sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Na praça do relógio...

Na praça do relógio,
Eles circulam sem parar
Com trajes estereotipados
E cabelos escovados.

Um passo mais a frente
Vamos, minha gente!
Quero passo firme
Mãos sem espessura.

Um batom vermelho,
Um sorriso disfarçado
Veste ridicularizada
Unha encravada.

Um passo! Avante!
Classe desmerecida,
Não há água, nem comida.
Há vida amarga, há míngua.

Na praça do relógio, eles pedem...
Aguardam mãos misericordiosas...
Lutam, sonham inconscientemente...
Na praça do relógio, eles clamam...


Váldima Fogaça
(Taguatinga, 18 de setembro de 2008)

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