terça-feira, 25 de novembro de 2008

RECORTES

Silvia Azevedo

Voy por la vereda tropical,
Invocar aos protetores das memórias dos lixos
Todos seus poemas
Com defeitos
Enfeites
Efeitos
Curtos
Prolixos

La noche plena de quietud
Estou farta de lirismo besta
Quero a poesia
A magia
O drama
A comédia
A tragédia
A ficção

Con su perfume de humedad
Quero os poemas
Dos becos
Dos lixos
Dos mendigos
Dos artistas
Dos bêbados
Dos profanos

En la brisa que viene del mar
desejo o fluir da poesia
ao som dos grilos
…..estalam….estalam…estalam….

Se oye el rumor de una canción,
Ouvidos sensíveis...
Sssssssssssssssssssss.....
cricrililar...
ou cricri lili...
cricrililhar...

Canción de amor y de piedad.
Ou crocodilhar...
ou cricrilhar...
Tão rica...
É a lingua...

Con ella fui noche tras noche hasta el mar
Estou farta
De língua padrão
Estou farta
De canto
Estou farta de realidade
Viva a ficção!

Para besar su boca fresca de amor
Quero o grilo
Cricrililalando
Nos ouvidos
De cricrilalar
Quero a ficção
Contada
Falada
Representada

Y me juró quererme más y más
Idéias precisas
Atuais
Pós-modernas
Não trivial
Complexas
Borbulhando nas ondas
No canto do mar...

Y no olvidar jamás
Na biodiversidade
No etnocentrismo
Na marginalidade

Aquellas noches junto al mar.
Poesia
Magia
Encanto
Sem fé
Sem lei
Água
Cristal
Carnaval

Hoy sólo me queda recordar,
Admirar
Apreender
Chega de lirismo besta
Lirismo mal comedido
Protocolo

Mis ojos mueren de llorar,
Tens a sorte...
Saiba como usar...
Quero o lirismo dos loucos
O lirismo dos Clowns...
A liberdade do ar...

¿Por qué se fue? Tú la dejaste ir,
Quero a ficção
Sem lógica
Sintática e morfológica

Hazla volver a mí;
Sem lei
Suas palavras são minhas
As minhas são suas
No intertexto
No contexto
No pretexto

Quiero besar su boca
Otra vez, junto al mar,
Na poesia do lixo
No lirismo pungente dos bêbados
Recortes
Seu do meu texto
Meu do seu texto

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