Não tenho mais carinho em meu nome
Tenho só os flancos partidos
Ou talvez tenhamos delinqüido
Esse nosso amor que some
Venhamos de flores secas murcham
Tardam cores na aurora de primavera
Caem nos vento e se machucam
Cantos tristes de minha era
Por vasos largos castanhos
Deleito correntes que me consomem
Outro canto de estranhos
Talvez um dia ainda se amem!
Em vasos nunca lidos
Tenho perfumes ternos e contidos
Celebres aromas de pomar
Tragam ninfas das águas do mar
Floreiam dançam e choram
Vestes lindas de turquesa fria
Sonetos funestos de outros fossem
Dessem fim nessa minha agonia
Estrelas serenas de pingos de chuva
Abrande meu peito dessa fulgura
Coloquem nos lábios verdes uvas
E que seja doce minha candura
Solenes, volúpicos, apocalípticos amores
Cães que ladram, mordem minhas flores
Gabriel Ramos
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
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