quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

AMORES DE PAÚRA

Brasigóis Felício

Certo, dizem que o amor não dura
quando nascido em solidão de usura

Um amor que não dá pés
ó caminha em marcha-a-ré

Um amor de esculacho
só acaba em cambalacho

Em amor apaixonado
nem o padre dá pitaco

Em amor de aperreio
até o Diabo cai dos arreios

Em amores tresloucados
violas são feitas em cacos

Em amores sinistros
vão se abrindo jazigos

Em sopapos de amantes
vão chamando o delegado

Em pancadas de poetastros
são chamados outros asnos

Em confusões de falsetas
até o Demo dá nos cascos.

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