Escrevi uma poesia
Em uma folha de papel,
E depois, com maestria,
Fiz um barco de papel.
Esperei então o vento
Se virar para ilha dela,
E mirei meu pensamento
Bem no pensamento dela:
“Minha flor, neste barquinho,
Expressei o meu amor.
Não me deixe aqui sozinho,
Eu lhe peço por favor!
Não esqueço o seu rostinho,
Nem sequer por um segundo!
Venha amor, neste barquinho,
Vem viver cá no meu mundo!”
Mas, para minha surpresa,
Veio um feio atobá
E bicou, com tal destreza,
Que fez meu sonho afundar!
Eu fiquei desesperado
Sem saber o que fazer...
“Oh passarinho safado,
Você quer me ver sofrer?”
Chorando sentei na areia,
Com ela em meu pensamento...
“Como estará minha sereia?
Será que ouviu meu lamento?”
Ainda choramingando,
Levantei daquele chão...
“Mas quem vem ali nadando?
- Meu Deus! É meu coração!”
Corri ao encontro dela
E agradeci por aquele momento,
Por Deus ter me trazido ela
Pela força do meu pensamento!
O barquinho, naufragado,
Logo se aportou na areia,
Mas eu já estava ao lado,
Ao lado da minha sereia.
Isaías Gresmés 18/01/2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
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