Fillipe Vilareina
Executado. Pensamento que advém
das músicas, que cantarolo mudas
na minha mente alerta. Estafeta.
É o espanto do acordar pro mundo,
que eu ouço, surdo, pelos gritos
que ainda reverberam na caixa.
Caixa craniana.
Coço a sinagoga, como diria Rui
Barbosa, que troça com minha
tão feia joça, que tento fazer pegar.
Giro a chave na ignição da testa,
mas o nada do motor, que é esta
cabeça vazia, é só roncar e roncar.
Engraçado seria se eu fosse um carro.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
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