sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

NATUREZA

Maynomy beija-flor

Nasce menina filha da luz
Duas vidas numa cruza, enlaça.
Parte terra, n’outra quase cruz
Olhos secos trincam como vidraça
Vida que encanta e seduz
Não aceito nada que amarre mão
Viro bicho ferido, berro, pulo, grito
Assusto e mato como raio e trovão
De amor insano puro e fervente
Resta a dor por não ser tão valente
Quero curar ferida dada por vida
Saltar longe no infinito, seguir em frente
Tortura a linda menina alma pequenina
Olha o olho alheio e chora
Quer mudar natureza nobre
Mascara bate e mancha a cara
Daquela que dela foi filha, encobre
Recria vida terra nativa agora
Jaz Lucidalva luz da aurora estrela Dalva
Ora Maynomy alma índia que aflora
Filha da terra, a curumim pula e bate palma
Comunga do tudo com terra na mão
Resgatou da mulher não mais menina alma
Sou vida viva, e forte bate o coração!

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