sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Pirraça de graça

Maynomy beija-flor

Rodopio no cio, tento um disfarce
Boba loba perdida na madrugada
Esperando um que só lhe abrace
Pra se perder pura em sua morada

Boneca de pano soa no piano
Tenta tocar, se move faz dança
Perde o acorde refaz o plano
Chora e grita que nem criança

Colore o mundo e pinta a cara
Menina teimosa, não veste rosa
Não gosta de gente, mas ela encara
E muda a prosa, ficando formosa

Encanta o palhaço solto no espaço
Que brinca com tudo fazendo pirraça
Instiga a menina, lhe joga o laço
Tocando o coração, fazendo graça

Lindo palhaço que chora escondido
Encantando o mundo já não divertido
Fazendo da dor sua grande alegria
Reinando num mundo de só poesia

Um comentário:

Guilherme Belmont disse...

gostei muito das palavras bem combinadas neste poema! parabéns!