quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Dor da Dor

Dói-me tanto
Saber que doem tanto
Tantos corações!

A mãe que pare o filho
Pelas vias naturais,
O pé que corre os trilhos
Tão ásperos e desiguais,
O bandido no gatilho
O refém em fortes ais,
O traficante no empecílio
Os viciados nas finais,
Um olhar que perde o brilho
Sobre a maca que dói mais.

Por que o mundo inda sorri?
Por que o mundo ainda vai
Em meio a tanta dor,
Dor que não passa mais?

__Senhor!
Perdoe-me a blasfêmia
Dessa minha alma ingênua
Na maneira de pensar...

__Faze, por que não fazer?
Retirar esse tormento
Que causa o sofrimento
Nos corações que não têm paz?

Águeda Mendes da Silva

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