Oh cravo, tu me fizeste infeliz!
Foste. Eu te perdi numa esquina qualquer.
Prostada, louca a gritar, sem entender
Pergunto-me: O que fiz?
Na calçada da vida me descalcei,
Minha nudez exposta mostra o que sou
Sem ti, sem prumo, agora fiquei
Mais nua do que nunca me declarei.
Oh pedaço de mim!
Por que tem que ser assim?
Tiraste-me a razão e o brio,
Para minha alma trouxeste o frio.
Tiraste-me a altivez e o norte,
No momento que não me sinto forte.
Digas-me de uma vez:
Para sempre eu te perdi?
Louca que fui! Nunca me pertenceste.
Desejaste-me simplesmente, talvez!
Mel L Frankust
Publicado no Recanto das Letras em 16/11/2009
Código do texto: T1926061
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
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