domingo, 8 de fevereiro de 2009

ADENTRE

Por que não abanca de vez em minha província?
Beba do meu leite,
coma de minha carne,
enfeita seu corpo com minha flor matutina,
ajeita seus passos em minha canção,
cubra-se com meu manto noturno de beijos festivos...
Será boa pousada!
Aproveita meu solo fértil,
acenda sua estrela neste céu do aconchego...
Leito confortável,
cheiro macio do vento que lhe rodeia a face
enquanto seus pés flutuam...
Estacione as mágoas em outra freguesia.
Venha nu!
Deixe as vestes da véspera lá...
No portal há um lago.
Lave o pó da caminhada!
Adentre livre,
Solto,
Só.
Aqui tem tudo o que deseja...
Será um rei,
um pássaro,
o homem!

(“Juleni Andrade”)

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