terça-feira, 23 de março de 2010
A familia de que não se fala
A SOLIDÃO DE NÃO SER
Brasigois Felicio
Por toda parte, nas turbulências
da sagrada família, marcas e feridas
do corpo de dor. Uma solidão avara,
a que se apegam, como quem se agarra
a apitos de afogados.
De suas memórias de dor não se separam
por serem usuários dependentes
das emoções tóxicas
de sua infelicidade cronificada.
Atacarem uns aos outros, é tudo o que fazem,
como velhos demônios
construtores de desastres.
No vício de serem infelizes
por opção e escolha, nenhum som emitem
ou escutam, a não ser o absurdo
de lançar por onde passem
as fundações da morte,
e a desconstrução do Ser.
Para onde vão, levam na bagagem
a memória da dor, que as fazem funcionar, como criaturas disfuncionais.
longe estão de conhecer a paz
de serem saberem inteiros, em seu Eu Verdadeiro
e não conhecem o silêncio essencial, no qual
sua alma poderia falar e ser escutada.
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