quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

(no intituled)

São sorrisos de palhaço
Mostrando dentes esganiçados
De poços foscos amordaçados
arregalando olhos com roxo inchaço

São luzes fortes
Feito fitas pretas
Que caem em cortes
Dilacerando minhas facetas

A pele de uma manha pura
Tem sabor de leite quente
E se afoga na luz de sua cura
Enquanto há sonho decente

Irei como o vento na noite serena
Carregando nos olhos visões distantes
Buscarei na foz do luar uma Helena
E um sonho me tragara por um instante

Subirei a serra sem ser semente
Somarei sorrisos a semblantes
Sonharei selvagens soluções
Sumindo sorrisos em sensações sonhantes

E assim irei com o vento em meu encalço
E o peito só com um pensamento
Seguir sonhos nos faz reais
Qual é o meu sonho?

Gabriel Ramos

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