terça-feira, 10 de março de 2009

Bêbado

Fillipe Vilareína

Trôpego, balanço,
caminho, pelejo.
Falo à bela moça
- turva e confusa -
- Me dá um beijo?

Dispõe-se ela
a me beijar.
Carinho, afago...
Aceito e satisfaço.
Só não posso vomitar.

Festa é retribuição.
Por isso, danço sem pensar.
Tombo no meio do salão
e, sem nenhuma afobação,
levanto e volto a dançar.

Mas, um tombo não teve volta.
Dançar assim não foi astuto.
Arrasto-me até a parede,
vomito gim e Martini
e, de cara na poça, durmo.

Nada mais justo.

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