Foi na alcova, onde a carne se inquieta,
que murmurei aqueles toscos versos.
Você me beijou; sussurrou “meu poeta”,
e, num êxtase, ficamos imersos
por um tempo infinito.
Quedei pela beleza do seu rosto;
Eu fui levado à miséria e à ruína.
Sozinho, chorei como um rei deposto,
um maldito que completa sua sina
sem dar, se quer, um grito.
Sei; é saudade!dizem que isso passa.
Mas não passou; sinto muito sua falta.
Eu, pobre homem; você, mulher devassa
_casal cujo desejo sobressalta
hábitos imorais.
Porém, nesta noite, mais uma vez,
em seus lábios matarei minha sede.
E, já saciado por esta embriaguez,
como um peixe bebum que jaz na rede,
morro querendo mais.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
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