sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Lágrimas

Lágrimas caíam,
Um som se emitia,
Lágrimas diziam:
Onde Deus está?

Por onde andam minha paz,
Meu sorriso, minha razão?
Estou néscia, despida, sem vida...
Busco um horizonte, uma guarida.

Para quem contarei meus dias?
Minha mãe não estará mais aqui,
Nem meu pai, nem ninguém...

Quando os olhos se fecharem,
Quem eu verei?
O padre não vai está lá,
Nem o pastor, nem os guias,
Nenhuma vela se acenderá,
Não haverá rezas, nem melodia.

Ouço um ruído!
É o som de muitas águas,
destas que só o coração conhece
os mares também sabem deste sofrer.

Ah lágrimas! Molhem mais este chão,
que sabe assim brote alguma razão,
algum sentido para tornar minha vida
repleta de gratidão, sonhos e emoção!

Váldima Fogaça

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