quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Desalinho

Calmamente se sente crescer estrondosa vontade
Pelos seus olhares talvez negados,
E por sua boca sempre abrandada
E desses olhos alheios à min
Prendem-me em deliciosa vertigem
Por mais de uma vez perdidos dentro dos teus
Nos meus olhos os teus fazem moradia
Um alivio para meu peito sanado de fulgores
Encantado por essa beleza de deusa altiva
Faço-me simples vassalo
Da dama de sorriso belo
E lhe suplico um beijo
Dessa tão doce boca que padeço por dias
Um segundo me faz perceber
Que esses lábios de flor
Anjos da perdição
Estão guardados dentro do coração.
Pecados.

Gabriel Ramos

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