O farol lá no alto
Com sua luz possante
Irriquieta, na noite
Ilumina os amantes
Com seus corpos desnudos
Deitados na pedra da praia
Num embalar das estrelas
Só querem saber de amar
O farol com sua luz
Irriquieta e possante
Ilumina os navegantes
Com seus barcos errantes
Que singram pelo mar
Em busca de esperanças
De fazer um novo dia
Com sol e ondas serenas
No mar viver bons momentos
De entretenimento
Pra esquecer da vida
Que pouco lhe tem dado
A não ser um barco errante
Velho e mal cuidado
O farol com sua luz
Ilumina lá do alto
O povo que vive no morro
Distante do asfalto
Distante das mordomias
Que só tem aqueles
Que vivem no dia-a-dia
Nas mansões e casarões
Fincadas à beira da praia
Que tem sua riqueza pautada
Em coisas pouco confessáveis
Mas aceitas em sociedade
E lá no mar o barquinho
Do pescador solitário
Que já não ganha salário
Há quase um ano e meio
Mas que com seu barco espera
Que Deus ouça sua oração
E encha sua rede de peixes
Pra alimentar sua prole
Quer fica em casa rezando
Com o estômago esperando
A hora do pescador chegar
E muito peixe trazer
Pra saciar a fome
Do mais velho e do bebê
Mas o farol ainda
Com sua luz permeia
Iluminando a sereia
Que sai das profundezas
Pra mostrar tua beleza
E encantar com o teu canto
O pescador incauto
Que se encanta, se envolve
Na falsa e melodiosa
Voz da sereia maldosa
Que na realidade só quer
O pescador levar
Lá pro fundo do mar
Pois no fundo é mulher
Que deseja ardentemente
Um corpo que a esquente
Das águas frias em que vive
Enchendo sua vida
De amor e felicidade
Que leva o pescador
Também em busca de amor
A cair no canto da sereia
Por Vera Helena
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
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