sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Em vão

Sozinha andava, sem corpo, sem pele, sem nada.
Em vão eram os pensamentos levados pelo vento,
Em vão era minha sina, minha doutrina, minha fé.

Em vão é meu pai, minha mãe, minha irmã...
Em vão é minha arte, meu patrão, minha pátria...

Em vão foi aquele único e último encontro,
Em vão foram às duas horas de troca de carinho,
Foram as carícias, os risos, os prazeres breves,
A chuva que caía, o vento que batia no retrovisor,
Os sussurros, as promessas, as trocas de olhares.

Em vão é meu pensar de agora, meu querer,
Minha ira, meus desejos, minha mente,
O ciúme, a espera, a jornada, a melodia...

Em vão serão os próximos dias, as horas de agonia,
O trabalho, a fortuna, o descaso, a tristeza, a alegria,
Em vão para sempre serão meus sonhos, minha magia!

(Taguatinga Sul-DF, 08/10/2008).

Váldima Fogaça

Um comentário:

Ianê Mello disse...

Ah, o amor....como pode machucar!

Beijos, querida amiga.