quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Um, dois e três

mais melancolia -.-

1
Envolto num simples disforme de algazarra
A mente fica clara sobe aos céus caindo no inferno logo
Fechando os olhos lembrando de que sempre fora a simples junção
De mundos distantes de novo
E sempre
Procurando por todos os lugares
Encontrando vozes ao longe
Lhe contando o futuro e maldizendo o passado
Numa longa visão alem de min enxergo a porta aberta
É hora de andar pelo mundo

2
A sombra traz de min se movimenta devagar
Os antes e depois já não fazem sentido
Mas o agora é rápido e destruidor
Brasa fria
Fogueira no fim
Essa batalha já acabou
Mas ainda tenho forças para lutar
Minha espada pende em minhas mãos
Em gestos toscos de agonizante poeta
Clamando sempre pela vida
Encontra na morte sua alegria
E do mais longe que chegou
Foi seguir adiante

3
Perder é certo vencer seria mais fácil se pudermos
Encontrar nós mesmo no escuro
Minhas palavras são levadas pelo vento
Encontrando abrigo em algum lugar
Onde talvez sejam reais
Essa boca suja seria lavada
Esse corpo podre enterrado
E dos vermes fazer festa no deleitar de sua carne
Façam-me esquecer que existo dentro desse peito machucado
Sol e lua caiam ali
Por traz da arvore vermelha da primavera que nunca chega
Esses olhos não me deixam
Olhos castanhos longe de mais para alcançar os meus
Verdes frios e opacos de não vida de semelhante cadáver que vejo enterrado
Lagrimas não caem aqui
Nem mesmo sonhos
Nem sorrisos
Aqui o que habita
É o limbo dos homens
Nossa tristeza.

Gabriel Ramos

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