terça-feira, 23 de março de 2010

Amar-te, somente...


De ti recebi doce esmola
Fragmentos de amor em minha vida.
Que hoje meu coração imolado assola
A cada lembrança, a cada ferida.

No meu triste pensamento
Teu vulto passeia indiferente
Mesmo sendo tão amado
Queria que fosse embora subitamente.

Minto! Pois contrariando minha razão
Cuido-te dia após dia
Para manter-te vivo no meu coração.

Tremo em pensar em não mais pensar-te.
Que vazio seria minha vida!
Prefiro as lágrimas do que no meu peito matar-te.

Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 19/03/2010
Código do texto: T2147258

Eu quero te amar


Minha boca mente
Diz palavras doce
Que ainda não sente.

Minhas mãos tocam teu rosto
Com ternura verdadeira
Mas ainda não tenho fome do teu gosto.

Meu corpo endoidece
Por outro que tem o coração de pedra,
Outro que meu amor não merece.

Talvez um dia possa te falar do amor que tinha,
Olhar-te dentro dos olhos
Sentindo tua pele na minha.

No passado ficará esse amor de agora,
Na minha noite encontrarei a alvorada
E seguirei contigo pelo mundo afora.


Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 11/01/2010
Código do texto: T202379

“ Lambuzei-me de ti ”


Açodei os desejos mais loucos de Afrodite
E encantei-me com o teu néctar do amor
Borbotei banhando-te de ardor
E me lambuzei... e te lambuzei... sem limite

Labiei o teu corpo sabor de mel
Saciei a minha sede de te querer
Subi pelas paredes, fui até o céu
E desfaleci de tanto prazer

Acordei com um beijo doce, molhado
Tua boca que tocava a minha
Eu ainda um tanto excitado
Fiz de você, amante, mulher e rainha

Sérgio Murilo

“ Poetar... ”

Poetar tem o odor de alfazema
É minha busca de felicidade
Meu encontro com a verdade
Vivo para fazer poemas
Que falam do amor, da amizade
Que retratam ternura, alacridade

Poetar é mergulhar no infinito do universo
Fazer amor com quem se quis
É ensolarar um dia gris
Vivo para fazer verso
Que fale de minha raiz
Que me deixe contente, feliz

Poetar é encarnar a fantasia
É beber do gozo do ser amado
É ter fé no coração imaculado
Vivo para fazer poesia
Que exale o sabor do pecado
E que enxugue o pranto derramado

Sérgio Murilo

“ Conselhos de Deus ”

Se a estrada é sinuosa
Replena de pedras e britas
Se a flor não é formosa
Se a casa é feito palafita

Se a dor ficou mais forte
E machuca demais o peito
Se você diz que não tem mais jeito
Que o azar sucumbiu a sorte

Se o que se bebe não mata a sede
E o que se come não mata a fome
Se já não existe o acalanto da rede
Nem aquilo que se consome

Se o sorriso estampado entristeceu
E o pranto inundou o solo
Se o que se plantou não se colheu
E não mais se tem o carinho do colo

Se a perda é grande, é imensa
Quem busca, insiste, sempre alcança
Só não perca a tua fé, tua crença
Nem deixe de ter esperança

Se a tua estrela já não te conduz
Se estás sós, sem os teus
Então entregue teu coração a Jesus
E siga os conselhos de Deus

Sérgio Murilo

“ Você é muito mais... ”


Você é muito mais do que um grande amor
É mais que a luz do sol
É um infinito mar de sedução
Você é muito mais do que o desabrolhar da flor
É mais que o belo arrebol
É um pulsar intenso do coração

Você é muito mais do que um ardente beijo
É mais que a lua prateando a noite escura
É um cicio mais do que libidinoso
Você é muito mais do que qualquer desejo
É mais que a própria candura
É um sorriso galhardo e gracioso

Você é muito mais do que uma inspiração
É mais que o furor de um vendaval
É um borbotar de prazer
Você é muito mais que uma paixão
É mais que uma relação carnal
É a minha vontade maior de viver

Sérgio Murilo

O RETRATO E EU...


( Dueto )

Da parede, parcialmente empoeirado
num abandono de triste aparato
pende sem prumo, só e amarelado
teu sorriso que ficou neste retrato.

E num canto encharcado de pranto
O meu corpo ainda tórrido da tua lembrança
Vestígios de um amor sem encanto
Sem vereda, sem rumo, sem esperança.

Deste lugar onde me prostro amargurado
por esta angústia que vara a madrugada
fico com o pensamento no passado
e os olhos na imagem pendurada.

E num repente, o que era um silêncio combalido
Fez-se um rumor, um retrato, no chão, estilhaçado
Meu arcabouço, no mesmo chão, amalgamado, tão sofrido
Cacos de uma vida, um coração despedaçado.

Rui Tavares & Sérgio Murilo

" Trago-lhe "

Trago-lhe um coração pulsante
Apinhado de sonhos e esperanças
Um coração que canta, que dança
Que vibra, que brande feito criança

Trago-lhe um coração instigante
Repleto de afeição, ternura, amores
Um coração adornado de flores
Que já provou desprazeres e dores

Trago-lhe um coração vultoso
Cheio de crenças e fé
Um coração para o que der e vier
Que exala o aroma da mulher

Trago-lhe um coração mavioso
Banhado de suor e raça
Um coração exuberante, repleno de graça
Que toca, que beija, que afaga e abraça

Trago-lhe um coração ardente
Recheado de desejos, anseios e veleidade
Um coração que transpira alacridade
Que valoriza e estima a amizade

Trago-lhe um coração contente
Abarrotado de exultação e alegria
Um coração que vive o concreto e viaja na fantasia
Que se deixa regar de poesia

Sérgio Murilo

A familia de que não se fala


A SOLIDÃO DE NÃO SER

Brasigois Felicio

Por toda parte, nas turbulências
da sagrada família, marcas e feridas
do corpo de dor. Uma solidão avara,
a que se apegam, como quem se agarra
a apitos de afogados.

De suas memórias de dor não se separam
por serem usuários dependentes
das emoções tóxicas
de sua infelicidade cronificada.

Atacarem uns aos outros, é tudo o que fazem,
como velhos demônios
construtores de desastres.

No vício de serem infelizes
por opção e escolha, nenhum som emitem
ou escutam, a não ser o absurdo
de lançar por onde passem
as fundações da morte,
e a desconstrução do Ser.

Para onde vão, levam na bagagem
a memória da dor, que as fazem funcionar, como criaturas disfuncionais.
longe estão de conhecer a paz
de serem saberem inteiros, em seu Eu Verdadeiro
e não conhecem o silêncio essencial, no qual
sua alma poderia falar e ser escutada.

VIAGEM


Por várias trilhas caminhei
Intensamente, a vida inteira.
Sem desânimo, sem canseira
Atrás da felicidade.

No fim da caminhada, parei
Para rever toda a bagagem.
Percebi que minha viagem
Foi só procura, na verdade.

Em cada parte encontrei
Amostras do meu trabalho:
Havia pranto, havia orvalho,
Havia flores e saudade.

Ali mesmo ajoelhei-me
Para sentir cada momento,
Pois percebi que em todo tempo
Só recolhi, felicidade!

Águeda Mendes da Silva

Rosa Branca


A minha flor
Tinha brilho,
Tinha cor.
Era branca,
Branca como a pureza.
Deixou de abrir
Perdeu beleza...

Minha terra
Foi culpada;
Mal cuidada,
Ressequida...

Recomecei:
Cuidei,
Reguei
A minha roseira sentida...

Novamente ela cresceu,
Ficou linda,
Floresceu!
Dela colhi a rosa!
Branca, cheirosa
Que perfumou a minha vida!

Águeda Mendes da Silva

O Tempo Levou


O tempo passou
E nem te lembrou
Que eu existo.

O tempo passou
E você calou
Mas eu insisto;

__ O tempo apagou,
Ou planejou
Esse confisco?

Abra a memória
Leia a história
Que fala que existo!

Águeda Mendes da Silva

08/02/2010

Arte de Viver


Viver o presente,
É simplesmente
Reviver o passado:
Reajustado,
Pincelado,
Revestido, novo!


O futuro certamente
Será nesse presente,
Espelhado.
Reajustado,
Pincelado,
Revestido, novo!


Nada é surpreendente
para quem vive plenamente
Integrado,
Reajustado,
Pincelado,
Revestido, novo!


Águeda Mendes da Silva

FliPiri


FLIPIRI-PIRINOPILÁ

Brasigóis Felício

(Um pirilampo me contou
e a boa brisa me soprou
que vem aí bom tempo
de Flipiri-pirilampolá)


Vou me embora pra Piri
- vou pra lá, Pirinopilá
vou daqui, ser feliz por lá

Se em mim eu já piro aqui,
mais pirarei nos Pireneus
onde possa Pasargadear

Vou me embora pra Piri,
lá eu sou o meu rei
lá tenho a mulher que eu sou
na cama em que me estimarei

Vou me embora pra Piri,
aqui eu não sou feliz
- vou me indo pra flanar
vou pra lá, pirinopilá

A festa da vida


Brasigóis Felício


Há duas categorias de pessoas com dificuldade para se entregarem sentimentalmente a outras criaturas: as que são donas de si mesmas, e as que não o são. As do segundo tipo, quando se apaixonam, entregam-se ao objeto de sua paixão, com desespero de afogados. Então a sua entrega desastrada resulta em desastre anunciado.

Mas há também outro tipo de gente: o grupo peso pesado das pessoas que parecem ter chumbo na constituição de sua alma, ou de seu humor. Carregadas de tensão, estão sempre estressadas ou irritadas, espalhando agitação e inquietude por onde passem. Não se permitem ser espontâneas, e parecem estarem travadas, incapacitadas para o riso, a leveza e a descontração.

A psicologia profunda ensina que este tipo integra o tipo caracterológico dos atacados de rigidez psíquica, com reflexo no corpo, a última cidadela deste edifício de muitos andares, que é o Ser humano. Em sua tensão cronificada, tais criaturas tornam mais lento o tempo dos relógios – nos lugares onde estão tais criaturas, os ponteiros dos relógios parecem ir de arrasto – o tempo custa a passar. Ao contrário, o tempo que se passa no convívio com pessoas alegres, gentis e amáveis, passa sem que se perceba.

O peso de sua insustentabilidade existencial decorre de andarem tais criaturas carregadas de culpas, que transferem aos outros, em ações projetivas inconscientes ou não: é a estratégia que encontram, para debitar a outros a responsabilidade pelo seu permanente mau estar de viver. Assim, transformam em martírio a sua passagem pelos dias de seu tempo de vida, infernizando compulsivamente a existência das pessoas de seu convívio. Tais pessoas, estressadas e estressantes, passam-nos a impressão de que, por inveja, ou inapetência para a felicidade, recusaram o convite para participar da festa do viver. E não aceitam que outros, não contaminados por sua infelicidade escolhida, tenham aceitado o convite, e estejam a participar, alegre e saudavelmente, da comovedora experiência de viver. --texto--

CANÇÃO PARA UMA ANDERLAINE


NA VISÃO DO ANJO DO ANJO

Sspóvoa. (do arquivo da
nobre dama RDD)


OUVI NA “RADIA” DO SERTÃO DO TOCANTINS,
COISA BONITA DE SE VER E OUVIR NAS TARDES QUENTES
QUANDO AS GENTES FALAM DE SONHOS E DE RECADOS.

ANDERLAINE OFERECE GLÓRIA GLORIA ALELUIA
PARA A IRMÃ MARIA POMPILHO FERREIRA
CERTAMENTE WWW PONTO COM PONTO BR.

ANDERLAINE DESCEU A RUA GLORIOSAMENTE IMPORTANTE
ARRANJARA UM NOME BONITO E SE ESQUECERA QUE ERA BISCATE.
RITINHA QUE MORAVA NA RUA DE BAIXO ONDE OS BÊBEDOS SÃO REIS.

ANDERLAINE ERA O SEU NOME
SEM ARRÔBA SEM PONTO COM, SEM BÊERRE.
MORREU DE VIRUS DO AED EGIPTIS.

A CIDADE DE SANDOLANDIA INTEIRA
VIU ELA SUBIR PARA O CÉU

CANTIGA DE UM ANJO PARA MINHAS BORBOLETAS E FALENAS


sspóvoa-20 de março.

hoje escrevi esta cantiga
que bem poderia ser um lamento
mas, quando menino falaram
que os homem não choram.

Porem estavam errados
porque os anjos choram
especialmente quando
as borboletas e as falenas
estão tristes e até as libélulas,
com suas asas translucidas,
quedam –se num ramo e meditam
a ausência das companheiras.

os anjos choram sim quando
ouvem o vento sozinho
trazendo o murmurar das ondas
que estão solitárias pela ausência
de uma ou outra donzela que
não pisa mais nas suas areias,
banhadas pelo mar azul,
com os pezinhos de nuvens.

Choram sim, quando brisa canta
cantigas tristes e saudosas
nos monolitos solenes das chapadas
esculpidos pelas legendas antigas.

então, escrevo agora esta cantiga
que é um lamento pelas borboletas
e falenas que querem ir embora.

PROSA DE UM ANJO NA FUMAÇA DO CACHIMBO

sspóvoa

PRIMEIRO CANTO

LÁ, NO BARRANCO DO RIO ONDE EU MORAVA, AS ÚNICAS COISAS TRISTES ERAM AS LEMBRANÇAS DE ALGUMAS PASSAGENS NA CIDADE GRANDE, ONDE AS FLORES PERDEM AS PÉTALAS E AS BORBOLETAS PERDEM AS CORES.
LÁ, AS FLORES NÃO MURCHAM. BORBOELETAS, FALENAS, LIBELULAS E MARIPOSAS, ATÉ AS EFEMERAS, BAILAM SEMPRE EM POR SOBRE O ESPELHO DAS ÁGUAS. SÓ AS EFEMERAS CUMPREM O SEU CICLO DE POUCAS HORAS E, NEM POR ISSO, O GRANDE BERÔ-ROCAM DEIXA DE ROLAR COM AS SUAS ÁGUAS SERTÃO A DENTRO.
NA FUMAÇA DO CACHIMBO EVOLAVAM CANTIGAS DE RODA

“ EU VI O SOL, LA NO ALTO CLAREAR,
EU VI MEU BEM DENTRO DO CANAVIAL
TRISTEZA QUE VAI E VEM,
NÃO TRAZ NOVAS DO MEU BEM
SE ELE É VIVO, SE ELE É MORTO
OU NOS BRAÇOS DE ALGUÉM...”


SEGUNDO CANTO


E LA IA A CANTILENA DOS CURUMINS DA ESCOLA PROTESTANTE, ENQUANTO O VELHO ARUTANA FALAVA DA GRANDEZA ANTIGA DO POVO DO ARUANÃ. EU PITAVA SEM NINGUÉM PARA FALAR QUE AQUILO FAZIA MAL.
FAZIA NADA!

DIA DESSES TIRARAM EU DE LÁ.
SEM CACHIMBO,
SEM BORBOLETAS
FALENAS E LIBELULAS E, MUITO MENOS,
AS EFEMERAS QUE SO VIVEM NA BEIRA D’ÁGUA.

AÍ PERDI O CONTATO COM OS ANJOS
E NEM VI MAIS OS BOTOS BRINCANDO
DE VADIAGEM NAS TARDES QUENTES
DA BEIRADA DO MEU RIO, MORADA DO CAIPORA
DO NEGRO D’ÁGUA E DO SACI PERERE.

EITA LEMBRANÇA DANADA!

Alma inquieta!!!

Com ternura e poesia,
Ao te amar simplesmente
Na manhã deste dia!
Encontrei você,
Fazendo versos... Em minha mente!!!


Com graça e encanto,
Em um carinho particular
Na rima deste enquanto!
Docemente por amar!!! rs...


Como este agora descrito,
No coração do poeta
Com canções do infinito!
Em sua alma tão inquieta!!!


By
Edivar poeta!!!

Doces rimas ao vento!!!

Amo-te!
Como a ternura da brisa,
Tocando levemente seu olhar
Quando carinhosamente precisa!
Deliciosamente... Sua pele acariciar!!!


Para que a poesia do amor,
Se torne viva e transparente
Como os doces encantos da flor!
Que define o amor da gente!!!


Rimando por todo lado,
O carinho do sentimento
É o amor realizado!
Nas doces rimas ao vento!!!

By
Edivar poeta!!!

Tão sonhada PAZ!!!

Seu sorriso é encantador,
Sua voz uma doce ternura
Somando-se em rimas de amor!
De tão doce arquitetura!!!


Que sempre quero ter,
Bem pertinho do coração
Assim poder lhe ver!
Com autêntica emoção!!!


Na doçura do seu beijo,
Que tanto bem me faz
Desenhando todo o desejo!
Que em nossas almas,
Constroem tão sonhada PAZ!!!

BY
EDIVAR POETA!!!

Extrapolado rimar!!!

Como as águas jorrando,
Em uma nascente encantada
Com você vivo sonhando!
Aos seus carinhos doce amada!!!


É meio que diferente,
Falar do nosso coração
É tudo que nossa alma sente!
Sentimento e emoção!!!


Que sem ficar pensando,
É natural nosso despertar
É tão doce... Estar amando!
Como este extrapolado rimar!!! rs...


By
Edivar poeta!!!