quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Transparência

Se tudo que sentes, vês
Pensas e ouves de mim
Te parecem insólitos
E inadequados, saiba
Que isso tudo é a essência
Exata do que sou
Se, ora me vês
Agindo como criança
Menina que, mesmo
Sem falar, aponta...
Ou se me sentes
uma fraca, uma velha
Que estórias
velhas de vida, conta...
É que me encontrastes
perdida, indecisa nas
Encruzilhadas que eu
mesma tracei com dedos
Trêmulos na areia
Vestindo solta
A estrada da vida...
Por isso, não procures
segredos em mim
Não passo e jamais
Passarei de lógica
Primária matemática...
A soma exata
do que te mostro
E o que se esconde
em mim
Que eu própria
desconheço!
Reflita um pouco...
Hoje caminhaste
Sentiste o vento
E o sol que seca
as folhas no chão...
E que saber o que
De especial usaste?
Ciência!... Magia!...
Sabedoria da alma talvez!...

Ignez Sparapanni

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