora da boca,
mas não conseguia pelo tamanho susto e só fazia assim:
Purrr...purrr.... com os lábios, até que o cigarro caiu . Claro .
Já sem o ruído da explosão.
Olhou para mim. Eu estava com o pescoço grosso
de vontade rir. Aquele olhar de repreensão foi tão
intenso, que acabei pedindo desculpas.
Ela, como sempre, alegre, espontânea, apenas me disse:
Êh....menininha!...
Pobre, Madrinha Rita!
Pasargadense:
Águeda Mendes da Silva
O FILHO DO RIO
Brasigóis Felício
Modesto Gomes,
filho do rio e do tempo
lavrador dos signos
da palavra – das pedras
de Paraúna à cidadania
do mundo, sempre
em existir para a beleza
e a dignidade
Mestre em ser aberto e sensível
à lição cotidiana da fraternura
que recebeu dos pais
e de sua alma antiga
Desde menino aprendeu
a ser digno de receber
a riqueza de Ser o que se É
- dom que recebeu como herdade
de Floriano e Ordália
que levou como candelabro
colocado bem alto
em todo instante da sua vida
Em tudo Modesto Gomes
foi ao mesmo tempo
adulto e menino: adulto
na sustentabilidade da verdade,
menino em não perder a alegria cantante
de tudo o que vive.
Bom em doar-se incondicional
a quem precisava de atenção e afeto
como o sol e a chuva
- fez do existir um plantio desapegado
de gestos de bondade e amorosidade
Modesto franco,
Modesto alegre,
Modesto aberto
como os caminhos do rio
e a canção das pedras
II
Chamado à Fonte
de onde tudo nasce,
deixou, no planeta azul,
searas de amizade,
vergéis solidários
a inspirar confiança
no eterno devir da Vida
Assim, estará sempre vivo
entre os vivos, a lembrar
que tudo vale a pena,
quando não se tem
a alma pequena
Modesto estará
sempre por perto,
a lembrar que tudo nascido
merece viver e ser cuidado
E como Deus o chamou para si,
viajou para a eternidade,
deixando a lembrança
de ter merecido
o milagre de ter nascido.
Modesto Gomes,
filho do rio e do tempo
lavrador dos signos
da palavra – das pedras
de Paraúna à cidadania
do mundo, sempre
em existir para a beleza
e a dignidade
Mestre em ser aberto e sensível
à lição cotidiana da fraternura
que recebeu dos pais
e de sua alma antiga
Desde menino aprendeu
a ser digno de receber
a riqueza de Ser o que se É
- dom que recebeu como herdade
de Floriano e Ordália
que levou como candelabro
colocado bem alto
em todo instante da sua vida
Em tudo Modesto Gomes
foi ao mesmo tempo
adulto e menino: adulto
na sustentabilidade da verdade,
menino em não perder a alegria cantante
de tudo o que vive.
Bom em doar-se incondicional
a quem precisava de atenção e afeto
como o sol e a chuva
- fez do existir um plantio desapegado
de gestos de bondade e amorosidade
Modesto franco,
Modesto alegre,
Modesto aberto
como os caminhos do rio
e a canção das pedras
II
Chamado à Fonte
de onde tudo nasce,
deixou, no planeta azul,
searas de amizade,
vergéis solidários
a inspirar confiança
no eterno devir da Vida
Assim, estará sempre vivo
entre os vivos, a lembrar
que tudo vale a pena,
quando não se tem
a alma pequena
Modesto estará
sempre por perto,
a lembrar que tudo nascido
merece viver e ser cuidado
E como Deus o chamou para si,
viajou para a eternidade,
deixando a lembrança
de ter merecido
o milagre de ter nascido.
QUADRILHA
Brasigóis Felício
O embevecido em amor de apego
faz-se caído ante o fascínio
do embevecedor
– que
por sua vez, cairá
em desistência de si mesmo
ante alguém que idealize
e a quem se submeterá
a mendigar o amor que não dá
Assim se faz a ciranda
mortal e mortífera
do falso amor: e neste
transe de sentir-se mais intensamente
quando mente, por sentir-se mais vivo
quando está a mentir,
mentirá aos outros e a si mesmo,
fazendo da existência
um desperdício imenso.
O embevecido em amor de apego
faz-se caído ante o fascínio
do embevecedor
– que
por sua vez, cairá
em desistência de si mesmo
ante alguém que idealize
e a quem se submeterá
a mendigar o amor que não dá
Assim se faz a ciranda
mortal e mortífera
do falso amor: e neste
transe de sentir-se mais intensamente
quando mente, por sentir-se mais vivo
quando está a mentir,
mentirá aos outros e a si mesmo,
fazendo da existência
um desperdício imenso.
DESVARIO DE UM POETA.
Jordan M Andrade
Procuro ficar sóbrio para tentar sair da rotina
Arrumar outra musa, esquecer a mesmice da minha,
Não quero a que abrasava-me mórbido depois escondia-me em qualquer lugar.
Quero algo que me prenda, que me leve ao delírio, que me faça sonha e assim deseja-la mais e mais,
Quero vê-la uma única vez e apaixonar-me loucamente.
Fazer dela uma loucura perpetua a fim de trancafiá-la nas mais loucas e insanas das minhas paixões,
Quero tê-la como cicatriz, para enfatizá-la deixando-me assim perplexo.
Fechando-me no anexo,
Tal anexo delirante, dopante me tornado assim amante da ilusão
E depois, somente depois reencontra-la, assim poder viver a mais ardente das noites, possuindo e usufruindo o mais quente dos desejos, matando-me para santificar minha poesia.
Procuro ficar sóbrio para tentar sair da rotina
Arrumar outra musa, esquecer a mesmice da minha,
Não quero a que abrasava-me mórbido depois escondia-me em qualquer lugar.
Quero algo que me prenda, que me leve ao delírio, que me faça sonha e assim deseja-la mais e mais,
Quero vê-la uma única vez e apaixonar-me loucamente.
Fazer dela uma loucura perpetua a fim de trancafiá-la nas mais loucas e insanas das minhas paixões,
Quero tê-la como cicatriz, para enfatizá-la deixando-me assim perplexo.
Fechando-me no anexo,
Tal anexo delirante, dopante me tornado assim amante da ilusão
E depois, somente depois reencontra-la, assim poder viver a mais ardente das noites, possuindo e usufruindo o mais quente dos desejos, matando-me para santificar minha poesia.
A MANCHETE
Silvia Neves de Azevedo
Conte-me-tudo-não-esconda-me-nada.........
Ao Jordan (falando sério... com ar de circunstância)
A MANCHETE
Extra! Extra! Extra!
- Senhoras e senhores: No jornal falado o povo diz: Seu afilhado foi aprovado.
...lá na escola...
...com muita ação...
...sem recuperação...
...e sem cola...
...num alto astral...
...sem prova final...
...escreveu sem erros...
... leu tudo....
...sem pirraça...
...com raça....
...com esforço
... e estudo....
- Verdade?
- A voz do povo é a voz de Deus!
- Não acredito! Sou igual a São Tomé!
- Seu afilhado foi mesmo aprovado!
- Tenho que saber da fonte...
...ver o fundamento...
...analisar as hipóteses...
...do memorável acontecimento....
- É verdade! É verdade!
- Tenho que falar com JS...
...ouvir uma opinião enfática...
...sobre os tais cálculos...
...duma tal de matemática...
- Pode acreditar! Pode acreditar!
- Farei a sabatina...
...tomando a tabuada...
...Piá precisa calcular...
- 81.000 menos 100
...mais 4.000 vezes 200=
...é levado ao cubo=
...menos o quadrado do total=
...dividido por cinco=
... ...para eu acreditar....
- Ainda assim terá de memorizar....
CIT sobre 100
E decifrar
e calcular
com sensatez
e rapidez
- Seu afilhado foi aprovado!
- Se a notícia é real
É um grande feito
É motivo de condecoração
Pelo Presidente
Governador
E até pelo Prefeito....
- E agora, Piá?
O povo falou...
Madrinha não acreditou...
Nem desacreditou...
Não confirmou...
Nem desconfirmou...
E nesse furdunço
De ângulo, vértice e quadrado
Piá foi mesmo aprovado???
Quero ver o BOLETIM....
SIM.
SIM.
SIM..........
Conte-me-tudo-não-esconda-me-nada.........
Ao Jordan (falando sério... com ar de circunstância)
A MANCHETE
Extra! Extra! Extra!
- Senhoras e senhores: No jornal falado o povo diz: Seu afilhado foi aprovado.
...lá na escola...
...com muita ação...
...sem recuperação...
...e sem cola...
...num alto astral...
...sem prova final...
...escreveu sem erros...
... leu tudo....
...sem pirraça...
...com raça....
...com esforço
... e estudo....
- Verdade?
- A voz do povo é a voz de Deus!
- Não acredito! Sou igual a São Tomé!
- Seu afilhado foi mesmo aprovado!
- Tenho que saber da fonte...
...ver o fundamento...
...analisar as hipóteses...
...do memorável acontecimento....
- É verdade! É verdade!
- Tenho que falar com JS...
...ouvir uma opinião enfática...
...sobre os tais cálculos...
...duma tal de matemática...
- Pode acreditar! Pode acreditar!
- Farei a sabatina...
...tomando a tabuada...
...Piá precisa calcular...
- 81.000 menos 100
...mais 4.000 vezes 200=
...é levado ao cubo=
...menos o quadrado do total=
...dividido por cinco=
... ...para eu acreditar....
- Ainda assim terá de memorizar....
CIT sobre 100
E decifrar
e calcular
com sensatez
e rapidez
- Seu afilhado foi aprovado!
- Se a notícia é real
É um grande feito
É motivo de condecoração
Pelo Presidente
Governador
E até pelo Prefeito....
- E agora, Piá?
O povo falou...
Madrinha não acreditou...
Nem desacreditou...
Não confirmou...
Nem desconfirmou...
E nesse furdunço
De ângulo, vértice e quadrado
Piá foi mesmo aprovado???
Quero ver o BOLETIM....
SIM.
SIM.
SIM..........
Pasargadense:
Silvia Neves de Azevedo
Frases e pensamentos
Uma pessoa não é nada sem
autenticidade e personalidade.
****************************
A magia da vida consiste em
você derramar amor
Rainha de Copas
autenticidade e personalidade.
****************************
A magia da vida consiste em
você derramar amor
Rainha de Copas
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
APAIXONEI ASSIM
Claudia Duarte
Apaixonei assim,
da noite ao dia
do nada ao sorriso
das doces palavras.
Nem sequer um olhar
jamais o toquei
beijar nem pensar!
nunca o vi
nada aconteceu
mas mesmo assim
é o amor meu...
Amo muito
Admiro demais
tenho confiança
apaixonei-me...
por uma estrela
que brilha na noites
que mudou meu viver
troxe-me o sorriso
devolveu-me a alegria
meu deu a Vida
nunca o vi
mas mesmo assim
é o meu amor estrelado...
ei! Psiuuuuuuu
você mesmo
que lê minhas palavra
tão sinceras...
palavras do coração
é para você
é por você
que dedico cada letra
nunca te vi
mas foi por você
que me apaixonei,
assim...
Apaixonei assim,
da noite ao dia
do nada ao sorriso
das doces palavras.
Nem sequer um olhar
jamais o toquei
beijar nem pensar!
nunca o vi
nada aconteceu
mas mesmo assim
é o amor meu...
Amo muito
Admiro demais
tenho confiança
apaixonei-me...
por uma estrela
que brilha na noites
que mudou meu viver
troxe-me o sorriso
devolveu-me a alegria
meu deu a Vida
nunca o vi
mas mesmo assim
é o meu amor estrelado...
ei! Psiuuuuuuu
você mesmo
que lê minhas palavra
tão sinceras...
palavras do coração
é para você
é por você
que dedico cada letra
nunca te vi
mas foi por você
que me apaixonei,
assim...
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
O CORPO TRAÍDO
Brasigóis Felício
“Eis que meu corpo,
negado e traído,
há muito já não vibra
e mal respira.
Há muito não me dou
o prazer de me saber
Baco e Narciso.
Desaprendi o verbo
essencial do Ser,
em que, quando estava vivo,
mergulhava meu corpo
nas solidões da carne,
e o meu rosto bacante mirava
nas verdades do vinho.
Há muito não me dou o prazer
de estar em mim.
Neguei meu corpo
três vezes três.
Trezentas vezes
vezes três
traí o corpo
morto que sou.
Jamais me dei o direito
de me saber capaz
de dar e receber o amor
do meu, e do outro corpo.
Ausente de mim,
fiz da ciranda dos dias
a fúnebre procissão
de um morto vivo
(e carreguei meu caixão
em meio à multidão).
Jamais a Graça me dei,
nunca a alegria me concedi:
o me saber possuído
pela Vida Plena.
negado e traído
meu corpo foi despojado
do ancestral mistério.
Desde milênios
entre gritos e gemidos,
fui condenado
ao garrote vil,
sendo atirado
à vala comum,
onde jazem, insepultas,
as multidões de mortos-vivos
“Eis que meu corpo,
negado e traído,
há muito já não vibra
e mal respira.
Há muito não me dou
o prazer de me saber
Baco e Narciso.
Desaprendi o verbo
essencial do Ser,
em que, quando estava vivo,
mergulhava meu corpo
nas solidões da carne,
e o meu rosto bacante mirava
nas verdades do vinho.
Há muito não me dou o prazer
de estar em mim.
Neguei meu corpo
três vezes três.
Trezentas vezes
vezes três
traí o corpo
morto que sou.
Jamais me dei o direito
de me saber capaz
de dar e receber o amor
do meu, e do outro corpo.
Ausente de mim,
fiz da ciranda dos dias
a fúnebre procissão
de um morto vivo
(e carreguei meu caixão
em meio à multidão).
Jamais a Graça me dei,
nunca a alegria me concedi:
o me saber possuído
pela Vida Plena.
negado e traído
meu corpo foi despojado
do ancestral mistério.
Desde milênios
entre gritos e gemidos,
fui condenado
ao garrote vil,
sendo atirado
à vala comum,
onde jazem, insepultas,
as multidões de mortos-vivos
ENTRELINHAS
A Folha
A folha que cai
traz consigo a saudade
e traz consigo também
a esperança de um bom chão.
A folha que cai
traz consigo a saudade
e traz consigo também
a esperança de um bom chão.
CAIS
Eu tenho um cais
Os navios estão sempre
chegando e partindo.
O meu medo
é que um dia
o meu cais não suporte
tantos navios.
O meu medo maior
é perder os pássaros
que aqui pousam.
(Pra meus amigos)
.......................
Um pássaro, livre
voou tão pra bem longe
que ganhou brilho
e virou estrela.
É hoje luz
para o meu cais.
(Pra você, Telminha)
Os navios estão sempre
chegando e partindo.
O meu medo
é que um dia
o meu cais não suporte
tantos navios.
O meu medo maior
é perder os pássaros
que aqui pousam.
(Pra meus amigos)
.......................
Um pássaro, livre
voou tão pra bem longe
que ganhou brilho
e virou estrela.
É hoje luz
para o meu cais.
(Pra você, Telminha)
Abelha-princesa (Para Déborah)
De onde virá esse
Suave barulho que ouço?
De onde virá esse
cantar?
São asas vibrando
No ar,
Como flores ao vento.
São melodias entoadas
Na madrugada
Como doces palavras.
A abelha-princesa desperta
E vem ver de perto
O jardim florescer,
E vem ver de perto
O dia dourar,
E vem ver de perto
A barra do dia surgir.
A abelha-princesa-menina
Entoa seu canto
De começar.
Seu canto de abelha-princesa-mulher.
Suave barulho que ouço?
De onde virá esse
cantar?
São asas vibrando
No ar,
Como flores ao vento.
São melodias entoadas
Na madrugada
Como doces palavras.
A abelha-princesa desperta
E vem ver de perto
O jardim florescer,
E vem ver de perto
O dia dourar,
E vem ver de perto
A barra do dia surgir.
A abelha-princesa-menina
Entoa seu canto
De começar.
Seu canto de abelha-princesa-mulher.
Amor com amor se paga (para Igor)
Amo-o
Como a um príncipe,
forte, mas, meio que solenemente.
Respeitando o belo porte,
A sagacidade,
A dignidade,
O brilho.
Amo-o
Como a uma criança,
Doce, mas, imponentemente,
Limitando o espaço,
O desejo,
O andamento,
A energia,
Liberando o carinho,
Amo-o,
Simplesmente,
Porque amor não se explica.
Como a um príncipe,
forte, mas, meio que solenemente.
Respeitando o belo porte,
A sagacidade,
A dignidade,
O brilho.
Amo-o
Como a uma criança,
Doce, mas, imponentemente,
Limitando o espaço,
O desejo,
O andamento,
A energia,
Liberando o carinho,
Amo-o,
Simplesmente,
Porque amor não se explica.
POEMA EM PRETO E BRANCO (para Igor)
Nem sei se é branco
o que vejo, se branco é a
presença de todas as cores.
Amo o preto e
preto é o nada.
nada se vê, nada se percebe
além da escuridão.
Sou branco e,
no entanto,
não sou. Sou mistura
de preto e branco.
Ou serei branco justamente por isso?
Sou tudo e nada.
Busco na metafísica
quem sou.
Mas belo sou. Isso sou.
Ou não?
o que vejo, se branco é a
presença de todas as cores.
Amo o preto e
preto é o nada.
nada se vê, nada se percebe
além da escuridão.
Sou branco e,
no entanto,
não sou. Sou mistura
de preto e branco.
Ou serei branco justamente por isso?
Sou tudo e nada.
Busco na metafísica
quem sou.
Mas belo sou. Isso sou.
Ou não?
POEMA EM PRETO E BRANCO (para Igor)
Nem sei se é branco
o que vejo, se branco é a
presença de todas as cores.
Amo o preto e
preto é o nada.
nada se vê, nada se percebe
além da escuridão.
Sou branco e,
no entanto,
não sou. Sou mistura
de preto e branco.
Ou serei branco justamente por isso?
Sou tudo e nada.
Busco na metafísica
quem sou.
Mas belo sou. Isso sou.
Ou não?
o que vejo, se branco é a
presença de todas as cores.
Amo o preto e
preto é o nada.
nada se vê, nada se percebe
além da escuridão.
Sou branco e,
no entanto,
não sou. Sou mistura
de preto e branco.
Ou serei branco justamente por isso?
Sou tudo e nada.
Busco na metafísica
quem sou.
Mas belo sou. Isso sou.
Ou não?
Olhos fechados
Vida
Viver
Vivenda
Venda da vida
Venda dos olhos
Fenda da vida
Fenda dos olhos
Dos olhos da vida
Cerrados
Em prantos
Molhados
Sem vida
Fechados
Para sempre
Para mim
Para nós
Para todos
Para todo o sempre
Sem vida
30/04/04
Viver
Vivenda
Venda da vida
Venda dos olhos
Fenda da vida
Fenda dos olhos
Dos olhos da vida
Cerrados
Em prantos
Molhados
Sem vida
Fechados
Para sempre
Para mim
Para nós
Para todos
Para todo o sempre
Sem vida
30/04/04
Música do silêncio
Toque
O meu coração
Com o toque
Da sua mão
Na minha mão
No eme da minha mão
Toque
O meu coração
Com o canto
De sua canção
Na minha canção
Na letra da minha canção
Toque
O meu coração
Com o toque
De sua palavra
No meu silêncio
No repertório do meu silêncio
30/04/04
O meu coração
Com o toque
Da sua mão
Na minha mão
No eme da minha mão
Toque
O meu coração
Com o canto
De sua canção
Na minha canção
Na letra da minha canção
Toque
O meu coração
Com o toque
De sua palavra
No meu silêncio
No repertório do meu silêncio
30/04/04
SONO
E chega o sono.
Deito-me fatigada,
sem pensar em nada,
entrego-me
aos afagos de Morfeu.
O sonho é meu.
Deito-me fatigada,
sem pensar em nada,
entrego-me
aos afagos de Morfeu.
O sonho é meu.
NOVO LAR - Soneto
Em uma calçada encontrei um colar,
De fino cordel e simples labor,
Com uma letra “I” a se destacar,
E nela, um escrito era instigador:
“Dentro desta letra há uma instrução
A qual deverá cumpri-la direito.
No fim ganhará como premiação
A magia do amor que está no meu peito.”
Meia noite... confuso e ressabiado...
Dirigi-me então ao local combinado:
Uma velha e erma estação de trem...
Foi então que uma deusa surgiu do além,
Ofertando a mim um lindo sorriso:
Era o meu bilhete para o paraíso.
Isaías Gresmés 07/12/2008
De fino cordel e simples labor,
Com uma letra “I” a se destacar,
E nela, um escrito era instigador:
“Dentro desta letra há uma instrução
A qual deverá cumpri-la direito.
No fim ganhará como premiação
A magia do amor que está no meu peito.”
Meia noite... confuso e ressabiado...
Dirigi-me então ao local combinado:
Uma velha e erma estação de trem...
Foi então que uma deusa surgiu do além,
Ofertando a mim um lindo sorriso:
Era o meu bilhete para o paraíso.
Isaías Gresmés 07/12/2008
MINHA ALMA
Minha alma tem sede
de águas tantas
de tantas outras
de outras fontes.
E também tem fome
de outros gostos
de outros prazeres
de outras almas.
Na segurança de meu corpo
espreita meu futuro
comanda meu presente.
E, se o corpo, está preso
a uma vida contida,
a alma, ao contrário,
voa bem lá no alto,
eleva-se ao céu,
aponta caminhos.
Caminhos que levam
a águas tantas
a outros prazeres
a tantas outras almas!
Arabela Morais
de águas tantas
de tantas outras
de outras fontes.
E também tem fome
de outros gostos
de outros prazeres
de outras almas.
Na segurança de meu corpo
espreita meu futuro
comanda meu presente.
E, se o corpo, está preso
a uma vida contida,
a alma, ao contrário,
voa bem lá no alto,
eleva-se ao céu,
aponta caminhos.
Caminhos que levam
a águas tantas
a outros prazeres
a tantas outras almas!
Arabela Morais
Lembranças
Éramos todos felizes...
Crianças curiosas
Espalhadas pelas ruas,
Correndo e rindo,
Mexendo os corpos
Em cambalhotas e outras
Estripulias...
A cabeça livre e
Cheia de idéias
Para viver a vida
Que viria.
Doce lembrar,
Que me torna criança de novo,
Que me enche de uma
Alegria infantil
E, que me permite sonhar
Com essa idéia de vida mais pura.
Doce lembrar,
Que me encontra criança,
Que me encanta
E me envolve,
Trazendo pra mim
Agora,
A sensação da felicidade
Que vivi, mas passou.
Arabela Morais
Crianças curiosas
Espalhadas pelas ruas,
Correndo e rindo,
Mexendo os corpos
Em cambalhotas e outras
Estripulias...
A cabeça livre e
Cheia de idéias
Para viver a vida
Que viria.
Doce lembrar,
Que me torna criança de novo,
Que me enche de uma
Alegria infantil
E, que me permite sonhar
Com essa idéia de vida mais pura.
Doce lembrar,
Que me encontra criança,
Que me encanta
E me envolve,
Trazendo pra mim
Agora,
A sensação da felicidade
Que vivi, mas passou.
Arabela Morais
Passando dos Cinqüenta
(Marina Colasanti)
Meu pescoço se enruga.
Imagino que seja
de mover a cabeça
para observar a vida.
E se enrugam as mãos
cansadas dos seus gestos.
E as pálpebras
apertadas no sol.
Só da boca não sei
o sentido das rugas
se dos sorrisos tantos
ou de trancar os dentes
sobre caladas coisas.
Meu pescoço se enruga.
Imagino que seja
de mover a cabeça
para observar a vida.
E se enrugam as mãos
cansadas dos seus gestos.
E as pálpebras
apertadas no sol.
Só da boca não sei
o sentido das rugas
se dos sorrisos tantos
ou de trancar os dentes
sobre caladas coisas.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
AMORES DE PAÚRA
Brasigóis Felício
Certo, dizem que o amor não dura
quando nascido em solidão de usura
Um amor que não dá pés
ó caminha em marcha-a-ré
Um amor de esculacho
só acaba em cambalacho
Em amor apaixonado
nem o padre dá pitaco
Em amor de aperreio
até o Diabo cai dos arreios
Em amores tresloucados
violas são feitas em cacos
Em amores sinistros
vão se abrindo jazigos
Em sopapos de amantes
vão chamando o delegado
Em pancadas de poetastros
são chamados outros asnos
Em confusões de falsetas
até o Demo dá nos cascos.
Certo, dizem que o amor não dura
quando nascido em solidão de usura
Um amor que não dá pés
ó caminha em marcha-a-ré
Um amor de esculacho
só acaba em cambalacho
Em amor apaixonado
nem o padre dá pitaco
Em amor de aperreio
até o Diabo cai dos arreios
Em amores tresloucados
violas são feitas em cacos
Em amores sinistros
vão se abrindo jazigos
Em sopapos de amantes
vão chamando o delegado
Em pancadas de poetastros
são chamados outros asnos
Em confusões de falsetas
até o Demo dá nos cascos.
Em teus olhos
Procuro a amizade no seu coração
ela é a base sólida para meu viver
toda e qualquer atitude sem razão
marcou minha vivência e meu sofrer
Quero acreditar em nós dois
Venha me fazer feliz...
Não deixe para depois
Seja pra mim o amigo que eu sempre quis.
Nada mais quero de ti,
lealdade e sinceridade,
em teus olhos eu li.
Temos tantas coisas para falar
Não use dessa superioridade
Que me deixa infeliz e me faz calar.
Felicity, Melissa™®, Justina Oliveira
ela é a base sólida para meu viver
toda e qualquer atitude sem razão
marcou minha vivência e meu sofrer
Quero acreditar em nós dois
Venha me fazer feliz...
Não deixe para depois
Seja pra mim o amigo que eu sempre quis.
Nada mais quero de ti,
lealdade e sinceridade,
em teus olhos eu li.
Temos tantas coisas para falar
Não use dessa superioridade
Que me deixa infeliz e me faz calar.
Felicity, Melissa™®, Justina Oliveira
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