quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A ROSA

Eu vi a rosa na obra de arte,
Vermelha brilhante qual solo de Marte,
Bordada em relevo na tapeçaria,
Decorando a parede na escadaria.

Eu escuto Cartola cantando suas rosas,
Versos eternos, mais que simples prosas,
Exalam o perfume que da amada furtam,
As dores fenecem e os sofrimentos encurtam.

Eu admiro a rosa ali no canteiro,
Pétala brilhante, espinho traiçoeiro,
Suavidade e dor no mesmo espaço,
A opção a seguir, eu mesmo faço.

Rosa tatuada no pé da menina,
Que discreto observo, o perene adorno,
Delicadas linhas, cuidadoso contorno,
Belo enfeite... que com ela combina...

Sensações desfrutadas sem resistência,
Memórias guardadas naturalmente,
Encontrar outra rosa simplesmente,
Perpetuará o fascínio... misteriosa essência

Fabio Rocha

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