domingo, 8 de fevereiro de 2009

PERDÃO AO POETA

Zébeto Fernandes

Aos pedaços de amor
Que doastes para a dor
No passar do tempo a passatempo

Descubro na imaginação
O sentimento da paixão
Do poeta de versos diversos ao vento

Beijando as saudades
De sonho em realidades
Clamando a falta de lábios na ribalta

Na boca de cena o perdão do adeus
Que a flores deu o colibri
Onde fores cinquenta, bem te vi

Não há perdas nem perdão
Beijos não se cata no chão
São pétalas que dão frutos aqui

Se visses ao olhar para trás
Sentirias o caminho todo de paz
Que deixa a pegada do poeta de beijos

Das hortências às margaridas
Das rosas aos perfumados jasmins
Trouxestes o gosto de tantas vidas

Poeta não perde por perdão
Nem pede a si mesmo permissão
Rouba emoção do adeus sem fim

Perdão só peço a mim mesmo
Por te comentar perdão em poema
Das perdas da língua sem trema

Em:06/02/2009

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