segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

nunca mais...

Mais um dia, eu sei, se perdeu,
e esta noite atravessei um deserto.
Fui sozinho, o nada e mais eu,
num caminho de fim tão incerto.

Mais um dia se foi sem lembranças.
Passou rápido, triste e maçante.
Em seus nós, suas tramas e tranças,
o destino durou só um instante.

Hoje, restam-me páginas pálidas,
um caderno de folhas em branco.
As memórias não são fotos cálidas;
são feridas, ruim desencanto.

Aprendi, vou viver o presente,
sem lamentos, nem choros ou lástimas.
A tristeza faz o homem doente.
Nunca mais vou verter minhas lágrimas.

Nunca mais...

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