quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

História de um sonho (incompleta)

1

O mundo seria destruído,
Sumindo na podridão de sua própria existência,
Quando a borboleta bater as asas tudo some,
E essas ruínas se desfazem como vultos que nunca passaram de nada,
ecos refletidos em espelhos,
E meu mundo vem a abaixo com uma grande explosão,
De estilhaços finos e frágeis,
Apenas voando pelo céu azul,
sobre nuvens brancas cobertas de olhos verdes,
E ela passa a tempestade,
Ou o amor, destino, ilusão, verdade e mentira,
Se contem ao simples vento da alvorada.

2

O castelo de areia do pequeno lorde,
Esta ao meu alcance,
Sua formosa torre se eleva ate o céu,
Tocando nuvens e a própria lua vermelha,
Meus pés se movem por magia,
A areia quente me deixa tonto com ventos fortes que cobrem meus olhos,
O portal se abriu e um pequeno garoto,
Vestido em branco me deu boas vindas e disse,
“ aqui termina o mundo, onde todos esqueceram de quem sao”
E entro num mundo onde minha existência se torna parte do castelo,
Areia e lua vermelha e o pequeno lorde
Assim é

3

Os corredores do castelo de areia,
Eram cobertos de moças belas a dançar,
Seus belos corpos se misturavam com o aroma doce de seus passos,
O pequeno lorde me fitava,
Olhos de lince me deixavam inquieto,
Continuo a contempla as belas moças,
Ele fala então,
“ Ninfas são doces, mas tem um feitiço que trazem junto com seus olhares doces”
Uma veio ao meu encontro,
Leves passos de pés pequenos,
Os cabelos girando pelo ar,
Espalhando o perfume de mil rosas em um segundo.

4

Sombra vazia dentro de min,
Sou uma vaga lembrança do passado,
Abra a porta pequeno lorde,
Seu sorriso malicioso,
Deixe se mostrar,
através de minhas memórias,
Esculpidas na parede de reboco,
Quadros se deitam e se elevam,
Com minhas imagens,
A luz pendia no alto da sala,
Se movendo entre as sombras,
E um quadro no fim da sala,
Um quadro negro,
Aberto como ferida nova,
E dele vertiam sons de vozes que são esquecidas e lembradas,
Encoste a cabeça no travesseiro e me diga quem é você?
O pequeno lorde fechou a porta,
E meus olhos se curvaram,
Para minhas próprias lembranças de meu passado esquecido,
Lembranças se tornando reais?
Lhe tocam a mão e dando um beijo dizendo
“Boa noite”
Então o sol caiu entre as nuvens de algodão
Se perdendo a luz de um sorriso
entre lábios quentes da chegada do beijo
Se envolvendo entre os olhos dela
Uma longa viaje entre dois mundos
De sonhos colhidos por tristezas passadas
Lembranças vividas por laços ternos abençoados
O frio de minha terra um dia fora prospero
As arvores entrelaçando o vento entre folhas verdes
Longo demais, forte demais, calmo demais.
Rompendo a barreira desses olhos verdes
Terás dentro de você uma asa branca
Que flutuara sobre o vento de tua terra
E se calara lentamente pela brisa guiada
Canto da fada sobre a asa levada
Para dentro do peito
De teu leito formoso
A primavera flor do inverno
Chegara mais cedo, pois tens minha asa em teu coração.
As harpas rodearam nossos ouvidos
E anjos a voar sobre meu ombro
Reluzindo espadas prateadas da luz de sua fé
E da terra dos devassos
Cantem a nós pecadores
Com olhos rubros de joelhos
A pedra lascada o inicio da confissão
Assim como os diamantes a morte é para sempre
Algum dia as flores que nos rodeiam
Serão feitas de sonhos
Olhando o crepitar do fogo
Olhos um pro outro
O nosso mundo esta começando
E será feito por nosso amor
O limite de nosso reino
Será equivalente ao que sentimos
Nossas terras serão eternas.

Gabriel Ramos

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