Vivo entre estas sórdidas criaturas
desde o momento do meu nascimento.
O que sinto por elas é a mistura
de dois antagônicos sentimentos:
ora é só compaixão e pena;
ora (sinto repulsa só em pensar)
tenho uma ojeriza que me envenena
sem, no entanto, conseguir me matar.
Para eles , a soberba é vital,
e veneram os deuses da opulência
moldados num círculo de metal
onde a fé é asquerosa na essência.
Pra mim, são uma corja de imbecis,
sejam ricos ou miseráveis.
Chamam de cidades os seus canis
e de prazeroso, os bens rentáveis.
Basta olhar para esta raça besta,
autodenominada raça humana,
Para entender sua sina funesta
de buscar uma alegria mundana.
Mas, ao descrever tudo isto agora,
rezo que minha caneta não minta
ao dizer que, como os monstros de outrora,
a humanidade também será extinta.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário