quinta-feira, 25 de junho de 2009

Cadeira de Balanço


No salão, era o destaque;
Balançava...Balançava.
Quanta ordem ela escutava
Com clareza de sotaque!

O silêncio veio um dia;
Bem num canto ela ficou
E num palco se tornou
Onde exibia, a meninada.

Novo império a reinar,
Perdeu todo o seu espaço:
Perdeu perna, perdeu braço,
Lá nos fundos foi morar.

Quanto tempo, eu não sei,
O necessário para esquecer
A quem manteve o poder
E da cadeira,já foi rei.

Virou poeira o descanso
E com ele, a sua glória.
Não se ouve mais a história
Da cadeira de balanço.


Águeda Mendes da Silva

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