sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Minha companhia

Olhar misterioso, palavras silenciosas.
Ó Odisseu! Neste teu navio quero partir,
E se não quiseres que eu vá, irei mesmo assim.
Meus sonhos, minha magia entreguei a ti.

Agora ó príncipe de muitas lutas, não vais
Trazer uma manjar para mim?
Tua solidão habita em meu pensar de agora,
Nesta hora, quero teu querer em mim.

Se não vens, que posso fazer?
Já escolheste um porto para embarcar,
E sei que fiquei para trás com meu sonhar.
Nestas lutas tão infindas, quis te dar minha vida,
Mas, desprezaste o vazio de minha inocência.
Neste mundo tão banal, repreendeste minha poesia.
Leste outros corpos, buscaste em outros braços o querer.

Ó Odisseu! Sabes que este é teu nome de verdade.
Sabes que esta escrita fala de um bem querer.
Mensagens foram passadas, beijos foram dados.
E agora? O silêncio será minha companhia.

Meu peito adormece, o coração se angustia.
Quero ser tua, tua companhia.
Por onde andas? Desconheço teus passos.
Quando em tua solidão vieres a clamar por alguma alma,
Por favor, clama pela minha!

Váldima Fogaça

Um comentário:

Ianê Mello disse...

Lindíssimo poema, amiga.

Bjs.