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Minha mente em convulsão
Febrilmente delirou...
E, vagando por paragens estranhas
Mostrou-me imagens grotescas
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Vi corcéis alados
Soprando labaredas incandescentes
Pelas narinas, convidando-me ao voo
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Vi botos, tritões e sereias
Com o corpo escamoso, opaco e frio
Nas areias de escaldante deserto
Presos nas redes de pescador; teias
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Vi letras e frases pousando em nuvens gris
Recolhidas, aguardando a nesga de sol
Vi o vento desviando-se da alva folha, da pena
Vi, por certo em delírio, toda sorte absurda
Vi a minha boca, por instante breve ficar muda
E no desfecho do meu delírio, vi minh’alma serenar...
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(Lena Ferreira)
segunda-feira, 29 de junho de 2009
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