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Um riacho nos une, nos ata.
intangível perfume, tantos nós.
Correntezas, certezas, cascatas,
Cachoeiras, marés, sua foz.
Um ruído gemido se escuta.
Por querer explorar sua gruta.
Por querer conhecer suas matas
por querer escutar sua voz.
Em seus lábios, vulgares batons
de sabores estranhos, tão bons.
Tem cabelos revoltos e soltos,
E seus olhos são foscos faróis.
Sua mão, eu seguro, não largo,
porque bebo os temperos amargos
dos venenos mais tenros que causam
um final fulminante e veloz.
Se sou eu, ou você, tanto faz,
uma tóxica náusea , vertigem...
Somos nós sem origem nem fim
Fomos dois animais sempre sós.
Guilherme Belmont
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
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